Mato Grosso do Sul, 9 de maio de 2025
Campo Grande/MS
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Voz do povo e meio ambiente unidos: Marina Silva defende força da sociedade nas decisões climáticas

Ministra aponta Conferência Nacional como passo essencial rumo à COP 30 e ao combate firme da crise ambiental
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente — Foto: Brenno Carvalho
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente — Foto: Brenno Carvalho

A ministra Marina Silva destacou nesta terça-feira, em Brasília, que a mobilização da sociedade é peça-chave para construir políticas públicas ambientais de verdade e que a 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente marca a retomada de um caminho coletivo que o Brasil havia perdido.

A movimentação é grande em Brasília. Cerca de 3 mil pessoas, entre representantes da sociedade civil, delegados, autoridades e ativistas ambientais de todos os cantos do Brasil, estão reunidas na 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (5ª CNMA), que acontece até sexta-feira com um objetivo claro: reagir à emergência climática e transformar o debate em ação.

Para Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, essa conferência é mais do que um evento. É a retomada da participação popular na construção das políticas públicas do país. “É a sociedade mostrando que quer e vai participar das decisões que afetam a vida de todos. Esse é o verdadeiro espírito democrático”, afirmou ela durante a abertura oficial da conferência.

A 5ª CNMA vem após 11 anos de silêncio. Desde 2013, o Brasil não organizava um evento como esse, e, para Marina, esse intervalo representa um apagão na participação social. Segundo ela, espaços como este foram desmontados nos últimos anos, e reconstruí-los é parte do trabalho de reconstrução do país.

Com o tema “Emergência climática: o desafio da transformação ecológica”, a conferência chega num momento decisivo. As discussões e propostas debatidas ao longo da semana vão servir de base para a participação brasileira na COP 30, a conferência climática da ONU que acontece em novembro de 2025, em Belém, no Pará.

Marina fez questão de lembrar que o Brasil quer liderar o debate ambiental não com discursos, mas com ações. “O presidente Lula nos deu uma tarefa: mostrar ao mundo que é possível crescer protegendo. Vamos liderar pelo exemplo, enfrentando nossos próprios problemas e mostrando que dá pra fazer diferente”, destacou.

A COP 30 é considerada um marco importante na história da luta contra o aquecimento global. E o Brasil quer ser referência. Para isso, Marina explicou que o país está comprometido com os compromissos do Acordo de Paris e do “Consenso dos Emirados Árabes Unidos”, firmado na COP 28. Isso inclui triplicar a produção de energia renovável, dobrar a eficiência energética e parar de vez com o desmatamento e o uso de combustíveis fósseis.

“Temos que alinhar nossas políticas públicas, leis e financiamentos à meta de limitar o aquecimento global a 1,5ºC. Esse é o nosso norte”, declarou a ministra. Para ela, esse desafio não é só técnico, é também social e moral.

E o povo tem falado. A primeira fase da 5ª CNMA, realizada ao longo de 2024, contou com mais de 900 conferências locais e mobilizou diretamente 2.570 municípios. Foram apresentadas propostas em massa, discutidas nas etapas estaduais e distrital, até chegar nas 539 consideradas prioritárias.

Agora, na etapa nacional em Brasília, os 1.500 delegados têm a missão de eleger as 100 propostas finais que irão guiar a política ambiental brasileira e fortalecer a voz do Brasil na COP 30. O resultado será conhecido nesta sexta-feira.

Além da ministra, participaram da abertura o vice-presidente Geraldo Alckmin e outros ministros como Márcio Macêdo, Anielle Franco, Macaé Evaristo e Márcia Lopes. O presidente do Superior Tribunal de Justiça, Herman Benjamin, também esteve presente, reforçando a importância institucional do encontro.

A diversidade também é destaque: 56% dos delegados presentes são mulheres e 64% são pessoas negras. É a justiça climática sendo colocada em prática, com aqueles que mais sofrem com as mudanças climáticas tendo, finalmente, espaço para decidir os rumos da luta.

O evento é organizado pelo Ministério do Meio Ambiente, com apoio da UnB e da Flacso Brasil. A meta agora é transformar palavras em ação, e a ação em mudança real. O planeta não pode mais esperar.

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