Mato Grosso do Sul, 29 de abril de 2025
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Dólar em queda pela sétima sessão seguida, a R$ 5,64, refletindo tendências externas e expectativas internas

Moeda inicia a semana com perdas e é influenciada pelo cenário global e dados econômicos locais

O dólar segue em uma trajetória de queda, iniciando a semana de 28 de abril com um recuo de 0,68%, negociado a R$ 5,64, marcando a sétima sessão consecutiva de perdas. Após um começo de jornada com alta, a moeda americana perdeu força frente ao real, principalmente após a desvalorização no exterior, em resposta a desdobramentos da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. Além disso, a proximidade de uma definição importante da taxa Ptax do fim de abril, que acontece na próxima quarta-feira (30), também contribuiu para esse movimento.

O cenário internacional continua impactando o mercado cambial brasileiro. Com a redução nas tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo, os investidores monitoram atentamente as negociações entre EUA e China, com perspectivas de possíveis acordos bilaterais que poderiam melhorar as relações comerciais. Embora a China tenha demonstrado cautela quanto a anúncios de novos estímulos econômicos, a falta de clareza nas políticas comerciais americanas ainda gera incertezas.

A retração do dólar também se reflete nas expectativas dos investidores, que aguardam uma série de dados econômicos importantes durante a semana. Entre os destaques estão os números relacionados à inflação, a balança de transações correntes e o fluxo de investimentos estrangeiros diretos. Além disso, o boletim Focus, divulgado recentemente, trouxe uma previsão para a inflação, que ficou em 4,95% para os próximos 12 meses, uma leve redução em relação à semana anterior, quando era de 5,15%.

Acompanhando essas variáveis, o governo brasileiro tem se esforçado para manter um otimismo cauteloso. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou que o governo possui uma série de medidas macro e microeconômicas para atrair mais investimentos no país. Para ele, o atual cenário global, apesar das dificuldades, representa uma janela de oportunidades para o Brasil, especialmente para firmar acordos bilaterais vantajosos.

Internamente, o fluxo cambial continua positivo. O Banco Central informou que o fluxo total de entradas e saídas de dólares do Brasil foi de US$ 2,653 bilhões até o dia 24 de abril. No entanto, o país enfrenta um déficit de US$ 2,245 bilhões na conta corrente, que, embora menor do que o esperado, é o maior para meses de março desde o ano passado.

Em relação à taxa de câmbio, o dólar comercial fechou em R$ 5,647 na compra e R$ 5,648 na venda, acumulando uma queda de 4,11% nos últimos sete dias úteis. Já o dólar turismo, que costuma ter um valor mais elevado, foi cotado a R$ 5,699 na compra e R$ 5,879 na venda.

Com o feriado do Dia do Trabalho, que fará os mercados de diversos países fecharem, incluindo os da Europa e da China, a semana promete ser de menor movimentação nos mercados globais. Entretanto, os investidores estarão atentos às novas estimativas do PIB dos EUA e da zona do euro, além do índice de inflação PCE de março dos Estados Unidos. No Brasil, a expectativa é pela divulgação de dados fiscais locais, do IGP-M de abril e sobre o mercado de trabalho.

A tendência de queda do dólar deve continuar sendo monitorada com atenção, uma vez que fatores externos e internos podem alterar rapidamente o cenário atual.

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