A sexta-feira (20/10) deu continuidade no panorama observado ao longo dos últimos dias no mercado brasileiro do boi gordo: intenções de compra esparsas e baixo volume de negócios efetivados.
“Munidos de escala que atendem minimamente aos compromissos operacionais de curto prazo, as indústrias frigoríficas brasileiras permaneceram ausentes do ambiente de negócios e apenas apontaram preços da arroba bovina abaixo dos atuais”, relatam os analistas da S&P Global Commodity Insights.
Porém, a consultoria diz que não captou uma tendência de baixa nos preços do arroba, tendo em vista que o volume de oferta de animais terminados ainda é enxuto e há expectativas para um incremento de demanda conforme se aproxima o período final de ano marcado pelas comemorações entre amigos e familiares, o que, obrigatoriamente, resulta na maior procura de cortes para churrasco.
Neste contexto, a S&P Global prevê uma nova rodada de alta da arroba nos três dois meses seguintes do ano, período marcado pelo avanço da entressafra de “boi de capim”.
Além disso, ressaltam os analistas, no curto prazo, o mercado deve “sentir” a falta de “boi de ração”, já que muitos pecuaristas deixaram de investir no segundo ciclo de engorda no cocho, devido às margens negativas de operação no momento de decisão pelo confinamento.
No mercado atacadista, os preços da carne bovina recuaram ao longo desta semana, fundamentados pela entrada da segunda quinzena do mês, quando os consumidores brasileiros sentem o peso do distanciamento do pagamento dos salários e, com isso, optam pela compra de proteínas correntes, mais baratas, como o frango e a carne suína.
“Há registros de ofertas elevadas nas câmaras frigoríficas de entrepostos e na cadeia de distribuição”, relata a S&P Global.
Nas praças paulistas, com as escalas de abate bem-posicionadas, com 9 dias, em média, as cotações dos bovinos destinados ao abate fecharam a semana estáveis, de acordo com apuração da Scot Consultoria.
Com isso, o boi “comum” (destinado ao mercado interno) segue valendo R$ 235/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 215/@ e R$ 227/@ (preços brutos e a prazo).
O “boi-China” (abatido mais jovem, com até 30 dias) está cotado em R$ 240/@ no Estado de São Paulo, no prazo, valor bruto um ágio de R$ 5/@ sobre o valor do animal “comum”.
Cotações máximas de machos e fêmeas nesta sexta-feira, 20/10
SP-Noroeste:
boi a R$ 241/@ (prazo)
vaca a R$ 227/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 234/@ (à vista)
vaca a R$ 215/@ (à vista)
MS-C.Grande:
boi a R$ 233/@ (prazo)
vaca a R$ 217/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 202/@ (prazo)
vaca a R$ 187/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 202/@ (à vista)
vaca a R$ 187/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 197/@ (à vista)
vaca a R$ 187/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 212/@ (prazo)
vaca R$ 187/@ (prazo)
GO-Sul:
boi a R$ 227/@ (prazo)
vaca a R$ 212/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 236/@ (à vista)
vaca a R$ 207/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 227/@ (prazo)
vaca a R$ 207/@ (prazo)
MG-B.H.:
boi a R$ 217/@ (prazo)
vaca a R$ 202/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 210/@ (à vista)
vaca a R$ 200/@ (à vista)
RS-Fronteira:
boi a R$ 223/@ (à vista)
vaca a R$ 184/@ (à vista)
PA-Marabá:
boi a R$ 217/@ (prazo)
vaca a R$ 207/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 209/@ (prazo)
vaca a R$ 199/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 222/@ (prazo)
vaca a R$ 209/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 222/@ (prazo)
vaca a R$ 207/@ (prazo)
RO-Cacoal:
boi a R$ 212/@ (à vista)
vaca a R$ 197/@ (à vista)
MA-Açailândia:
boi a R$ 215/@ (à vista)
vaca a R$ 200/@ (à vista)