Um novo capítulo na história de um dos mais emblemáticos cartões-postais do Brasil começou a ser escrito com a assinatura de um termo de compromisso entre a Petrobras e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que prevê a realização de importantes obras de acessibilidade e segurança no acesso ao Monumento do Cristo Redentor, localizado no Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro. O acordo, assinado nesta segunda-feira, é resultado de uma compensação ambiental estabelecida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), relacionada à instalação da plataforma P-56, na Bacia de Campos.
O projeto visa proporcionar melhores condições de visitação ao ponto turístico mais procurado do país, promovendo a substituição do atual conjunto de escadas rolantes por um sistema mais moderno, que incluirá um plano inclinado automático paralelo, garantindo que pessoas com deficiência e mobilidade reduzida possam acessar com mais conforto o Alto Corcovado, onde está erguido o monumento. A iniciativa insere-se também em um esforço mais amplo de valorização dos espaços públicos e de preservação da biodiversidade local, já que a região integra o bioma da Mata Atlântica.
Segundo Mauro Pires, presidente do ICMBio, a ação transcende a simples modernização estrutural e toca um ponto fundamental da cidadania: o direito de todos os brasileiros de vivenciar o patrimônio histórico e natural com dignidade. “Trabalhamos para melhorar a qualidade e a segurança da visitação no Alto Corcovado, ampliando a acessibilidade e a proteção para todos que frequentam essa área pública. Esta área dentro do Parque Nacional da Tijuca constitui uma valiosa contribuição para a conservação da natureza da Mata Atlântica. Aprimorar a infraestrutura para a visitação fortalece o espaço público, que pertence à população desde a sua criação ainda no período do Império.”
As ações envolvem diferentes frentes de responsabilidade. A Petrobras será responsável pela aquisição dos novos equipamentos e pela contratação da empresa que realizará as obras. Já o ICMBio ficará encarregado de orientar, supervisionar, fiscalizar e controlar a execução do projeto, que foi previamente autorizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), tendo em vista que o Alto Corcovado é uma área tombada.
Para Flaubert Matos Machado, gerente-executivo de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobras, a medida vai além do cumprimento de exigências legais e se insere nas diretrizes institucionais da companhia. “Esse projeto representa mais do que uma obrigação legal de compensação ambiental. É um reflexo do compromisso com a diversidade, equidade e inclusão, que é prioritário na Petrobras. Está totalmente em linha com a nossa política de direitos humanos e valores corporativos, especialmente no cuidado com as pessoas e à sustentabilidade.”
O debate sobre a necessidade de melhorias estruturais no acesso ao Cristo Redentor ganhou força após a morte de Alex Duarte, turista de 54 anos natural do Rio Grande do Sul, em 16 de março de 2025. Ele sofreu um infarto na escadaria que leva ao monumento. O incidente levou à interdição temporária do local, que só foi reaberto após uma vistoria da Secretaria Estadual de Defesa do Consumidor. O episódio chamou a atenção para as limitações de infraestrutura em um dos pontos turísticos mais visitados da América Latina.
As obras previstas no acordo estão inseridas em um plano maior de revitalização do Alto Corcovado e de outras áreas do Parque Nacional da Tijuca, anunciado em dezembro de 2024 pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e pelo ICMBio. O investimento total anunciado é de R$ 75 milhões, que serão aplicados de forma escalonada. A primeira fase, atualmente em andamento, envolve a aplicação de R$ 22,2 milhões em intervenções já autorizadas. A programação prevê uma pausa estratégica nas obras durante o verão de 2025 a 2026, para evitar transtornos durante o período de maior fluxo de visitantes. A previsão é que a nova estrutura esteja pronta para a temporada de verão de 2026 a 2027.
O monumento do Cristo Redentor, inaugurado em 1931 e reconhecido como uma das sete maravilhas do mundo moderno, é mais do que um ícone religioso. Ele é símbolo de acolhimento, de fé e de pertencimento, sendo procurado anualmente por milhões de turistas brasileiros e estrangeiros. Ao promover acessibilidade e segurança em seu entorno, a iniciativa entre Petrobras e ICMBio reafirma o compromisso com a preservação da memória, da paisagem e do direito coletivo de acesso à cultura e à natureza.
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