Mato Grosso do Sul, 6 de junho de 2025
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Ozempic e Wegovy sofrem redução expressiva de preços no Brasil em meio à crescente concorrência com o Mounjaro

Novo Nordisk anuncia reajuste para ampliar acesso ao tratamento de diabetes e obesidade, enquanto enfrenta pressão de concorrente com lançamento do Mounjaro

A partir desta segunda-feira, dia 2 de junho, os medicamentos Ozempic e Wegovy, ambos da farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk, passam a ter preços reduzidos em todo o território brasileiro. A medida, segundo a própria empresa, tem como objetivo ampliar o acesso aos tratamentos indicados para diabetes tipo 2 e obesidade, além de conter a proliferação de versões irregulares e manipuladas desses fármacos.

A decisão, contudo, não ocorre isoladamente. A redução nos preços acontece em um contexto de acirramento da concorrência no setor farmacêutico, sobretudo em virtude da entrada recente do Mounjaro, um medicamento desenvolvido pela Eli Lilly, que vem obtendo resultados clínicos superiores em testes relacionados à perda de peso. Lançado oficialmente no Brasil no dia 25 de maio, o Mounjaro ainda possui disponibilidade restrita, mas já causa significativa movimentação no mercado.

De acordo com informações veiculadas pela imprensa internacional, a pressão exercida pela concorrência foi um dos fatores determinantes para a recente saída de Lars Jorgensen, até então CEO da Novo Nordisk. A companhia, que há anos lidera o segmento de medicamentos injetáveis para controle glicêmico e emagrecimento, vê-se agora diante de novos desafios para manter sua posição de destaque.

As reduções de preços anunciadas pela Novo Nordisk são consideráveis, variando em média de R$ 100,00 nas compras efetuadas em farmácias físicas, até R$ 200,00 em aquisições realizadas por meio de plataformas digitais. A empresa assegura que a rede de distribuição no país encontra-se abastecida de forma plena e estável, o que possibilitou a implementação da nova política de preços.

Entre os produtos que sofreram reajuste, destaca-se a apresentação de Wegovy 2,4 mg, considerada a mais potente e também a mais cara da linha. O preço sugerido de venda passou de R$ 1.981 para R$ 1.699 no comércio eletrônico e R$ 1.799 nas lojas físicas, representando uma redução superior a R$ 200. Já a caixa de Wegovy 1,7 mg caiu de R$ 1.643 para R$ 1.399 no ambiente virtual e R$ 1.499 no varejo físico.

O medicamento Ozempic, também bastante utilizado no tratamento do diabetes tipo 2 e na gestão do peso, teve seus preços igualmente revisados. A versão de 1 mg foi ajustada de R$ 1.110 para R$ 999 nas compras on-line e para R$ 1.099 nas farmácias tradicionais. Para a apresentação de 0,5 mg, o novo valor sugerido é de R$ 963 no e-commerce, mantendo-se em R$ 1.063 nas lojas físicas. A caixa combinada de Ozempic 0,25 mg e 0,5 mg passou a custar R$ 825 em plataformas digitais e R$ 925 no comércio presencial.

Em comunicado oficial à imprensa, Isabella Wanderley, gerente geral de negócios da Novo Nordisk no Brasil, destacou a importância estratégica deste movimento. Segundo ela, “esse ajuste na nossa política de preços é um passo fundamental para garantir que mais pessoas tenham acesso aos tratamentos necessários para o controle de doenças crônicas”.

Além de ampliar a acessibilidade, a farmacêutica reforça que a redução visa conter o avanço do mercado paralelo, que comercializa versões não autorizadas ou manipuladas desses medicamentos. A empresa alerta que tais alternativas podem colocar em risco a saúde dos pacientes, uma vez que não seguem os rigorosos padrões de qualidade e segurança exigidos pelos órgãos reguladores.

A movimentação da Novo Nordisk ocorre em um cenário global de crescente demanda por terapias eficazes no tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2, doenças que atingem milhões de pessoas e impactam diretamente os sistemas de saúde pública e privada. O reposicionamento estratégico da empresa demonstra não apenas sua preocupação com a saúde pública, mas também sua tentativa de manter a competitividade frente aos avanços da concorrência.

Especialistas em economia da saúde observam que a redução nos preços dos medicamentos pode gerar efeitos positivos não apenas para os pacientes, mas também para o mercado, promovendo maior acesso aos tratamentos e estimulando práticas mais éticas na comercialização de produtos farmacêuticos.

A expectativa agora recai sobre a capacidade da Novo Nordisk em sustentar essa política de preços em longo prazo, especialmente diante da provável ampliação da oferta do Mounjaro no Brasil. Por enquanto, a farmacêutica aposta na combinação entre a redução de preços e a estabilidade do abastecimento como forma de manter sua posição de liderança no segmento.

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