Mato Grosso do Sul avança com vigor em 2025, impulsionado por um ciclo virtuoso que combina aumento da produção agrícola, industrialização da matéria-prima e diversificação econômica. De acordo com a mais recente Resenha Regional divulgada pelo Banco do Brasil, a economia sul-mato-grossense deve crescer 5,5% neste ano, resultado que posiciona o Estado como o segundo maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) entre todas as unidades da federação, atrás apenas do vizinho Mato Grosso, com previsão de 6,8%.
O principal pilar dessa expansão é o agronegócio, cuja estimativa de avanço é de impressionantes 17,9% em 2025, segundo o levantamento. Esse número, o maior entre os estados brasileiros, é atribuído a uma combinação de fatores, incluindo o bom desempenho climático, o incremento na área plantada e o salto tecnológico nos processos produtivos. A agropecuária, que por décadas girou em torno da soja e da pecuária bovina, agora se fortalece com uma nova matriz produtiva mais diversificada e sustentável.
Agricultura em ritmo acelerado
No campo, os dados da Semadesc, em parceria com a Aprosoja/MS, indicam uma produção de soja que deve ultrapassar 14 milhões de toneladas, com área plantada de 4,524 milhões de hectares e produtividade média de 51,78 sacas por hectare. Já para o milho, a segunda safra apresenta estimativa de 10,2 milhões de toneladas, com área cultivada de 2,1 milhões de hectares e produtividade média de 80,8 sacas por hectare um crescimento de 20,6% sobre a safra anterior.
O cenário positivo é refletido na análise do secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck. Para ele, “o cenário é otimista, puxado pelo aumento na produtividade, condições climáticas favoráveis e ampliação da área de colheita de grãos”. O gestor ressalta que o Estado saiu de uma projeção de 4,4% para 5,5% no PIB graças ao avanço do agronegócio.
Diversificação e inovação no campo
Além dos grãos tradicionais, o Estado vem promovendo uma verdadeira revolução silenciosa no perfil agrícola. A citricultura e o amendoim despontam como apostas seguras para a ampliação da renda e do emprego no campo. Já são 30 mil hectares de citros em desenvolvimento e mais de 42 mil hectares de amendoim cultivados área que transformou Mato Grosso do Sul no maior produtor nacional, superando São Paulo.
“Essa mudança está ajudando a melhorar o resultado da economia estadual”, destaca Verruck. “A conversão de pastagens degradadas em áreas produtivas, com cultivos alternativos e de maior valor agregado, amplia as possibilidades de investimentos e abre espaço para novos empreendimentos industriais.”
Indústria e agroindústria consolidam novo ciclo
Na cadeia industrial, a chamada “rota da celulose” tem papel decisivo. O Vale da Celulose, com quatro unidades em funcionamento e duas novas fábricas uma em construção em Inocência e outra em licenciamento em Bataguassu projeta o Estado como um dos maiores polos celulósicos da América Latina. A industrialização da madeira e dos subprodutos do campo já vem garantindo crescimento expressivo na transformação da matéria-prima in natura em produtos de alto valor agregado.
Multiproteína e produção animal em ascensão
Outro destaque é a pecuária. O primeiro trimestre de 2025 apresentou crescimento no abate de bovinos, suínos e aves, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O abate bovino cresceu 4,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 9,87 milhões de cabeças. No segmento avícola, o abate foi de 1,63 bilhão de frangos, número 2,3% superior ao de 2024. Os suínos também mantiveram bom desempenho.
A política estadual de incentivo ao modelo “multiproteína” com destaque para a agregação de valor por meio da industrialização de carnes contribui para consolidar Mato Grosso do Sul como um celeiro de proteínas animais para o mercado interno e externo. “Todos estes fatores contribuem para que o MS mantenha o foco de desenvolvimento voltado para o Estado multiproteína e na agregação de valor à matéria-prima”, afirma o secretário.
Crescimento sustentado e perspectivas nacionais
A confiança no futuro do agronegócio brasileiro como um todo é confirmada por projeções atualizadas do IBGE e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que apontam para uma safra recorde em 2025. A colheita da soja e do milho da primeira safra já praticamente concluída e o bom desempenho na semeadura da segunda safra alimentam a expectativa de avanço de 8,2% no PIB agropecuário nacional, superando os 6,0% inicialmente previstos.
Embora haja previsão de leve recuo na produção de bovinos no segundo semestre, o desempenho positivo na primeira metade do ano deverá compensar eventuais oscilações. Além disso, a estabilidade no setor de suínos e aves fortalece a perspectiva de superação de metas de exportação e abastecimento do mercado interno.
Protagonismo regional e solidez estrutural
A região Centro-Oeste confirma sua posição como motor da economia brasileira. Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, alavancados por perspectivas agrícolas e industriais robustas, lideram o crescimento nacional e consolidam uma nova geografia econômica no país. O vigor do campo, aliado à transformação industrial e à inteligência estratégica das políticas públicas estaduais, projeta o futuro de Mato Grosso do Sul como um exemplo de desenvolvimento sustentável, moderno e competitivo.
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