Mato Grosso do Sul, 12 de maio de 2025
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Adriane Lopes e o Calvário da População: Promessas não Cumpridas e o descaso que dói; Cadê a Mulher da Bota?

O que é pior: enquanto a população sofre com as mazelas da cidade, o Executivo Municipal parece mais preocupado em nomear parentes e aliados políticos para cargos públicos, mesmo sem qualquer critério técnico
UPA lotada em Campo Grande  - imagem - Henrique Arakaki
UPA lotada em Campo Grande - imagem - Henrique Arakaki

Em Campo Grande, o retrato do descaso da gestão de Adriane Lopes está em cada esquina, em cada praça abandonada, em cada buraco nas ruas e, principalmente, nos hospitais e postos de saúde. Para quem depende do sistema público de saúde, o que deveria ser um direito básico virou uma verdadeira travessia dolorosa. A falta de remédios de uso contínuo nas UBSF e nos CAPS, a escassez de médicos especialistas e a demora absurda na marcação de exames fazem com que a população enfrente um verdadeiro calvário. E o que é mais grave: muitos morrem antes de receber o tratamento necessário, gerando a conhecida “fila da morte“.

Essa fila não é apenas figurativa, ela é real e cruel, uma tragédia que já levou vidas por conta da morosidade e do abandono do sistema de saúde pública. A dor de quem sofre à espera de um atendimento é intensificada pela sensação de que a morte é apenas uma questão de tempo.

Nas vilas e bairros afastados, o cenário é ainda mais desolador. “Aqui ninguém ouve a gente”, desabafa Dona Maria, moradora do Bairro Tiradentes, que já há meses espera por uma consulta especializada para sua filha, diagnosticada com problemas respiratórios. Ela não é a única. Moradores de diversas regiões da cidade enfrentam a indiferença do poder público. “A gente vive no esquecimento, o prefeito só aparece em época de eleição”, reclama seu João, de 60 anos, que vive no Jardim Aeroporto, bairro que há anos sofre com a falta de infraestrutura básica, com ruas esburacadas, falta de iluminação e um matagal tomando conta das praças e calçadas.

A saúde é um reflexo claro da incompetência. Os moradores de bairros mais periféricos, como o Jardim Los Angeles, o Jardim Noroeste e o Jardim Columbia, já se acostumaram a ouvir promessas, mas o que sentem na pele são os resultados do abandono. “Aqui é tudo muito devagar, as filas nas unidades de saúde não têm fim”, conta Ana Carla, moradora da Vila Progresso, lembrando que as pessoas mais carentes são as que mais sofrem com a falta de atendimento médico adequado.

E enquanto a população padece, a cidade vai se deteriorando. As ruas esburacadas são apenas uma parte do cenário de abandono. Os contratos milionários com empreiteiras, destinados para tapar os buracos nas vias públicas, mais parecem um grande jogo de interesses, onde os recursos públicos são desviados sem que a cidade de fato veja qualquer mudança. O que é pior: enquanto a população sofre com as mazelas da cidade, o Executivo Municipal parece mais preocupado em nomear parentes e aliados políticos para cargos públicos, mesmo sem qualquer critério técnico ou qualificação, gerando uma rede de favores que só piora a situação.

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Nas escolas, o descaso é ainda mais evidente, com o mato tomando conta dos arredores, e o medo de assaltos rondando o ambiente escolar, um reflexo da insegurança generalizada. As praças e parques da cidade, que deveriam ser espaços de lazer e convivência, mais parecem áreas de risco, onde o mato e a sujeira são os únicos elementos presentes.

A pergunta que ecoa pelas ruas de Campo Grande, principalmente nas vilas e bairros mais afastados, é a mesma: “Cadê a mulher da bota?” A mulher que, durante a campanha, se mostrou cheia de promessas e disposição para mudar a cidade. Mas, no lugar da transformação esperada, o que se vê é o aumento do sofrimento da população. A falta de respostas, a morosidade nos serviços e a indiferença do poder público geram uma sensação de abandono, e a cidade, que deveria ser o reflexo de um progresso, se vê mergulhada na dor e no esquecimento.

O calvário da população de Campo Grande é a prova de que as promessas feitas nas palanques não se transformaram em ações concretas. A cada dia que passa, mais vidas são perdidas na “fila da morte”, mais buracos se abrem nas ruas e mais o mato cresce, cobrindo o que deveria ser cuidado. A pergunta persiste, e a resposta ainda está ausente: cadê a mulher da bota?

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