O coração do Pantanal vai pulsar mais forte entre os dias 15 e 18 de maio com a chegada do Festival América do Sul 2025, que este ano terá como palco principal o emblemático Porto Geral de Corumbá. Pela primeira vez, toda a estrutura do festival será montada exclusivamente às margens do Rio Paraguai, num cenário que une cultura, natureza e memória histórica. O local, que já foi ponto estratégico no comércio fluvial e nas batalhas da Guerra do Paraguai, agora se transforma em arena para grandes nomes da música brasileira e latino-americana.
Organizado pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Setesc e da Fundação de Cultura, com apoio da Prefeitura de Corumbá, o FAS 2025 promete uma programação intensa e diversa, marcada por atrações musicais de renome nacional, exposições de arte ao ar livre, pavilhões culturais e espaço gastronômico, tudo em contato direto com a paisagem única do Pantanal sul-mato-grossense.
O secretário Marcelo Miranda explica que a decisão de centralizar o festival no Porto Geral tem um valor simbólico profundo. “É um reencontro da cidade com sua própria história. Vamos transformar esse espaço em um grande centro de celebração cultural, onde as pessoas poderão se emocionar, dançar, refletir e se conectar com as raízes pantaneiras e latino-americanas”, afirma.
A programação musical do festival está de tirar o fôlego. A abertura, no dia 15 de maio, será com a dupla Duduca & Dalvan, que carrega décadas de história na música sertaneja e é reconhecida por eternizar sucessos como “Massa Falida”. No dia seguinte, o palco será dominado pelo rap de Xamã, que mistura crítica social e poesia urbana, atraindo o público jovem e antenado.
No sábado, 17 de maio, a emoção promete tomar conta do público com a apresentação de Alcione, a eterna Marrom, uma das maiores vozes do samba brasileiro. Com músicas que marcaram gerações, como “Você Me Vira a Cabeça” e “Meu Ébano”, a sambista promete uma noite memorável. E para encerrar a festa, no domingo, dia 18, o grupo Pixote sobe ao palco levando os maiores sucessos do pagode romântico, como “Brilho de Cristal” e “Fissura”.
Segundo Eduardo Mendes, diretor-presidente da Fundação de Cultura, o FAS é mais do que um festival. “É um mergulho no que temos de mais precioso: nossa identidade. O Porto Geral, com toda sua carga histórica, se transforma no cenário ideal para essa experiência. Cada show, cada obra de arte, cada prato típico que será servido ali representa um pedaço da alma do povo sul-mato-grossense”, comenta.

Além da música, o festival terá uma praça gastronômica com sabores da culinária regional, um espaço para a moda e o design autoral, além de exposições de artes visuais com artistas do Brasil e de países vizinhos. O público também poderá conferir rodas de conversa, oficinas e apresentações de dança e teatro, numa programação que celebra a diversidade cultural sul-americana.
O Porto Geral, com sua beleza natural, suas construções históricas e sua conexão com o passado de Corumbá, é um patrimônio vivo. No século XIX, foi essencial para o desenvolvimento da cidade, sendo ponto de passagem de barcos e de escoamento de riquezas como erva-mate e minerais. Foi também peça-chave durante a Guerra do Paraguai, sendo base de operações militares e rota de suprimento para as tropas brasileiras.
Hoje, mais de 150 anos depois, esse mesmo espaço renasce como símbolo de união entre passado e presente, recebendo um dos eventos culturais mais importantes do Centro-Oeste brasileiro. O Festival América do Sul se consolida como um projeto de integração artística entre Brasil e países vizinhos, reforçando o papel de Corumbá como um ponto de encontro de culturas, sotaques e histórias.
Com o Rio Paraguai ao fundo, o céu do Pantanal estrelado e o calor da música brasileira misturado às raízes latinas, o FAS 2025 será mais do que um festival: será um momento de pertencimento, celebração e resistência cultural.
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