Mato Grosso do Sul, 14 de maio de 2025
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Dólar recua com força e atinge o menor valor em sete meses impulsionado por alívio inflacionário nos Estados Unidos

Recuo da moeda americana anima mercados no Brasil e no exterior, sustentado por dados favoráveis do índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos, otimismo global com juros e valorização do petróleo e do minério de ferro
Na segunda-feira, o dólar à vista fechou em alta de 0,50%, a R$ 5,6833
Na segunda-feira, o dólar à vista fechou em alta de 0,50%, a R$ 5,6833

A terça-feira foi marcada por uma significativa valorização dos ativos brasileiros e um expressivo recuo do dólar, que fechou em forte baixa de 1,33%, sendo cotado a R$ 5,6075, menor patamar registrado desde outubro do ano passado. O movimento foi impulsionado por fatores externos, em especial a divulgação de dados da inflação ao consumidor nos Estados Unidos abaixo do esperado, além do avanço expressivo dos preços internacionais do petróleo e do minério de ferro.

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), divulgado nesta terça-feira, 13 de maio, pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, revelou uma alta mensal de 0,2% em abril, abaixo da expectativa dos analistas, que projetavam uma elevação de 0,3%. Na comparação anual, o CPI acumulou alta de 2,3%, também inferior ao resultado anterior, de 2,4%. Esse dado renovou o otimismo dos investidores quanto à possibilidade de o Federal Reserve, banco central norte-americano, reconsiderar a manutenção da atual taxa de juros e, eventualmente, iniciar um ciclo de flexibilização monetária.

O alívio nos temores inflacionários e a consequente perspectiva de afrouxamento monetário nos Estados Unidos estimularam uma forte busca por ativos de risco, o que resultou na desvalorização do dólar frente a diversas moedas globais, inclusive o real. No Brasil, esse ambiente externo positivo foi reforçado por um novo avanço das principais commodities exportadas pelo país.

O petróleo, cotado tanto em Londres quanto em Nova York, encerrou o dia com ganhos superiores a 2%. Simultaneamente, na Bolsa de Dalian, na China, o contrato de setembro do minério de ferro o mais negociado fechou com valorização de 1,06%, cotado a 714,5 iuanes (aproximadamente US$ 99,34) por tonelada. Durante a sessão, a commodity atingiu o maior valor desde 24 de abril, chegando a 727 iuanes.

No mercado de câmbio, o dólar à vista chegou a tocar a mínima intradiária de R$ 5,5957, às 15h53, uma queda de 1,54%, antes de recuperar parte das perdas. Analistas apontam que há uma barreira técnica e psicológica relevante em torno dos R$ 5,60, o que pode dificultar quedas adicionais sem novos gatilhos econômicos.

De acordo com Matheus Massote, especialista em câmbio da One Investimentos, “o dólar está batendo em um suporte difícil de romper, nos R$ 5,60. A curva de volatilidade mostra que há espaço para oscilar 20 centavos para cima ou para baixo, mas essa faixa se tornou uma referência importante para o mercado”.

No ambiente doméstico, os agentes financeiros também observaram com atenção a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada pelo Banco Central. O documento reafirmou a possibilidade de uma alta adicional de 0,25 ponto percentual na taxa Selic em junho ou, alternativamente, a manutenção da taxa no patamar de 14,75% ao ano. Apesar disso, o conteúdo teve impacto limitado nas cotações do câmbio, diante da força dos fatores externos.

A cotação do dólar para contratos futuros de junho, negociados na B3, também refletiu o otimismo dos mercados. Às 17h03, a moeda norte-americana era negociada a R$ 5,6305, com recuo de 1,18% no dia. O dólar comercial terminou a sessão com os seguintes valores: compra a R$ 5,607 e venda a R$ 5,607. Já o dólar turismo foi cotado a R$ 5,739 para compra e R$ 5,919 para venda.

Pela manhã, o Banco Central realizou a venda integral da oferta de 25 mil contratos de swap cambial tradicional, com vencimento em 2 de junho de 2025, visando a rolagem de posições e controle de liquidez no mercado de câmbio.

O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta composta por seis moedas fortes, recuava 0,80% no final da tarde, a 100,920 pontos, consolidando um dia de enfraquecimento global da divisa americana.

A combinação entre inflação controlada nos Estados Unidos, expectativa de queda dos juros, valorização das commodities e ambiente de menor aversão ao risco global cria um cenário de maior confiança para investidores internacionais, o que favorece o real e os ativos brasileiros. Contudo, analistas alertam que a volatilidade persiste e que novos dados econômicos poderão redefinir as apostas do mercado nas próximas semanas.

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