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Mato Grosso do Sul, 28 de março de 2024
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Acusado de matar Brunão na frente de boate é condenado a 10 anos

Cristhiano Luna de Almeida, 34 anos
Cristhiano Luna de Almeida, 34 anos

Por 4 x 3, os jurados desclassificaram a denúncia de homicídio simples e condenaram Cristhiano Luna de Almeida, 34 anos, por lesão corporal seguida de morte contra o segurança da Valley Pub, Jefferson Bruno Gomes Escobar, em caso ocorrido há 10 anos e que passou por muitos recursos e anulação do primeiro julgamento.

No total, a pena imposta foi de 10 anos de reclusão, sendo descontado período de 1 ano e 3 meses, tempo que Luna permaneceu preso. O réu ainda responderá em liberdade, com base em habeas corpus concedido pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Segundo a sentença proferida pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos, 1ª Vara do Tribunal do Juri, Luna foi condenado a pena de 8 anos e 6 meses de reclusão pela lesão corporal seguida de morte; já na injúria racial, 1 ano e 6 meses de prisão e 20 dias-multa por ter xingado garçom da casa noturna, fato que desencadeou o desentendimento com seguranças.

Cristhiano Luna saiu de mãos dadas com a namorada. A família dele saiu abalada, por conta da sentença em regime fechado, mesmo que ele ainda possa recorrer em liberdade. A mãe dele chorou, disse que não aguentava mais.

A mãe de Brunão, a cozinheira Edcelma dos Santos Vieira, 50 anos, chorou muito ao ouvir a sentença. “Pelo menos não saiu impune, há 10 anos nós esperamos por isso aí, a justiça nem sempre é como queremos”, lamentou. Emocionada, acrescentou. “Esperava que ele saísse daqui preso, mas pelo menos não saiu impune”, repetiu.

Já os advogados de defesa de Luna, José Belga Trad e Fábio Trad Filho, já informaram que vão recorrer da decisão, mas acreditam que pode ser considerada vitória, pela desclassificação do homicídio e que os jurados aceitaram a tese de que o rapaz não teve intenção de matar.

O caso – Jefferson Escobar, o Brunão, era segurança da Valley, casa noturna na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande e morreu, aos 29 anos, no dia 19 de março de 2011, quando retirava Cristhiano do local por importunar garçom. A discussão evoluiu para agressão física e a vítima foi golpeada, morrendo no local.

A condenação anterior datava de 29 de novembro de 2017, ou seja, 6 anos depois do crime. Naquele dia, Luna havia sido sentenciado a 17 anos e 6 meses de prisão, em regime fechado, por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e sem chance de defesa para vítima).

A defesa recorreu, conseguiu reduzir a pena para 14 anos, 11 meses e 5 dias e, em novo recurso, alegou irregularidades no processo e conseguiu anular o julgamento. Agora, fo imposta a nova condenação, de 10 anos de prisão, em regime fechado.

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