Mato Grosso do Sul, 2 de julho de 2025
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Nova vacina contra meningite passa a integrar o SUS para crianças de 12 meses

Com mais de 4 mil casos registrados em 2025, Ministério da Saúde atualiza calendário e amplia proteção contra formas graves da doença
Brasil registrou este ano 4.406 casos confirmados da doença
Brasil registrou este ano 4.406 casos confirmados da doença

A partir desta terça-feira, 1º de julho, entra em vigor em todo o território nacional uma importante mudança no calendário de vacinação infantil do Sistema Único de Saúde (SUS). O reforço contra a meningite aos 12 meses de idade, que até então era feito com a vacina meningocócica C, passa a ser administrado com a vacina meningocócica ACWY. A medida, anunciada pelo Ministério da Saúde no último fim de semana, tem como objetivo ampliar a cobertura contra os principais sorogrupos da bactéria Neisseria meningitidis, agente causador da forma mais grave da doença.

A meningocócica ACWY protege contra quatro sorogrupos: A, C, W e Y, considerados os mais recorrentes em surtos e casos graves de meningite meningocócica. Até então, essa vacina estava disponível na rede pública apenas para adolescentes entre 11 e 14 anos. Com a mudança, crianças de 12 meses passam a ser contempladas com um reforço mais abrangente, potencializando a proteção em uma fase crítica do desenvolvimento imunológico.

Esquema vacinal atualizado e orientações às famílias

O novo esquema vacinal contra a meningite agora contempla duas doses da vacina meningocócica C aos três e cinco meses de vida, seguidas de uma dose de reforço com a vacina ACWY aos 12 meses. Crianças que já completaram o esquema antigo com o reforço da meningocócica C não precisarão repetir a vacinação com a nova fórmula. Já aquelas que ainda não receberam a dose aos 12 meses poderão ser imunizadas com a ACWY.

A decisão da mudança está baseada em evidências científicas e em análises epidemiológicas do Ministério da Saúde, que apontam para o aumento da circulação de sorogrupos além do tipo C. Segundo o órgão, a medida garante uma resposta imunológica mais ampla, especialmente entre os mais vulneráveis.

A meningite: o que é, sintomas e formas de transmissão

A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. A enfermidade pode ser causada por agentes infecciosos como bactérias, vírus, fungos e parasitas ou por fatores não infecciosos, como câncer, lúpus, reações a medicamentos e traumas físicos. As formas bacterianas são consideradas as mais graves, com risco elevado de sequelas e mortalidade, especialmente entre bebês, crianças pequenas e idosos.

Os sintomas variam conforme a idade do paciente e a origem da infecção, mas geralmente incluem febre alta, rigidez na nuca, dor de cabeça intensa, vômitos, fotofobia (sensibilidade à luz), sonolência, confusão mental, convulsões e, nos casos mais graves, coma. Em recém-nascidos e lactentes, podem surgir sinais mais sutis, como irritabilidade, recusa alimentar e moleira tensa.

A transmissão da meningite infecciosa, sobretudo a viral e a bacteriana, ocorre por via respiratória, a partir do contato direto com secreções da pessoa infectada. Por isso, o ambiente escolar e familiar é especialmente vulnerável à propagação da doença.

Casos registrados em 2025 e impacto da nova vacina

Somente em 2025, até o momento, o Brasil já registrou 4.406 casos confirmados de meningite. Desse total, 1.731 são de origem bacteriana a forma mais grave, 1.584 são virais, e 1.091 estão classificados como de outras causas ou de origem não identificada. O Ministério da Saúde reforça que, além das vacinas específicas como a ACWY, outras imunizações ofertadas pelo SUS como BCG, penta, pneumocócica 10-valente, 13-valente e 23-valente contribuem para a prevenção de diferentes tipos da doença.

Com a introdução da meningocócica ACWY no primeiro ano de vida, o Brasil passa a alinhar sua política de imunização infantil às recomendações da Organização Mundial da Saúde e de países com cobertura vacinal avançada. A medida também busca elevar as taxas de proteção da população diante de um cenário sanitário ainda marcado por surtos localizados e casos severos de meningite, principalmente em regiões com menor acesso à informação e infraestrutura de saúde.

Tratamento e prevenção

O tratamento da meningite depende da causa. As formas bacterianas exigem internação imediata e administração de antibióticos potentes por via intravenosa. Já as meningites virais costumam ser autolimitadas e tratadas com analgésicos, hidratação e repouso. O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações neurológicas e mortes.

A prevenção passa fundamentalmente pela vacinação, higiene das mãos, não compartilhamento de objetos pessoais e ventilação dos ambientes. Campanhas educativas também são consideradas estratégias importantes para reduzir o risco de transmissão, especialmente em escolas, creches e comunidades de alta densidade populacional.

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