Mato Grosso do Sul, 8 de julho de 2025
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Brics lança aliança internacional contra doenças da pobreza sob liderança de Lula

Com forte protagonismo brasileiro, cúpula no Rio de Janeiro chancela parceria histórica por equidade na saúde pública global e combate às doenças negligenciadas
Imagem - MS/Divulgação
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Sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Brics deu início a uma nova etapa de protagonismo no enfrentamento das desigualdades sociais que afetam a saúde das populações mais vulneráveis. Durante a Cúpula de Líderes do bloco, realizada nesta segunda-feira, 7 de julho, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, foi formalizada uma inédita parceria internacional pela eliminação das chamadas doenças socialmente determinadas. O anúncio foi feito pelo próprio presidente Lula, acompanhado do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e representa um marco na agenda global de saúde com justiça social.

A iniciativa nasce da compreensão de que doenças como tuberculose, hanseníase, malária, doença de Chagas, HIV/aids, hepatites virais e cólera, entre outras, continuam a ceifar milhares de vidas em países do Sul Global, não por falta de soluções médicas, mas por persistência de condições estruturais como pobreza, saneamento precário, ausência de moradia digna, baixa escolaridade e desigualdade de renda.

“Hoje lançamos a parceria pela eliminação de doenças socialmente determinadas, um esforço coletivo para enfrentar as desigualdades que ainda decidem quem adoece e quem morre. No Brasil e no mundo, a renda, a escolaridade, o gênero, a raça e o local de nascimento seguem determinando o acesso à saúde”, afirmou Lula durante seu discurso. “Muitas das doenças que matam milhares em nossos países já teriam sido erradicadas se atingissem o Norte Global. Essa realidade escancara o quanto ainda precisamos lutar por justiça e equidade.”

A nova aliança entre os países-membros do Brics conta com a adesão de 11 nações permanentes — Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Indonésia — e um conjunto ampliado de países parceiros como Bolívia, Cazaquistão, Vietnã, Cuba, Tailândia e Uganda. A cúpula marcou também o lançamento de sete grupos temáticos, definidos como prioridade pela presidência brasileira do bloco em 2025, entre os quais se destacam saúde, educação, ecologia e segurança.

O ministro Alexandre Padilha ressaltou que a criação da parceria internacional trará impactos concretos e imediatos para o Brasil e seus aliados. Segundo ele, a retomada da produção nacional de insulina humana, viabilizada por acordos com a China e a Índia, é um exemplo do potencial estratégico dessas alianças. “Também produzimos medicamentos para tuberculose com apoio de empresas indianas. O lançamento dessa parceria pelos chefes de Estado dá mais força a projetos como esses, gerando tecnologia, emprego e renda no Brasil”, declarou.

A proposta havia sido formalmente aprovada em junho, em reunião ministerial em Brasília, e ganhou força com o histórico recente do Brasil. Em novembro de 2024, o país eliminou oficialmente a filariose linfática como problema de saúde pública, reconhecimento concedido pela Organização Mundial da Saúde. Esse êxito embasou a criação da nova aliança como demonstração da viabilidade de ações coordenadas e intersetoriais.

O modelo adotado tem como inspiração direta o programa Brasil Saudável, lançado em 2024 com o objetivo de erradicar até 2030 onze doenças negligenciadas e cinco infecções de transmissão vertical, todas ligadas a contextos de vulnerabilidade. O plano propõe uma atuação articulada entre saúde, saneamento, habitação, assistência social e desenvolvimento sustentável. Com base nessa experiência, o Brics pretende agora ampliar essa estratégia a nível global, priorizando ações em comunidades marginalizadas e populações desassistidas.

A parceria internacional contará com mecanismos de monitoramento e metas conjuntas. Os ministros da Saúde do bloco recomendaram a criação de um roteiro estratégico com marcos claros, a institucionalização de reuniões periódicas e o engajamento com instituições financeiras multilaterais, como o Banco dos Brics, para garantir sustentabilidade orçamentária e expansão dos projetos.

A proposta liderada pelo Brasil já foi elogiada por lideranças internacionais e por organismos multilaterais. Observadores apontam que, ao trazer o debate da desigualdade social para o centro da política de saúde global, o Brics fortalece sua posição como um contraponto às agendas tradicionais ditadas por países desenvolvidos. Para Lula, essa mudança de foco é essencial. “Estamos liderando pelo exemplo, cooperando e agindo com solidariedade, colocando a dignidade humana no centro de nossas decisões.”

A reunião no Rio de Janeiro sinaliza um novo momento para o bloco, que se articula não apenas como força geopolítica e econômica, mas como agente de transformação social global. Com a saúde pública alçada à condição de tema estratégico e transversal, os países do Brics pretendem transformar promessas em políticas efetivas, com impacto direto sobre milhões de vidas.

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