Mato Grosso do Sul, 2 de maio de 2025
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Afinal, a comida vai continuar cara? Carne, café e azeite ainda são os vilões da inflação em 2025

Mesmo com inflação em queda, brasileiros sentem no bolso o impacto dos alimentos mais caros. O que esperar dos preços nos próximos meses?
Veja o que vem por aí para esse produtos
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Se tem uma coisa que o brasileiro sabe bem é que a inflação oficial divulgada pelo governo nem sempre reflete a realidade do carrinho de compras. Mesmo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostrando uma alta de 0,16% em janeiro, e uma desaceleração nos últimos 12 meses para 4,56%, o consumidor continua sentindo o peso dos preços nas alturas.

O principal alívio veio da queda de 14,21% na conta de luz, impulsionada pelo chamado “bônus de Itaipu”, que distribuiu um saldo positivo da comercialização de energia da usina hidrelétrica. Mas, enquanto a energia ficou mais barata, a comida continuou subindo: o setor de alimentos e bebidas teve alta de 0,96% no mês, puxado por itens como cenoura (+36,14%), tomate (+20,27%) e café (+8,56%).

E não é de hoje que alguns produtos se tornaram verdadeiros vilões da inflação. Carne, café, laranja, óleo de soja e azeite foram alguns dos campeões de alta em 2024, e tudo indica que seguirão pesando no bolso em 2025.

Mas por que esses alimentos continuam subindo? E o que esperar dos preços nos próximos meses? Conversamos com especialistas para entender a realidade do mercado e prever se o consumidor pode esperar algum alívio – ou se a ida ao supermercado vai continuar sendo um pesadelo.

O preço da carne ainda vai cair? Não tão cedo…

O preço da carne bovina tem sido um dos maiores desafios para o brasileiro. Em janeiro, o setor registrou alta de 0,36%, e em 12 meses o aumento acumulado foi de impressionantes 21,17%. Isso significa que, mesmo com uma inflação geral na casa dos 4%, a carne subiu quatro vezes mais que a média dos preços.

Mas por que a carne segue tão cara? O economista André Braz, da Fundação Getulio Vargas (FGV), explica que a alta dos preços se deve a dois fatores principais:

Exportação em alta – O Brasil é um dos maiores exportadores de carne do mundo, e a demanda externa aumentou nos últimos anos. O enfraquecimento do real frente ao dólar incentiva os produtores a venderem para o mercado externo, reduzindo a oferta no mercado interno e encarecendo o produto.

Ciclo pecuário – No ano passado, muitos pecuaristas optaram por abater matrizes (fêmeas) para gerar lucro no curto prazo, reduzindo o rebanho disponível. Agora, com menos gado no pasto, os preços continuam pressionados.

Conclusão: Se você esperava que a carne fosse ficar mais barata em 2025, pode esquecer. O preço deve continuar elevado nos próximos meses, e o alívio só deve vir a partir de 2026, quando os rebanhos forem recompostos.

Café: o drama do brasileiro que ama um cafezinho

O café, uma das bebidas mais consumidas no Brasil, virou artigo de luxo. Em janeiro, o café moído acumulava alta de 50,35% em 12 meses, tornando-se um dos produtos que mais subiram no país.

O motivo? Segundo os especialistas, o café tem um ciclo bianual, ou seja, anos alternados de produção forte e fraca. 2025 é um ano de safra menor, o que já pressiona os preços. Além disso, a seca intensa de 2024 prejudicou a florada do café, reduzindo a oferta antes mesmo da colheita.

Conclusão: O brasileiro vai continuar pagando caro pelo cafezinho. A tendência é que o preço continue subindo ao longo do ano.

Laranja: calor, seca e safra menor devem manter preços altos

A laranja, outro alimento essencial para o brasileiro, sofreu aumentos recordes no último ano. Em 12 meses, a laranja-lima acumulou alta de 59,56%, enquanto a laranja-pera subiu 34,52%.

A explicação está no clima: a seca intensa e o calor extremo reduziram a produtividade dos pomares, especialmente em São Paulo e no Triângulo Mineiro, as duas principais regiões produtoras do país.

Conclusão: A safra 2025 deve ser 27,4% menor, o que significa que os preços devem continuar elevados. Se o Brasil exportar muita laranja, o custo interno pode subir ainda mais.

Óleo de soja pode dar um alívio

O óleo de soja foi um dos vilões da inflação nos últimos anos, mas finalmente há boas notícias. O produto acumula alta de 24,55% em 12 meses, mas em janeiro já registrou uma queda de 0,87%.

Isso acontece porque a safra de soja em 2025 deve ser recorde, o que deve gerar uma maior oferta e ajudar a segurar os preços.

Conclusão: O óleo de soja pode parar de subir e até apresentar pequenas quedas ao longo do ano.

Azeite: um produto cada vez mais inacessível

O azeite de oliva virou um artigo de luxo para muitas famílias. O produto acumulou alta de 17,24% em 12 meses, impulsionado por safras ruins na Europa, especialmente na Espanha, que responde por 40% da produção mundial.

Agora, com uma melhora na produção espanhola, os preços internacionais já estão caindo, mas no Brasil a realidade é outra. Como 99% do azeite consumido aqui é importado, a desvalorização do real frente ao dólar impede uma redução significativa dos preços.

Conclusão: Não espere encontrar azeite barato no mercado tão cedo. Os preços devem continuar altos em 2025.

E o que esperar dos preços em 2025?

Óleo de soja pode ter alívio

Carne, café, laranja e azeite continuam pesando no orçamento

Apesar da inflação oficial estar desacelerando, o consumidor sente na prática que o custo de vida segue alto. A recomendação dos economistas é pesquisar preços, substituir produtos sempre que possível e aproveitar promoções.

E você, já percebeu esses aumentos? Como tem feito para economizar? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião!

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