O Ministério da Saúde protagonizou, nesta sexta-feira, 23 de maio, o Dia D de vacinação contra a gripe, direcionado especialmente aos trabalhadores da indústria e do setor bancário. A ação, promovida em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi) e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), marcou mais um capítulo das mobilizações nacionais pela vacinação, que vêm sendo retomadas e fortalecidas pelo atual governo com o apoio decisivo do setor privado.
Na abertura oficial da mobilização do Sesi, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acompanhou as ações destinadas aos trabalhadores da construção civil, uma das categorias mais expostas aos riscos de doenças respiratórias. Logo após, participou da vacinação de bancários na sede do Banco do Brasil, em Brasília, simbolizando a abrangência e a capilaridade da iniciativa.
“Essa parceria com o Sesi e com a Febraban faz parte do nosso esforço permanente para garantir que mais brasileiros estejam imunizados antes da intensificação das temperaturas. Desde abril, temos observado um aumento no número de internações, casos graves e óbitos por gripe e síndrome respiratória aguda grave, com o vírus influenza se consolidando como o principal responsável por esses quadros”, destacou o ministro Alexandre Padilha, reforçando a importância da ação.
Atualmente, o Sesi mantém campanhas ativas em 25 estados e no Distrito Federal, com a meta ambiciosa de vacinar até 1 milhão de trabalhadores da indústria até o final deste ano. Por sua vez, a Febraban projeta imunizar cerca de 365 mil bancárias e bancários em todo o território nacional. O Dia D visa reforçar as campanhas já em curso, ampliando a cobertura vacinal contra a gripe e outras doenças entre a força produtiva do país.
Para viabilizar as ações do Sesi, o Ministério da Saúde disponibilizou 22 mil doses de vacinas contempladas no Calendário Nacional de Vacinação do Adulto, incluindo imunizantes contra febre amarela, tríplice viral, dT e hepatite B. A distribuição das doses contra a gripe foi organizada em articulação entre o Sesi e as secretarias estaduais de saúde, garantindo logística adequada para atender a demanda dos trabalhadores.
O ministro Alexandre Padilha ressaltou ainda a histórica parceria com o Banco do Brasil, instituição que, desde 2009, colabora ativamente com as campanhas de vacinação. “O Banco do Brasil mais uma vez dá exemplo ao abrir suas portas para proteger seus trabalhadores e contribuir com a saúde pública. Esta mobilização conjunta com empresas como o Banco do Brasil, a Febraban e outras instituições financeiras reforça a importância da vacinação contra a gripe para evitar internações e óbitos”, afirmou.
A vacinação foi realizada em diversos setores produtivos, incluindo áreas da construção civil, indústria fabril, metalúrgica e agências bancárias. A expectativa das autoridades sanitárias é de que o maior número possível de trabalhadores seja imunizado ao longo da mobilização, garantindo proteção e prevenindo o agravamento dos quadros respiratórios nas próximas semanas.
O Dia D desta sexta-feira integra um conjunto mais amplo de mobilizações nacionais. No último dia 10 de maio, o Ministério da Saúde, em parceria com estados e municípios, organizou o retorno das grandes mobilizações nacionais no Sistema Único de Saúde (SUS), promovendo o Dia D de vacinação contra a gripe. Naquela ocasião, foram aplicadas mais de 1,5 milhão de doses em um único dia, número três vezes superior à média diária, evidenciando a força do SUS e o engajamento da população na prevenção de doenças respiratórias.
Com o avanço da vacinação, o Ministério da Saúde orienta que estados e municípios intensifiquem a busca ativa pelos grupos prioritários, mas também recomenda a imunização de todas as pessoas que procurarem as Unidades Básicas de Saúde (UBS), desde que haja disponibilidade de doses, conforme a situação epidemiológica local e as estratégias definidas pelas respectivas secretarias de saúde.
A participação do Ministério da Saúde nesta ação faz parte do Acordo de Cooperação Técnica firmado com o Sesi durante o 14º Encontro Nacional da Indústria (Enai), realizado em novembro de 2024. O acordo prevê, além da oferta de vacinas, a ampliação da telessaúde e o fortalecimento da atenção primária nos locais de trabalho, com um aporte financeiro de R$ 45 milhões.
Referência nacional em vacinação no setor produtivo, o Sesi consolidou-se como o maior vacinador privado do Brasil, atrás apenas do Governo Federal. “Essa parceria com o Ministério da Saúde reforça nosso compromisso com o bem-estar dos trabalhadores da indústria”, declarou Paulo Mól, diretor-superintendente do Sesi.
Para Fausto Augusto Junior, presidente do Conselho Nacional do Sesi, “levar a vacinação até as empresas é uma forma concreta de chegar aos trabalhadores. Fortalecer a prevenção em saúde exige presença nos territórios, diálogo e compromisso com o cuidado contínuo”, enfatizou.
A Febraban também reafirmou seu protagonismo como forte incentivadora da vacinação no país. “Estamos felizes por ajudar a coordenar o maior programa privado de vacinação de todo o Brasil. O setor bancário sempre será parceiro de ações de saúde pública, e essa iniciativa é mais um esforço conjunto em benefício não só dos nossos colaboradores, mas de toda a população — especialmente para conscientizar melhor a todos sobre as medidas de prevenção de doenças”, afirmou Isaac Sidney, presidente da Febraban.
As equipes de vacinação da Febraban, que atualmente lidera a 28ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe no setor bancário, atuam em todo o país, com estrutura de atendimento em sistema drive-thru. Para assegurar o acesso à imunização mesmo aos trabalhadores que não estejam presentes no momento da aplicação, a Febraban credenciou 227 clínicas privadas, ampliando a capilaridade e a eficácia da campanha.
O cenário epidemiológico atual reforça a necessidade dessas ações. Até a 19ª Semana Epidemiológica, encerrada em 15 de maio, foram notificados 63.664 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil, sendo aproximadamente 29.379 atribuídos a vírus respiratórios. O predomínio foi do vírus sincicial respiratório (50%), seguido pelo Influenza A (30%) e Rinovírus (13%).
No mesmo período, foram registrados 2.966 óbitos por SRAG, dos quais 1.333 ocorreram em decorrência de infecções por vírus respiratórios, com destaque para o Influenza A (69%), seguido pelo vírus sincicial respiratório (16%) e Rinovírus (7%).
Em um contexto de aumento expressivo dos casos e óbitos por doenças respiratórias, a iniciativa conjunta do Ministério da Saúde, Sesi e Febraban evidencia o compromisso do setor público e privado em proteger a saúde dos trabalhadores e contribuir decisivamente para a prevenção e o controle de enfermidades que podem causar impacto significativo na saúde pública nacional.
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