Mato Grosso do Sul, 1 de julho de 2025
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Mato Grosso do Sul avança no combate à pobreza e registra menor desigualdade social desde 2016

Com entrega de cartões do programa Mais Social, estado intensifica ação porta a porta para garantir dignidade e segurança alimentar às famílias vulneráveis
Imagens - Leomar Alves Rosa
Imagens - Leomar Alves Rosa

Na manhã da última quinta-feira, enquanto os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelavam que Mato Grosso do Sul atingiu o menor índice de desigualdade social desde 2016, Alice Cano Ferreira, moradora do bairro Los Angeles, segurava com firmeza o novo cartão do programa Mais Social. Era o começo de um novo capítulo em sua vida, simbolizado não apenas pelo pedaço de plástico, mas por aquilo que ele representa: dignidade, comida na mesa e esperança renovada.

“Hoje entraram em contato para liberar o cartão. Vai me ajudar bastante. Eu tenho certeza! Já vou fazer minha comprinha para casa, para minha família. Moro no bairro Los Angeles e estou muito feliz pelo meu benefício”, contou Alice, sorrindo ao relatar a mudança imediata que o auxílio trará à sua rotina.

Na mesma quinta-feira, 8 de maio, o IBGE divulgava o índice de Gini referente ao ano de 2024, mostrando que Mato Grosso do Sul registrou coeficiente de 0,455 – o melhor desde 2016 e o quinto menor entre todas as unidades da federação. O índice, que varia de 0 (igualdade perfeita) a 1 (máxima desigualdade), posiciona o estado em uma curva descendente da desigualdade, bem abaixo da média nacional, que está em 0,506.

Esses números não surgem por acaso. São fruto de uma política pública ativa, humanizada e estruturada para atingir quem mais precisa. Desde março, mais de 2,1 mil visitas foram realizadas pela equipe do programa Mais Social nos 79 municípios do estado, dentro da chamada busca ativa – ação coordenada pelo Governo de Mato Grosso do Sul para identificar e atender famílias em situação de extrema vulnerabilidade.

Ana Cláudia Reis da Paixão Mourão, moradora do bairro Dom Antônio Barbosa, é outro exemplo de como o programa tem chegado a quem antes estava fora do alcance dos sistemas oficiais. “Fui selecionada, me procuraram. Eles me deram muita atenção na minha casa. Eu me surpreendi. Pediram para eu vir aqui trazer a minha documentação e foi muito rápido. Estou agradecendo porque vai me ajudar muito. Não tenho salário nenhum e estou na fila do INSS”, relatou emocionada.

O sucesso da operação depende de um planejamento rigoroso. Utilizando dados georreferenciados, a Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos (Sead), em parceria com a Secretaria Executiva de Gestão Estratégica e Municipalismo (Segem/Segov), elaborou um mapeamento detalhado das áreas mais críticas. Com base nesse levantamento, equipes de campo devidamente identificadas com coletes azuis, crachás e tablets têm percorrido bairros, casas e comunidades, cadastrando beneficiários e entregando os cartões.

O Mais Social é mais do que uma transferência de renda. É um programa estruturante que, além de garantir segurança alimentar, conecta os beneficiários a políticas públicas de educação, capacitação profissional, inserção no mercado de trabalho e promoção da cidadania. Cada cartão entregue carrega um valor mensal de R$ 450, que pode ser utilizado para a compra de alimentos, gás de cozinha, produtos de higiene e limpeza. Está vedado o uso para aquisição de bebidas alcoólicas e derivados de tabaco.

Para a secretária de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos, Patrícia Cozzolino, a meta é clara e ambiciosa: erradicar a extrema pobreza em Mato Grosso do Sul até o fim de 2025. “Estamos usando o georreferenciamento para encontrar as pessoas que estavam invisíveis para o poder público, desprovidas de programas sociais sejam do estado ou do governo federal. Esse trabalho continua. Queremos ainda em 2025 poder dizer que Mato Grosso do Sul será o 1º estado do país a erradicar a extrema pobreza”, afirmou.

A superintendente do programa, Andressa Farias, destacou que os cartões já estão sendo entregues com o valor da primeira parcela creditado. “Eles precisam apenas desbloquear e já podem fazer as compras do mês”, explicou.

Enquanto os dados mostram avanços estatísticos, são histórias como as de Alice e Ana Cláudia que revelam o verdadeiro impacto da política pública: vidas transformadas, famílias amparadas e a construção de um futuro mais justo. O combate à desigualdade, em Mato Grosso do Sul, está se fazendo de porta em porta, de forma silenciosa, mas profundamente eficaz.

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