Vivendo uma crise financeira importante, o Corinthians vem se apoiando em boas vendas de joias das categorias de base para “alivia” a pressão aos cofres do clube. E uma das novidades que já chamam a atenção nos bastidores é Breno Bidon, que assumiu a titularidade da equipe sob o comando de António Oliveira.
Dono da camisa 27, a joia de 19 anos vem se consolidando no meio de campo ao lado de Raniele e Rodrigo Garro.
Eleito melhor jogador da Copa São Paulo de 2024, que terminou com o título do Corinthians, Bidon tem contrato com o clube até dezembro de 2028, e multa rescisória para o exterior na casa dos 50 milhões de euros (cerca de R$ 280 milhões).
Na visão do veterano Paulinho, que deixou o clube na última semana, a “badalação” em torno do jovem é justificada.
“O Bidon, na minha humilde opinião, é um craque”, disse Paulinho em conversa com Denilson, pentacampeão mundial, durante o podcast Denilson Show.
“O menino é diferente no raciocínio, no pensamento dentro do jogo. Ele é diferente. O ritmo dele no campo…a bola vem queimando, mas com o moleque não queima no pé”.
Bidon tem 13 jogos disputados com a equipe profissional do Corinthians em 2024, com um gol e uma assistência.
O jovem ganhou a confiança do técnico António Oliveira com a vaga deixada por Maycon, que se recupera de lesão no ligamento cruzado anterior do joelho direito e que não voltará aos gramados em 2024.
“O Bidon é um diamante”, resumiu o treinador. “Um achado que criamos a partir do momento da lesão do Maycon. Vou ver o mais honesto e transparente possível. O Bidon, quando o olhava treinar desde que cheguei, era o jogador que menos me saltou a vista. Não dei tanta atenção”, revelou.
“Em um jogo que fizemos com o Água Santa, tivemos uma expulsão. Por acaso jogamos com uma linha de 5, que não quis desestruturar. Tirei os dois pontas, coloquei um lateral e compus uma linha de meio-campo onde o Bidon virou 5.
Coloquei dentro do que eu tinha no banco e porque o jogo seguinte era importante. Veio a oportunidade. Foi sem nenhuma expectativa. Quando coloquei no jogo, vi as ações dele e fiquei maravilhado. Com um a menos, a equipe até jogou mais e criou até mais chances”, seguiu.
“O Breno [Bidon] percebe o jogo todo. Do ponto de vista técnico é refinado, então mapeia o jogo todo. O Garro tem outras características. Sob o ponto de vista tático é menos rigoroso, mas dá outras valências. O Bidon está compensando o Rodrigo [Garro]. Ele entende que, se abandona um espaço, alguém tem de ir ocupar”.
“É um diamante que o clube tem. Vai crescer cada vez mais. É extremamente inteligente, extremamente técnico e é um jogador que precisa de pouca informação para perceber o que o treinador quer. Tem sido muito importante. O Maycon e o Bidon parecem que às vezes andam de pantufas no jogo, ninguém dá nada por eles, mas são tão ou mais importantes que os outros. Muitas vezes há mais protagonistas, mas eles foram cobrir os protagonistas para os gols saírem”, finalizou.