Mato Grosso do Sul, 15 de maio de 2025
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VÍDEO: Influenciadora é assassinada durante transmissão ao vivo e caso levanta suspeitas sobre crime ligado ao narcotráfico

Valeria Márquez, de 23 anos, foi morta a tiros dentro de seu salão de beleza em Guadalajara, e polícia investiga ex-namorado com supostas ligações com cartel hondurenho
Influenciadora realizava transmissão ao vivo quando foi morta
Foto: Reprodução | Redes sociais
Influenciadora realizava transmissão ao vivo quando foi morta Foto: Reprodução | Redes sociais

A violência que há décadas assola o México encontrou novo palco para se manifestar: as redes sociais. A mais recente vítima desse cenário de insegurança foi a jovem influenciadora Valeria Márquez, de 23 anos, assassinada a tiros em plena transmissão ao vivo no TikTok. O crime, ocorrido dentro de seu salão de beleza na cidade de Guadalajara, estado de Jalisco, reacendeu debates sobre feminicídio, exposição digital e a relação entre o narcotráfico e crimes passionais.

Valeria, também conhecida nas plataformas digitais como Val, era mais que uma produtora de conteúdo. Empreendedora e vencedora do concurso Miss Rosto Guadalajara em 2021, ela administrava o Blossom the Beauty Lounge, espaço voltado à estética feminina. Em sua conta no TikTok, acumulava mais de 110 mil seguidores, com vídeos que iam de dicas de maquiagem a registros de sua rotina pessoal.

O dia 9 de maio parecia comum, até que a tragédia se instalou. Durante uma live feita pela influenciadora, que interagia com seus seguidores diretamente do salão, um homem chegou de motocicleta à porta do estabelecimento. Ele aparentava ser um entregador comum e, segundo informações divulgadas pelo jornal El Imparcial, trazia consigo um suposto presente destinado a Valeria. A jovem, intrigada, dirigiu-se à janela para verificar o que se passava.

Foi então que o gesto cotidiano transformou-se em horror. O homem sacou uma arma de fogo e efetuou disparos contra Valeria, atingindo-a no peito e na cabeça. As imagens da transmissão ao vivo captaram o momento em que a influenciadora, ferida, leva a mão ao abdômen e tomba com a cabeça para o lado, cessando toda comunicação. Pouco depois, uma mulher aparece nas imagens, possivelmente uma funcionária ou cliente, e interrompe a gravação.

O crime comoveu familiares, amigos e seguidores. Segundo relatos, parentes de Valeria chegaram poucos minutos depois ao local, mas a jovem já havia falecido. O Ministério Público de Jalisco imediatamente instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias do homicídio e identificar o autor dos disparos.

As investigações se voltaram com especial atenção para um possível mandante: Jesús Hernández, ex-namorado de Valeria. De acordo com fontes da polícia local, há indícios de que o homem não teria aceitado o término do relacionamento e apresentava comportamento possessivo. Além disso, surgiram informações que o associam a um cartel de drogas hondurenho, o que levantou a hipótese de um crime com envolvimento do narcotráfico.

O caso se insere em um contexto maior de violência contra mulheres no México, onde feminicídios e ataques motivados por ciúmes ou dominação continuam em números alarmantes. A exposição das vítimas em redes sociais, por vezes com ampla visibilidade, tem sido cada vez mais um fator de vulnerabilidade diante de ameaças reais, muitas vezes negligenciadas pelas autoridades até que tragédias ocorram.

Até o momento, não foram divulgadas provas conclusivas ou testemunhos adicionais que levem diretamente à autoria do crime. A polícia de Jalisco mantém o caso sob investigação, enquanto familiares de Valeria exigem justiça e clamam por medidas mais severas contra feminicidas.

A morte de Valeria Márquez escancara a realidade brutal vivida por muitas mulheres latino-americanas, onde o sucesso pessoal e a independência frequentemente despertam reações violentas em parceiros incapazes de lidar com o fim de uma relação. No México, onde cartéis de drogas impõem uma cultura de medo e poder, a fronteira entre o crime comum e o crime organizado torna-se cada vez mais tênue.

O caso segue como símbolo de um tempo em que a visibilidade pública pode custar caro à integridade de quem, como Valeria, buscava apenas compartilhar beleza, leveza e arte nas redes. A transmissão ao vivo tornou-se registro de uma tragédia e prova silenciosa de um crime que, mais do que pessoal, é social.

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