Mato Grosso do Sul, 9 de maio de 2025
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A Bomba da CPI do Transporte Público: Prefeita Adriane Lopes sob pressão após aumento abusivo e falhas no serviço

A bomba da CPI cai, inevitavelmente, no colo da prefeita Adriane Lopes, que, de acordo com muitos, tem se mostrado conivente com o aumento e a má qualidade do transporte público
Imagem - Reprodução/Moradores
Imagem - Reprodução/Moradores

O clima na Câmara Municipal de Campo Grande está esquentando, e o primeiro pedido de impacto do vereador Jean Ferreira (PT), eleito para seu primeiro mandato, promete sacudir a política local. O parlamentar quer a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o contrato de concessão do transporte coletivo da cidade, focando principalmente nos serviços prestados pelo Consórcio Guaicurus. A CPI chega logo após um reajuste de 20 centavos na tarifa do transporte coletivo, que passou de R$ 4,75 para R$ 4,95. Para Jean, a medida não foi acompanhada de melhorias no serviço, e isso não pode continuar.

A bomba da CPI cai, inevitavelmente, no colo da prefeita Adriane Lopes, que, de acordo com muitos, tem se mostrado conivente com o aumento e a má qualidade do transporte público. A prefeita, que pouco fez para exigir do Consórcio Guaicurus um serviço de qualidade, se vê agora diante de um desgaste político que, certamente, pode afetar sua imagem e até mesmo suas pretensões políticas no futuro.

O Consórcio Guaicurus, por sua vez, não é apenas uma empresa de transporte. Seu poder de influência nas decisões políticas de Campo Grande é um fator que não pode ser ignorado. Há anos, o consórcio se mantém no centro das discussões sobre transporte público, e suas ações e decisões são capazes de influenciar diretamente a administração municipal. As críticas sobre o aumento abusivo da tarifa e a má qualidade do serviço prestado, muitas vezes, esbarram no poder que o consórcio exerce sobre o processo político local. O que muitos veem como uma relação de troca de favores políticos, em troca de benefícios para o consórcio, tem sido um dos maiores pontos de conturbação na cidade.

Jean Ferreira não esconde sua indignação. Em suas redes sociais, o vereador foi direto: “É hora de enfrentar esse modelo falido.” O parlamentar, que tem se dedicado a estudar o contrato do consórcio com a prefeitura, afirma que não há justificativa para o aumento da tarifa, uma vez que o transporte coletivo de Campo Grande continua oferecendo um serviço abaixo das expectativas da população. “Não podemos aceitar que a população pague mais por um serviço tão ruim. O reajuste não foi acompanhado de nenhuma melhoria, e isso precisa ser resolvido”, declarou.

Uma Gestão Falha e Conivente com o Aumento

O pedido de CPI não é uma novidade. Desde 2021, outros vereadores já haviam tentado investigar o Consórcio Guaicurus, mas as tentativas não avançaram. Em 2023, o ex-vereador André Luiz chegou a reunir mais de 10 assinaturas para a criação da comissão, mas o caso acabou sendo adiado e encaminhado para a Comissão de Transportes da Câmara, sem maiores consequências.

Agora, com o novo reajuste, Jean Ferreira parece determinado a fazer a diferença. Ele já convocou a população para um protesto contra o aumento da tarifa, marcado para a próxima sexta-feira, às 18h, no Terminal Morenão. A mobilização, segundo ele, é uma forma de pressionar os vereadores e a prefeita para que tomem providências diante de um serviço que, na opinião do parlamentar, já deveria ter sido revisado há muito tempo.

Jean também está buscando apoio para que a CPI realmente saia do papel. “Estamos dialogando com vereadores e acredito que há uma grande chance de conseguirmos as assinaturas necessárias, já que se trata de um tema de interesse amplo da população”, afirmou. E é justamente aí que a prefeita Adriane Lopes entra no centro da discussão. Como gestora da cidade, ela tem a responsabilidade de exigir mais do consórcio e de garantir um serviço de transporte público digno para os cidadãos. Porém, até agora, Adriane tem sido acusada de ser conivente com o aumento da tarifa e de não exigir uma melhoria real no serviço.

A Pressão Sobre a Prefeita Adriane Lopes

A prefeita, que deveria estar liderando a luta por um transporte público de qualidade, agora se vê sob pressão. A falta de ação de sua administração, que permitiu o aumento abusivo da tarifa sem qualquer contrapartida, tornou-se um grande alvo de críticas. A população, já insatisfeita com os constantes aumentos e com a qualidade do transporte, agora conta com o apoio de um novo vereador para tentar mudar o cenário.

O Consórcio Guaicurus, com seu grande poder político e influência nas decisões municipais, tem sido um fator decisivo para a manutenção do atual modelo de transporte. Seu poder vai além das questões contratuais e financeiras, envolvendo também uma relação estreita com a política local. A situação fica ainda mais complicada para a prefeita Adriane Lopes, que parece não conseguir se desvencilhar dessa rede de interesses, o que leva muitos a questionar até que ponto a administração municipal está disposta a cortar laços com o consórcio em prol da população.

Para a prefeita, a CPI é uma verdadeira bomba política. A investigação pode revelar falhas no contrato e até mesmo indícios de má gestão no processo de concessão do transporte público. E isso pode ser um golpe duro em sua imagem e na confiança da população, que já questiona a eficácia de sua administração.

Com a tarifa de transporte de Campo Grande agora figurando entre as mais caras do Brasil, o desgaste da prefeita Adriane Lopes é inevitável. A cidade ocupa o sétimo lugar no ranking das passagens mais caras, e o aumento não foi acompanhado de qualquer sinal de melhora no serviço. Isso só aumenta a pressão para que a prefeita tome uma atitude mais firme em relação à qualidade do transporte público.

A Batalha Pela Qualidade do Transporte Coletivo

O pedido de CPI se junta a um crescente movimento de insatisfação popular com o transporte coletivo de Campo Grande. Os cidadãos estão cansados de pagar caro por um serviço ineficiente, e, com a CPI, o vereador Jean Ferreira tenta abrir uma investigação para expor as falhas do consórcio e buscar soluções que melhorem a mobilidade urbana da cidade.

A população, que já se mobilizou para o protesto no Terminal Morenão, demonstra que está atenta ao que acontece com o transporte coletivo. A dúvida agora é se a prefeita Adriane Lopes será capaz de lidar com a pressão política e de cumprir seu papel na busca por um transporte público de qualidade, ou se vai continuar se esquivando e permitindo que a situação se arraste, em um cenário que só tende a piorar.

O futuro do transporte coletivo de Campo Grande está em jogo, e a decisão de como a prefeita vai responder a essas cobranças será fundamental para sua gestão e para a confiança da população. A bomba está no colo da prefeita. E a população, ao que tudo indica, não vai deixar passar mais esse erro.

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