O mundo católico está em clima de expectativa com a escolha do novo líder da Igreja após a morte do papa Francisco, no último dia 21. E no meio dessa espera cheia de tensão e orações, um nome brasileiro começa a ganhar força nos corredores do Vaticano: Dom Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus, foi citado pela agência internacional Reuters como um dos favoritos ao papado, entrando para a seleta lista dos chamados “papáveis”.
Aos 74 anos, Dom Leonardo se tornou uma das figuras mais respeitadas da Igreja Católica não só no Brasil, mas no cenário mundial. Ele foi o primeiro cardeal nomeado para atuar na região amazônica, gesto que simboliza o olhar atento que o papa Francisco sempre teve para com as periferias e as áreas esquecidas do mundo. E é justamente essa ligação com as causas ambientais, os povos indígenas e os mais pobres que o colocam entre os nomes cotados para assumir o comando da Igreja no Conclave que se aproxima.
Natural de Forquilhinha, em Santa Catarina, Dom Leonardo tem uma trajetória marcada por estudos, dedicação e serviço. Entrou para a Ordem dos Frades Menores em 1976, se ordenou sacerdote dois anos depois e seguiu os passos do franciscanismo, com formação sólida em Filosofia, Teologia e Pedagogia, além de um doutorado em Roma. Ao longo dos anos, foi ganhando espaço e respeito dentro da hierarquia da Igreja, passando por cargos importantes como o de bispo auxiliar em Brasília e secretário-geral da CNBB.
Em 2022, foi nomeado cardeal pelo próprio papa Francisco, e assumiu o posto de arcebispo de Manaus com a missão clara de dar voz à Amazônia. Segundo ele mesmo, sua escolha para o cardinalato foi uma forma do papa dizer ao mundo que a floresta e seus povos não estão esquecidos. “É uma alegria ter um cardeal na Amazônia, que não ficou esquecida pelo papa”, declarou na época da nomeação.
Dom Leonardo também costuma destacar a importância da Igreja estar presente nas margens, onde a fé é vivida de forma intensa. “O papa está olhando para as periferias, para onde a igreja pode ser muito viva”, disse ele, defendendo uma Igreja missionária, que caminha junto com os mais simples, que ouve e serve.
Além de Dom Leonardo, outro brasileiro aparece na lista de possíveis sucessores: o cardeal Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador. Nascido em Dobrada, interior de São Paulo, Sérgio também tem forte presença pastoral e acadêmica, com mestrado em Teologia Moral e atuação como professor universitário.
Mas é a presença de Dom Leonardo no Colégio Cardinalício, o grupo seleto que vota no novo papa, que mais chama atenção neste momento. Seu nome circula entre os cardeais que buscam uma continuidade no estilo de Francisco: uma Igreja aberta ao diálogo, que defende a ecologia integral e que se posiciona a favor da dignidade humana em todas as suas formas.
A escolha do novo papa ainda vai passar por muitas conversas, análises e votos secretos dentro da Capela Sistina. Mas o simples fato de um brasileiro da Amazônia estar entre os favoritos já é histórico e carrega um significado enorme para a fé católica no Brasil e para toda a região amazônica, que por tanto tempo foi vista como distante dos centros de poder da Igreja.
O mundo agora espera. E reza.
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