Mato Grosso do Sul, 12 de junho de 2025
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Rússia realiza maior ofensiva noturna da guerra com ataque maciço de drones e mísseis contra a Ucrânia

Intensificação dos bombardeios eleva tensão no conflito enquanto Ucrânia se prepara para troca de prisioneiros e mortos
Os ataques aéreos da Rússia geralmente começam no final da noite e terminam pela manhã
Foto: John Hamilton/DoD/AFP
Os ataques aéreos da Rússia geralmente começam no final da noite e terminam pela manhã Foto: John Hamilton/DoD/AFP

Na madrugada de segunda-feira, 9 de junho, a guerra travada entre Rússia e Ucrânia atingiu um novo e alarmante patamar de violência. Em um movimento que surpreendeu até os analistas militares mais experientes, a Rússia lançou 479 drones de ataque contra o território ucraniano, acompanhados de ao menos 20 mísseis disparados simultaneamente contra diversas regiões do país. Trata-se, segundo informações oficiais da Força Aérea Ucraniana, do maior bombardeio noturno registrado desde o início do conflito, há mais de três anos.

O ataque foi concentrado principalmente nas regiões central e ocidental da Ucrânia, longe das linhas de frente, demonstrando uma estratégia voltada a ampliar o alcance e a intensidade dos danos. Os alvos, conforme a acusação das autoridades ucranianas, foram majoritariamente civis, incluindo estruturas urbanas, redes elétricas e residências, embora Moscou continue a sustentar que seus ataques visam exclusivamente objetivos militares.

De acordo com nota divulgada pela Força Aérea da Ucrânia, os sistemas de defesa conseguiram interceptar e destruir 277 dos drones lançados e 19 dos mísseis disparados. Apesar da alegação, não foi possível verificar de maneira independente a extensão da interceptação. Ainda assim, as consequências dos projéteis que conseguiram escapar da defesa antiaérea já são sentidas em cidades como Khmelnytskyi, Vinnytsia e Lviv, onde explosões provocaram incêndios, deixaram dezenas de feridos e causaram cortes de energia em distritos inteiros.

Os drones utilizados no ataque foram identificados como sendo do modelo Shahed, de fabricação iraniana, amplamente empregados pelas forças russas nos últimos meses. Lançados durante a noite, esses drones são especialmente difíceis de detectar devido à baixa visibilidade e ao voo silencioso. O padrão dos bombardeios noturnos tem se intensificado desde o início de 2024, elevando o nível de tensão e exaustão entre as equipes de defesa ucranianas.

Este episódio violento ocorre em um momento diplomático particularmente sensível. Uma nova rodada de troca de prisioneiros e repatriação dos corpos de soldados mortos estava prevista para o fim de semana anterior, mas foi adiada sem justificativa clara. A troca, segundo o chefe da inteligência militar da Ucrânia, general Kirilo Budanov, deverá ocorrer ainda nesta semana. A intensificação dos ataques, porém, lança dúvidas sobre a estabilidade das negociações e reacende temores de novos impasses no campo diplomático.

Desde o início da guerra em 2022, mais de 12 mil civis ucranianos foram mortos em ataques aéreos e terrestres, de acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas. As infraestruturas essenciais, como hospitais, escolas, estações de energia e fornecimento de água, foram duramente atingidas. O conflito, que já causou o deslocamento de mais de 10 milhões de pessoas, se mantém como uma das crises humanitárias mais graves do século.

Enquanto os bombardeios se intensificam, cresce também a pressão sobre os líderes europeus e os organismos multilaterais por uma resposta mais contundente ao uso de drones contra populações civis. Sanções adicionais estão sendo discutidas no Conselho Europeu, assim como novas medidas de apoio logístico e financeiro à Ucrânia.

As cenas de destruição que emergem nas redes sociais e nos noticiários internacionais revelam a face mais sombria de uma guerra prolongada e brutal, cujos impactos humanitários se agravam a cada dia. Em meio ao caos, o povo ucraniano resiste, enquanto o mundo acompanha com crescente apreensão os desdobramentos de um conflito que ainda está longe de encontrar um fim.

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