Mato Grosso do Sul, 4 de julho de 2025
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Estudante de Amambai (MS) conquista medalha de ouro na OBMEP e se destaca entre os melhores do Brasil

Heitor Brites Oleksyw, da Escola Estadual Dom Aquino Corrêa, eleva o nome de Mato Grosso do Sul ao pódio da maior competição científica estudantil do país, celebrando dedicação, superação e o valor do ensino público
Imagem - SECOM/Divulgação
Imagem - SECOM/Divulgação

No brilho da matemática e no calor de uma plateia repleta de jovens talentos, o estudante Heitor Brites Oleksyw, morador de Amambai, interior de Mato Grosso do Sul, protagonizou um dos momentos mais inspiradores da educação nacional. Em cerimônia realizada no dia 30 de junho, no Rio de Janeiro, o aluno da Escola Estadual Dom Aquino Corrêa recebeu a cobiçada medalha de ouro da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), consagrando-se como um dos destaques entre os 683 melhores do país.

A Obmep, organizada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), é reconhecida como a maior olimpíada científica da América Latina. A edição de 2024 mobilizou mais de 18,5 milhões de estudantes, provenientes de mais de 54 mil escolas públicas e privadas de todos os estados brasileiros. Entre eles, apenas três sul-mato-grossenses conquistaram o ouro um deles foi Heitor.

O jovem, que já havia alcançado a medalha de bronze em edições anteriores, iniciou sua trajetória na Obmep de maneira modesta. “Quando fiz pela primeira vez, achei que era só uma das várias provas do governo. Mas depois que ganhei bronze e fui descobrindo os benefícios que a Obmep poderia me dar, passei a me dedicar mais aos estudos”, contou. O esforço foi recompensado em 2023, quando alcançou o topo do pódio e garantiu seu lugar entre os melhores do país.

A viagem ao Rio de Janeiro para receber a premiação foi mais do que uma cerimônia simbólica. Para Heitor, foi uma jornada de descobertas e de confirmação de seu potencial. “Essa semana tive a oportunidade de viajar, participar de eventos, conhecer novas pessoas. Foram experiências incríveis e inesquecíveis. Descobri que, com dedicação, posso chegar a vários lugares. Foi muito gratificante poder dizer que estou entre os melhores do Brasil”, celebrou.

Como funciona a OBMEP

Criada em 2005, a Obmep é uma iniciativa do Impa com apoio do Ministério da Educação e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A competição é dividida em três níveis: o primeiro para alunos do 6º e 7º anos do ensino fundamental, o segundo para os estudantes do 8º e 9º anos e o terceiro destinado ao ensino médio. Todos os participantes passam por uma prova objetiva, e os melhores classificados são convocados para a segunda fase, que é discursiva. A prova valoriza o raciocínio lógico, a criatividade e a resolução de problemas.

Ao longo dos anos, a olimpíada tem revelado jovens talentos em todo o território nacional, especialmente em regiões de maior vulnerabilidade social, contribuindo diretamente para a valorização do ensino público e para o acesso de estudantes a oportunidades antes inalcançáveis.

Quais os benefícios para os premiados

Os medalhistas da Obmep são agraciados não apenas com a honraria simbólica, mas também com oportunidades reais de desenvolvimento acadêmico. Um dos principais benefícios é a participação no Programa de Iniciação Científica Júnior (PIC), oferecido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com aulas avançadas de matemática e bolsa mensal no valor de R$ 300.

Além disso, universidades públicas e privadas têm cada vez mais reconhecido o desempenho em olimpíadas como critério diferencial em processos seletivos, inclusive para programas de bolsas e entrada direta. A vivência em programas de iniciação científica também abre portas para futuras bolsas de iniciação à pesquisa, estágios e até intercâmbios internacionais.

Outras histórias inspiradoras da edição de 2024

Na edição deste ano, além de Heitor, outros estudantes emocionaram a plateia. Foi o caso de Ana Cecília Rocha, do sertão da Paraíba, que viajou pela primeira vez de avião para receber a medalha. Ou ainda de Rodrigo Amaral, estudante da periferia de Porto Alegre, que perdeu o pai no ano passado e encontrou na matemática uma forma de reconstruir sua autoestima.

A cerimônia contou com a presença de autoridades dos mais altos escalões do governo, entre eles a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, o ministro da Educação, Camilo Santana, e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Os medalhistas foram homenageados com jantar de boas-vindas, sorteios de brindes, apresentações culturais e uma palestra especial com o pesquisador Lucas Nissenbaum, do Impa.

Marcelo Viana, diretor-geral do Impa, destacou a importância da olimpíada como ferramenta de transformação social. “Há duas décadas a Obmep percorre quase todo o Brasil, revelando talentos e cultivando o gosto pela matemática. Hoje é cada vez mais comum que universidades levem em conta o desempenho nas olimpíadas como critério de seleção”, afirmou.

O feito de Heitor Brites Oleksyw ressoa não apenas como um triunfo pessoal, mas como símbolo do potencial existente nos rincões do Brasil. Em uma pequena cidade sul-mato-grossense, brotou um talento que agora figura entre os grandes nomes da juventude brasileira dedicada à ciência e ao conhecimento.

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