O Vaticano anunciou nesta segunda-feira, 28 de abril, que o conclave para eleger o novo papa começará no próximo dia 7 de maio. A reunião será na famosa Capela Sistina e vai reunir cerca de 135 cardeais com menos de 80 anos, todos aptos a participar da escolha do futuro líder da Igreja Católica, após a morte do Papa Francisco.
A data foi definida durante uma reunião fechada entre os cardeais, a primeira desde o funeral de Francisco, realizado no sábado, dia 26. Agora, os olhos do mundo todo se voltam para Roma, onde a tradição centenária será retomada em um dos momentos mais emocionantes da Igreja.
Quando os cardeais chegarem ao Vaticano, o conclave começará com uma missa especial na Basílica de São Pedro. Logo depois, eles caminham até a Capela Sistina, onde se inicia o processo de votação. Todo o ritual acontece a portas fechadas, com segurança reforçada. A Capela é vasculhada para garantir que não haja câmeras ou microfones escondidos, e qualquer cardeal que vazar informações pode ser excomungado.
O processo de votação é tradicional e cheio de simbolismo. Cada cardeal recebe uma cédula de papel onde escreve o nome do escolhido, abaixo da frase em latim “Eligo in Summum Pontificem”, que quer dizer “Eu elejo como pontífice supremo”. Depois, em ordem de antiguidade, cada um deposita sua cédula dobrada em um cálice sobre o altar.
Para que um novo papa seja eleito, ele precisa receber dois terços dos votos. Se não atingir essa marca, novas votações são realizadas, até quatro vezes por dia, duas pela manhã e duas à tarde. Se ao final do terceiro dia ninguém for eleito, o quarto dia é reservado para oração e reflexão entre os cardeais, antes de novas rodadas de votação.
O sinal de que o novo papa foi escolhido é simples, mas emocionante: a fumaça branca que sobe da chaminé instalada no telhado da Capela Sistina. Se a fumaça for preta, significa que a votação foi inconclusiva. A fumaça branca, no entanto, traz festa e celebração para os milhares de fiéis que acompanham o processo de perto na Praça de São Pedro e pelo mundo afora.
Tradicionalmente, entre 30 a 60 minutos depois da fumaça branca, o novo pontífice aparece na sacada principal da Basílica de São Pedro. Ele saúda a multidão, faz uma breve oração e, poucos dias depois, assume oficialmente o cargo na Igreja.
O histórico dos conclaves mostra que esse momento pode ser rápido ou muito demorado. O conclave mais longo da história da Igreja Católica durou incríveis 2 anos e 9 meses, entre 1268 e 1271, em Viterbo, quando os cardeais só chegaram a um consenso depois que as autoridades locais trancaram eles no palácio e até retiraram o telhado para forçar uma decisão. Já o conclave mais curto aconteceu em 1503, durando apenas cerca de 10 horas, que elegeu o Papa Júlio II.
Mesmo com toda essa tradição, nos tempos modernos os conclaves costumam ser mais ágeis. Dos últimos 11 realizados, nenhum passou de quatro dias, segundo informações da diocese de Providence, nos Estados Unidos.
Agora, resta ao mundo católico aguardar com ansiedade o surgimento da fumaça branca e conhecer aquele que vai guiar os caminhos da Igreja nos próximos anos.
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