Mato Grosso do Sul, 12 de maio de 2025
Campo Grande/MS
Fuente de datos meteorológicos: clima en Campo Grande a 30 días

Lula intensifica laços com a China e aposta em acordos para impulsionar a economia brasileira

Em visita oficial a Pequim, presidente Lula se reúne com empresários e autoridades chinesas para ampliar cooperação em áreas estratégicas como energia, saúde, defesa e comércio exterior
Primeiro dia de visita oficial será focado em negócios  - Ricardo Stuckert / PR
Primeiro dia de visita oficial será focado em negócios - Ricardo Stuckert / PR

No coração de Pequim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu início a uma das visitas internacionais mais estratégicas de seu terceiro mandato, buscando estreitar os laços entre o Brasil e a China, maior parceiro comercial do país. A agenda começou nesta segunda-feira, 12, com um foco claro em negócios e investimentos. Lula, acompanhado de ministros e da primeira-dama Janja da Silva, desembarcou na capital chinesa após passar pela Rússia, onde participou de eventos diplomáticos e históricos ao lado de Vladimir Putin.

A visita à China não é apenas simbólica, mas extremamente prática e voltada para o fortalecimento econômico e diplomático do Brasil. Logo nas primeiras horas do dia, ainda noite de domingo no horário de Brasília, o presidente brasileiro se reuniu com dois dos principais executivos do setor industrial chinês. O primeiro encontro foi com Lei Zhang, CEO da Envision Energy, gigante do setor de energia eólica, especializada na produção de turbinas e em soluções para energias renováveis. Em seguida, Lula recebeu Cheng Fubo, diretor da Norinco, conglomerado estatal chinês que atua nas áreas de defesa, automóveis, maquinários, eletrônicos e produtos químicos.

Essas reuniões aconteceram no próprio hotel onde Lula está hospedado e sinalizam uma clara tentativa do governo brasileiro de atrair investimentos que possam impulsionar setores estratégicos da economia nacional. A ideia, segundo interlocutores do Planalto, é fazer do Brasil um destino preferencial para investimentos em infraestrutura verde, inovação tecnológica e produção industrial com menor impacto ambiental.

Na parte da tarde, Lula ampliou ainda mais a agenda empresarial. Participou de uma rodada de conversas com representantes de empresas chinesas da área da saúde, em uma tentativa de firmar parcerias para transferência de tecnologia, produção de medicamentos e equipamentos médicos. Logo depois, foram assinados diversos acordos comerciais e de cooperação técnica, cujos detalhes ainda estão sendo divulgados oficialmente. O presidente encerrou o dia discursando no Seminário Brasil-China, evento que reuniu empresários dos dois países e reforçou a disposição mútua de ampliar os negócios bilaterais.

Na terça-feira, 13, a programação ganha ainda mais peso institucional e político. Lula participa da Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) com o governo chinês. A Celac é um fórum diplomático que reúne quase todos os países da América Latina, e a presença do presidente brasileiro é interpretada como sinal de liderança regional diante da China.

Ainda na terça, Lula se encontrará com as principais lideranças políticas da China. Entre os encontros previstos, estão audiências com Zhao Leji, presidente da Comissão Permanente da Assembleia Nacional Popular, com o primeiro-ministro Li Qiang, e, no momento mais aguardado da visita, uma reunião com o presidente Xi Jinping no imponente Grande Palácio do Povo. Nesse encontro, os dois chefes de Estado devem firmar ao menos 16 acordos, incluindo iniciativas nas áreas de comércio, ciência, inovação, meio ambiente, defesa e infraestrutura.

A expectativa do governo brasileiro é que esses acordos resultem em investimentos diretos e oportunidades de exportação para o país, principalmente nos setores agrícola, energético e industrial. Lula, que sempre defendeu a diversificação das parcerias internacionais, aposta na China como uma alavanca essencial para reindustrializar o Brasil e promover um crescimento sustentável e inclusivo.

Outro ponto importante é o papel que Lula quer exercer no cenário global. Ao visitar duas potências estratégicas em sequência Rússia e China, ele sinaliza um reposicionamento diplomático do Brasil no tabuleiro internacional, defendendo uma ordem multipolar e mais equilibrada. A presença de ministros como Mauro Vieira (Relações Exteriores), Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil) reforça o peso da missão diplomática e comercial da viagem.

A comitiva presidencial retorna ao Brasil na quarta-feira, 14, mas os impactos das conversas e dos acordos fechados devem se estender por muitos meses. Para o governo Lula, a viagem marca um capítulo decisivo na construção de uma nova política externa, voltada não apenas para alianças ideológicas, mas principalmente para resultados econômicos concretos e sustentáveis para o povo brasileiro.

#LulaNaChina #BrasilChina #VisitaOficial #DiplomaciaEconômica #InvestimentosInternacionais #EnergiaRenovável #CooperaçãoBrasilChina #ParceriasEstratégicas #ComércioExterior #SaúdeTecnologia #CrescimentoEconômico #PolíticaExternaBrasileira

Suas preferências de cookies

Usamos cookies para otimizar nosso site e coletar estatísticas de uso.