Mato Grosso do Sul, 7 de junho de 2025
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Nvidia retoma a liderança como empresa mais valiosa do mundo e reforça hegemonia no mercado de tecnologia global

Com valorização bilionária, fabricante de chips desbanca Microsoft e consolida protagonismo frente aos gigantes Apple, Amazon e Google

A Nvidia, multinacional norte-americana especializada em chips gráficos e tecnologias de inteligência artificial, voltou a assumir o posto de empresa mais valiosa do mundo nesta quarta-feira, dia 4 de junho, após registrar uma valorização de 0,5% no pregão da Nasdaq. Avaliada agora em US$ 3,461 trilhões, a companhia ultrapassou novamente a Microsoft, que possui atualmente valor de mercado estimado em US$ 3,447 trilhões.

O movimento de ascensão coloca a Nvidia como símbolo do atual protagonismo do setor de semicondutores e inteligência artificial na economia global. A empresa, que há anos lidera o desenvolvimento de placas gráficas e chips voltados para games, data centers e, mais recentemente, aplicações de inteligência artificial generativa, consolidou-se como referência estratégica indispensável no mundo da tecnologia.

O marco histórico ocorre pouco mais de um ano após a Nvidia ter superado a Microsoft pela primeira vez, em junho de 2024. Desde então, ambas as corporações vêm protagonizando uma disputa acirrada pela supremacia global, refletindo a crescente importância da inovação em hardware e inteligência artificial na dinâmica econômica mundial.

Atrás da Nvidia e da Microsoft, seguem empresas como Apple, com valor de mercado de US$ 3,029 trilhões, Amazon, estimada em US$ 2,2 trilhões, e Alphabet, controladora do Google, com US$ 2,04 trilhões. Estas gigantes, embora ainda apresentem números expressivos, encontram-se, momentaneamente, atrás da companhia de chips em termos de valorização de mercado.

A trajetória recente da Nvidia, no entanto, não esteve isenta de turbulências. Entre fevereiro e maio deste ano, a empresa enfrentou um período de incertezas, impulsionado pelas tensões comerciais protagonizadas pelos Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, que intensificou as restrições à exportação de semicondutores para a China, mercado essencial para a Nvidia. Tais medidas colocaram em xeque parte das operações e das perspectivas de crescimento da companhia no curto prazo.

Apesar das adversidades, a Nvidia demonstrou resiliência e retomou, no último mês, sua escalada. As ações da empresa valorizaram-se 25% nesse período, atingindo a cotação de US$ 141,92 por ação. No acumulado do ano, o crescimento é mais modesto, de 2,6%, enquanto os papéis da Microsoft avançaram 6,35% no último mês e 10,8% no acumulado anual, sinalizando também a força contínua da gigante do setor de software e serviços em nuvem.

Os resultados financeiros mais recentes da Nvidia reforçam o bom momento vivido pela companhia. No trimestre encerrado em 27 de abril, a empresa anunciou uma receita de US$ 44,1 bilhões, representando um crescimento impressionante de 69% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro líquido também apresentou elevação expressiva, subindo 26% e alcançando a cifra de US$ 18,8 bilhões.

Em declaração à imprensa, o CEO Jensen Huang destacou a força do desempenho da companhia, afirmando que a Nvidia está experimentando uma demanda “incrivelmente forte” por seus produtos, especialmente os chips utilizados em aplicações de inteligência artificial, como treinamentos de modelos generativos, aprendizado de máquina e automação em larga escala.

Atenta aos desafios impostos pela regulação internacional e às restrições no comércio de semicondutores, a Nvidia anunciou recentemente o lançamento de um novo chip de inteligência artificial com especificações mais modestas para o mercado chinês, apresentado como alternativa ao modelo H20, cuja exportação foi severamente restringida pelo governo norte-americano. A medida visa assegurar a manutenção da presença da empresa no estratégico e vasto mercado asiático, minimizando impactos decorrentes das sanções.

O cenário atual revela não apenas a ascensão meteórica da Nvidia, mas também o redesenho das forças hegemônicas no setor de tecnologia. As empresas mais valiosas do mundo, todas oriundas do segmento tecnológico, refletem o avanço acelerado das inovações em inteligência artificial, computação em nuvem e serviços digitais.

Entre os principais concorrentes, destaca-se a Apple, que embora tenha perdido o posto de empresa mais valiosa há alguns anos, continua a ostentar uma marca sólida, movida principalmente pela venda de dispositivos eletrônicos e pela ampliação de seu ecossistema de serviços. A Amazon, com seu império de comércio eletrônico e computação em nuvem, mantém uma posição estratégica e robusta, enquanto o Google segue investindo em inteligência artificial, serviços de busca e publicidade digital.

Outros nomes de peso figuram na lista das dez maiores corporações do mundo, como a Meta, com US$ 1,73 trilhão, a petroleira Saudi Aramco, avaliada em US$ 1,6 trilhão, e a Broadcom, especializada em semicondutores, com US$ 1,2 trilhão. A Tesla e o conglomerado Berkshire Hathaway completam o grupo, ambas com valor de mercado superior a US$ 1 trilhão.

A escalada da Nvidia representa um marco não apenas financeiro, mas também simbólico, evidenciando a centralidade dos semicondutores e da inteligência artificial no futuro da economia global. A empresa, outrora vista apenas como uma fabricante de placas gráficas para jogos, transformou-se na espinha dorsal da nova era tecnológica, em que o processamento de dados e a capacidade computacional são ativos determinantes para o sucesso das organizações.

Enquanto a disputa pelo topo prossegue, com movimentos intensos e frequentes no mercado de capitais, a Nvidia reafirma sua liderança e inspira uma nova fase na indústria da tecnologia, marcada pela convergência entre hardware de alta performance e soluções de inteligência artificial que prometem remodelar sociedades, economias e culturas ao redor do mundo.

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