Mato Grosso do Sul, 13 de maio de 2025
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Governo demite nº 2 da Abin em meio a investigações da Polícia Federal

A Polícia Federal investiga a Agência Brasileira de Inteligência por suposta espionagem ilegal durante o governo de Jair Bolsonaro (PL)
Alessandro Moretti é exonerado da Abin - Foto: Pedro França/Agência Senado
Alessandro Moretti é exonerado da Abin - Foto: Pedro França/Agência Senado

O Governo Federal decidiu pela demissão do diretor adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alessandro Moretti. A demissão acontece no bojo de mudanças na cúpula da agência em meio a investigações da Polícia Federal, que apura suposta espionagem ilegal pelo órgão. A informação é da coluna de Gerson Camarotti, do g1.

A demissão de Moretti já era esperada pelo Palácio do Planalto, uma vez que o nome do diretor adjunto foi citado nas investigações sobre um “possível conluio” dos investigados na operação com a atual direção da Abin.

Fontes ouvidas pela agência de notícias Reuters apontam que Lula também é pressionado pela demissão do diretor-geral da agência, Luiz Fernando Corrêa, com o presidente quem tem proximidade. Corrêa atuou como diretor-geral da PF durante o segundo mandato de Lula e é da confiança do presidente. 

Segundo a Polícia Federal, as investigações apuram movimentações ilegais na agência ocorridas durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O ministro relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, levantou o sigilo da decisão que autorizou as ações e revelou os apontamentos da PF sobre a atuação da cúpula da Abin nomeada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Um dos alvos da operação é o filho do ex-chefe do Executivo, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), que foi alvo de mandados de busca e apreensão como parte de uma investigação sobre a suposta existência de uma “Abin paralela”.

Na manhã de quinta-feira, 25, o ex-diretor da Abin e atualmente deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) também foi alvo de mandados de busca e apreensão. A operação, batizada de “Vigilância Aproximada”, é um desdobramento das investigações da Operação Última Milha, deflagrada em outubro do ano passado.

“As provas obtidas a partir das diligências executadas pela Polícia Federal à época indicam que o grupo criminoso criou uma estrutura paralela na Abin e utilizou ferramentas e serviços daquela agência de inteligência do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações da Polícia Federal”, informou a corporação.

Os nomes dos alvos não foram divulgados.

Os investigados podem responder pelos seguintes crimes:

Invasão de dispositivo informático alheio; organização criminosa; e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.
A Abin é o órgão responsável por fornecer informações e análises estratégicas à Presidência da República para contribuir em tomada de decisões.

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