Mato Grosso do Sul, 9 de julho de 2025
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Saúde digital transforma a regionalização do SUS em Mato Grosso do Sul e leva atendimento especializado a todos os 79 municípios

Com nova estrutura e autonomia tecnológica, Estado fortalece o atendimento em todo o território sul-mato-grossense e zera filas com telessaúde, exames digitais e integração hospitalar
Fotos: Saul Schramm
Fotos: Saul Schramm

Em um passo decisivo rumo à modernização e descentralização do atendimento público em saúde, o Mato Grosso do Sul avança com a implantação de um modelo inovador que une regionalização hospitalar e saúde digital. A nova estratégia, coordenada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), marca uma guinada na forma como o Sistema Único de Saúde (SUS) é operado no território estadual, alcançando os 79 municípios por meio da tecnologia, da conectividade e da gestão inteligente de recursos humanos e técnicos.

No centro dessa transformação está a Superintendência de Saúde Digital, criada em dezembro de 2023, responsável por conduzir a implementação de políticas e projetos que modernizam o SUS com foco em agilidade, inclusão e qualidade. Com estrutura própria e desenvolvimentos tecnológicos próprios, o Estado agora possui total autonomia para gerir plataformas digitais de atendimento, diagnóstico e acompanhamento remoto de pacientes, o que permitiu, por exemplo, a eliminação de longas filas de espera em cidades do interior.

Durante visita técnica à nova sede da Superintendência, o governador Eduardo Riedel destacou que Mato Grosso do Sul vive um novo marco na saúde pública. “Quando a gente fala de saúde digital, falamos de uma mudança concreta da realidade. É um conjunto de desenvolvimento em software, pessoas, processos e conectividade que gera economia, reduz o tempo de resposta e efetiva o atendimento com qualidade ao cidadão. Hoje, nós temos um sistema capaz de dar suporte médico de excelência a qualquer município do nosso Estado”, afirmou.

A base dessa nova arquitetura está ancorada em três pilares principais: regionalização hospitalar, saúde digital e inovação em gestão. A telessaúde, por sua vez, tornou-se a principal ferramenta de acesso à especialidade médica no Estado. Com mais de 188 mil atendimentos registrados em áreas como pediatria, geriatria, psiquiatria, neurologia, nutrição e odontologia, o sistema já é considerado um dos mais abrangentes do Brasil. A plataforma também já permitiu a emissão de mais de 169 mil exames e laudos por telediagnóstico, incluindo eletrocardiogramas, dermatologia, oftalmologia e espirometria, reduzindo drasticamente a demanda reprimida da atenção primária.

Casos como o do município de Caracol, que conseguiu zerar filas nas especialidades de endocrinologia, infectologia e pneumologia, são exemplos práticos da eficiência do novo modelo. “Esse é o resultado de uma atenção primária que está conectada à rede digital do Estado. O paciente é regulado e encaminhado diretamente para a consulta por telemedicina. Em Caracol, com o apoio da parceria com o Einstein e a Fiocruz, conseguimos eliminar todas as filas nas especialidades atendidas”, afirmou Márcia Cereser Tomasi, superintendente de Saúde Digital da SES.

O secretário estadual de Saúde, Maurício Simões, explica que a telessaúde sul-mato-grossense começou com uma parceria com uma rede privada de referência nacional, mas foi ampliada e internalizada pelo Estado, que agora possui uma plataforma própria, acessível a todos os municípios. “Hoje temos autonomia para desenvolver e adaptar as soluções digitais às nossas necessidades, com recursos próprios. Isso nos dá agilidade, segurança e capacidade de atender com qualidade”, frisou.

Integrada ao novo desenho de regionalização hospitalar, a telessaúde também funciona como instrumento de equidade territorial. O plano estadual cria cinturões de média complexidade que cercam polos de alta complexidade, otimizando a capacidade dos hospitais regionais e distribuindo a carga de atendimento conforme as necessidades de cada região. A ideia é que nenhuma cidade dependa exclusivamente de centros urbanos distantes, garantindo acesso ágil a exames, diagnósticos e especialistas, mesmo nos pontos mais remotos do Estado.

A atenção hospitalar, dentro dessa nova estrutura, é planejada para atender de forma estratégica todas as macrorregiões de saúde, considerando especificidades populacionais, geográficas e de infraestrutura. O resultado é um sistema mais equilibrado, eficiente e que fortalece os vínculos entre Estado, municípios e comunidade.

Mato Grosso do Sul, ao investir em saúde digital e descentralização inteligente, estabelece um modelo que poderá inspirar outras unidades da federação. O caminho traçado aponta para um SUS mais inclusivo, tecnológico e resolutivo, alinhado com as demandas do século XXI e com foco no que mais importa: o bem-estar e a dignidade de cada cidadão.

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