Mato Grosso do Sul, 26 de abril de 2025
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Acusado de incendiar caixão durante velório morre dias depois do crime em hospital

Jovem de 18 anos ficou internado por quase um mês após sofrer queimaduras graves ao atear fogo no corpo de rival em ação criminosa no município de Trairi
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Foto: Reprodução/Redes Sociais

A cena assustadora que chocou moradores de Trairi, no interior do Ceará, teve mais um desfecho nesta quinta-feira. Um jovem de 18 anos, que participou de um ataque brutal em que ateou fogo no caixão de um rival de facção criminosa, morreu após passar 23 dias internado em estado grave. O crime aconteceu no dia 1º de abril, durante um velório que terminou em desespero, revolta e violência.

Segundo a Polícia Civil do Ceará, o rapaz era um dos quatro envolvidos que invadiram o velório de um homem morto em confronto com a Polícia Militar, na cidade de Santana do Acaraú. O corpo estava sendo velado por familiares e amigos quando os criminosos chegaram armados e iniciaram a ação. Em um ato de desprezo extremo, incendiaram o caixão ainda com o cadáver dentro, causando terror entre os presentes.

Durante o ataque, o jovem que morreu também acabou se ferindo. Ele sofreu queimaduras graves ao se aproximar demais das chamas e precisou ser socorrido às pressas. Primeiro foi levado ao hospital municipal de Paraipaba e depois transferido para uma unidade na capital, Fortaleza, onde permaneceu internado até esta quinta-feira. A causa da morte foi registrada como suspeita e segue sob investigação da Polícia Civil.

Na época do crime, o jovem foi preso em flagrante mesmo ferido, acusado de vilipêndio a cadáver, incêndio criminoso, corrupção de menores, pertencer a organização criminosa e crime contra o respeito aos mortos. Seu nome não foi divulgado oficialmente pelas autoridades.

O caso levantou ainda mais discussões sobre o avanço da violência relacionada ao confronto entre facções no interior do estado, que tem registrado episódios cada vez mais bárbaros e com envolvimento de adolescentes. O Ministério Público e as forças policiais investigam se o ataque foi ordenado de dentro de unidades prisionais ou se partiu de disputas locais.

A vítima que teve o corpo incendiado havia morrido em troca de tiros com policiais do Batalhão Especializado de Policiamento do Interior (Bepi), da Polícia Militar. Ele era apontado como integrante de uma facção criminosa com atuação na região e estava sendo procurado por participação em diversos crimes.

Após o ataque, além do jovem que morreu, outros três suspeitos foram levados à Delegacia Municipal de Trairi, onde prestaram depoimento. Entre eles, havia menores de idade, cujos nomes e idades não foram revelados. O caso segue sendo investigado pelas autoridades estaduais, que consideram a ação uma escalada grave da disputa entre grupos criminosos.

A morte do jovem reacende o debate sobre os limites da violência entre facções e o impacto disso nas famílias e comunidades que, muitas vezes, acabam sendo vítimas indiretas desses conflitos. No velório, familiares da vítima incendiada ficaram em estado de choque e relataram o trauma de presenciar uma cena tão cruel.

Enquanto o caso segue sob apuração, a população de Trairi e cidades vizinhas teme que novas represálias possam acontecer, num ciclo de vinganças que parece não ter fim. A polícia reforçou o patrulhamento na região e estuda medidas para conter o avanço da criminalidade ligada ao tráfico.

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