Mato Grosso do Sul, 8 de junho de 2025
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Mingau passa por novo procedimento para tratar grave hipertensão intracraniana após dois anos do atentado

Baixista do Ultraje a Rigor segue lutando pela vida e recuperação motora após ser baleado na cabeça em Paraty (RJ), enquanto médicos detalham complexidade do quadro
Mingau, baixista do Ultraje a Rigor – Foto: SBT
Mingau, baixista do Ultraje a Rigor – Foto: SBT

O músico Rinaldo Oliveira Amaral, conhecido nacionalmente como Mingau, de 57 anos, passou recentemente por um novo procedimento médico focado no tratamento da hipertensão intracraniana, condição considerada extremamente grave e que segue desafiando os esforços clínicos e cirúrgicos desde setembro de 2023, quando o baixista do grupo Ultraje a Rigor foi baleado na cabeça em Paraty, litoral sul do Rio de Janeiro.

Na ocasião, Mingau foi atingido por um disparo que comprometeu áreas vitais do sistema neurológico, levando-o a ser hospitalizado em estado gravíssimo. Quase dois anos após o atentado, ele continua sob acompanhamento intensivo de uma equipe multidisciplinar, que nesta quarta-feira, 4 de junho de 2025, deu início a uma nova etapa terapêutica, voltada especificamente para a recuperação motora e o controle da pressão intracraniana.

O especialista em medicina integrativa, Dr. Wandyk Alisson, explicou em detalhes a gravidade do quadro enfrentado por Mingau, reforçando que a hipertensão intracraniana representa “um sinal de alerta neurológico grave”. Segundo o médico, a pressão intracraniana elevada pode comprometer funções neurológicas essenciais e levar a risco iminente de vida.

“Quando o tratamento clínico não é suficiente ou quando a pressão ameaça a vida ou as funções neurológicas do paciente, opta-se por procedimentos cirúrgicos como a craniotomia ou a craniectomia descompressiva”, esclarece o Dr. Wandyk. Ele acrescenta que esses procedimentos são indicados em casos de traumatismo cranioencefálico grave, hemorragia cerebral, acidente vascular cerebral isquêmico extenso, conhecido como ‘AVC maligno’, além de tumores com efeito de massa ou hidrocefalia acompanhada de hipertensão intracraniana refratária.

Com base nas diretrizes da Brain Trauma Foundation, publicadas em 2016, a craniectomia é recomendada quando a pressão intracraniana se mantém acima de 25 milímetros de mercúrio (mmHg) por mais de uma hora, mesmo após todas as tentativas de tratamento clínico otimizado.

Outro procedimento frequentemente adotado nestes casos é a instalação do cateter ventricular, também conhecido como drenagem ventricular externa, que permite tanto o monitoramento da pressão intracraniana quanto a drenagem do líquor, especialmente em quadros de hidrocefalia aguda.

No episódio do atentado, a equipe médica responsável pelo atendimento de emergência de Mingau atuou de forma célere, realizando os procedimentos indicados para o controle do aumento da pressão intracraniana, que incluíram o uso de antibióticos, anticonvulsivantes e medidas específicas para o manejo do edema cerebral.

O Dr. Wandyk destaca que o tratamento clínico é sempre a primeira linha de abordagem, quando as condições do paciente permitem. Entre as principais medidas, ele cita a elevação da cabeceira do leito a 30 graus, prática que favorece a drenagem venosa e reduz a pressão intracraniana; a sedação e analgesia com medicamentos como midazolam e propofol, que atenuam estímulos nocivos ao sistema nervoso; e a administração de agentes osmóticos, como manitol ou solução hipertônica, utilizados para desidratar o tecido cerebral e, consequentemente, reduzir o edema.

Além dessas condutas, pode-se recorrer à hiperventilação controlada temporária, técnica que consiste na redução dos níveis de dióxido de carbono (CO₂) no sangue, provocando vasoconstrição cerebral e, assim, promovendo um alívio momentâneo da pressão intracraniana.

Desde a agressão sofrida em Paraty, a luta pela vida e pela reabilitação de Mingau se transformou em uma longa e árdua batalha, acompanhada atentamente pelos familiares, amigos, colegas de profissão e milhares de fãs em todo o Brasil.

O músico, que também ficou conhecido pela sua participação como integrante da banda do programa The Noite, com Danilo Gentili, no SBT, permanece em tratamento contínuo, e as perspectivas médicas são de um processo de reabilitação longo, delicado e dependente de múltiplas etapas terapêuticas e cirúrgicas.

O caso segue sendo um exemplo emblemático da gravidade das lesões provocadas por traumas cranioencefálicos e das complexas estratégias médicas necessárias para preservar a vida e restaurar, na medida do possível, as funções neurológicas de pacientes que sobrevivem a esse tipo de agressão.

A família de Mingau, por sua vez, mantém a discrição sobre o andamento do tratamento, mas reforça constantemente os pedidos por orações, apoio e respeito à privacidade do artista neste momento tão sensível.

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