Mato Grosso do Sul, 13 de maio de 2025
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Tropas de Israel ampliam a ofensiva por terra em Gaza

Enquanto milhares de soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF) entravam no território palestino, os aviões intensificavam os bombardeios e navios também disparavam do Mar Mediterrâneo
Imagem- Hatem Moussa (AP)
Imagem- Hatem Moussa (AP)

A Faixa de Gaza estava praticamente isolada do mundo. Os ataques aéreos da Força Aérea de Israel (IAF, pela sigla em inglês) cortaram o acesso à internet e à telefonia celular no enclave, reduzindo a comunicação a quase zero. Às 23h desta sexta-feira (17h em Brasília), as Brigadas Ezzedin al Qassam, braço militar do Hamas, anunciaram: “Estamos enfrentando uma incursão terrestre israelense dentro da cidade de Beit Hanoun e a leste do campo de refugiados de Bureij; violentos confrontos ocorrem no terreno”.

Enquanto milhares de soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF) entravam no território palestino, os aviões intensificavam os bombardeios e navios também disparavam do Mar Mediterrâneo. As autoridades israelenses não confirmaram se as operações faziam parte da massiva invasão a Gaza. No entanto, às 20h40 (hora de Brasília), as IDF publicaram, nas redes sociais: “36 anos de Hamas aterrorizando Israel são mais do que suficientes”. Um dos alvos da operação de ontem foi a complexa rede de túneis sob a Cidade de Gaza.

Sinalizadores disparados pelo Exército israelense iluminam o céu a leste de Khan Yunis, no sul de Gaza
Foto: Said Khatib/AFP

A Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução que pede uma “trégua humanitária imediata”, medida considerada uma “infâmia” pelo governo de Benjamin Netanyahu. Com caráter não vinculativo, o texto tem força apenas de recomendação, ao contrário das resoluções do Conselho de Segurança, que, caso não sejam cumpridas, podem surtir sanções para os países. “Rejeitamos abertamente o apelo desprezível da Assembleia Geral da ONU para um cessar-fogo”, escreveu na rede social X (o antigo Twitter) o chanceler israelense, Eli Cohen. “Israel pretende eliminar o Hamas tal como o mundo lidou com os nazis e o Estado Islâmico”, comentou.

Por sua vez, os Estados Unidos defenderam uma pausa humanitária na guerra para permitir a entrada de ajuda aos 2,3 milhões de palestinos. A Casa Branca também instou os cidadãos norte-americanos a deixarem o Líbano. Existe o risco de que, com a intensificação dos ataques terrestres em Gaza, a milícia xiita Hezbollah, apoiada pelo Irã e pelo Hamas, decida ampliar o lançamento de foguetes em direção a Israel e entrar de vez no conflito.

Ameaça

Por meio do aplicativo Telegram, um dirigente do Hamas, Ezzat al Risheq, assegurou que o grupo extremista estava “pronto” para resistir a uma invasão. “Se Netanyahu decidir entrar em Gaza esta noite, a resistência está preparada. A terra de Gaza engolirá os restos mortais dos soldados israelenses”, advertiu. O Hamas também acusou Israel de cortar as comunicações e a maior parte da internet, “para cometer massacres com bombardeios de represália por ar, terra e mar”.

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