Mato Grosso do Sul, 14 de fevereiro de 2025
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Ainda vou ver todos no caixão”: A história por trás do crime que abalou Torres (RS)

Deise não escondeu o rancor em outras mensagens. Em uma delas, desabafou sobre o marido, as irmãs dele e, claro, Zeli: “A gente não quer que tu fique longe da gente… essa é a tua família agora”
Deise Moura dos Anjos foi presa pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Deise Moura dos Anjos foi presa pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul Foto: Reprodução/Redes Sociais

O caso que chocou o litoral do Rio Grande do Sul tem todos os elementos de uma trama que parece tirada de um roteiro de filme: traição, veneno e mensagens reveladoras. Deise Moura dos Anjos, de 39 anos, foi presa sob a acusação de triplo homicídio duplamente qualificado e tripla tentativa de homicídio, após suspeitas de que teria envenenado um bolo com arsênio. A tragédia aconteceu na cidade de Torres e resultou na morte de três pessoas da mesma família.

As três pessoas que morreram após comer o bolo são as irmãs Neuza Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva, além da filha de Neuza, Tatiana. Zeli dos Anjos, sogra de Deise e responsável pela preparação do bolo, chegou a ser internada, mas teve alta na última sexta, 10. A criança de 10 anos que também ingeriu o bolo recebeu alta do hospital no último dia 3, conforme informações da Polícia Civil. O marido de Maida também comeu o doce, foi hospitalizado, mas já recebeu alta.

O veneno teria sido colocado na farinha usada pela sogra de Deise, Zeli dos Anjos, de 60 anos, para preparar o bolo fatal. Zeli foi uma das vítimas internadas, mas conseguiu sobreviver. Em áudios revelados pelo Fantástico, Deise deixou claro o desprezo pela sogra, chamando-a de “peste” e até fazendo ameaças veladas. “Ainda vou ver toda a família dentro de um caixão”, teria dito em outra ocasião, segundo relatos de uma amiga da família.

A investigação também trouxe à tona suspeitas sobre a morte do sogro de Deise, Paulo Luiz dos Anjos, em setembro do ano passado. Inicialmente tratada como intoxicação alimentar, a causa da morte foi revisada após a exumação do corpo, que confirmou a presença de arsênio. A família começou a ligar os pontos após o áudio enviado por Deise, onde ela aconselhava a sogra a passar mais tempo com o filho. Uma frase que, agora, soa como mais uma peça de um plano sinistro.

Deise não escondeu o rancor em outras mensagens. Em uma delas, desabafou sobre o marido, as irmãs dele e, claro, Zeli: “A gente não quer que tu fique longe da gente… essa é a tua família agora”. Por trás dessas palavras, no entanto, as autoridades descobriram uma pesquisa sombria. Deise procurava por venenos inodoros e sem gosto, chegando a pesquisar termos como “veneno para matar humano”.

A polícia encontrou uma nota fiscal que confirmava a compra de arsênio em nome de Deise, consolidando a suspeita. A delegada Sabrina Deffente detalhou como ela montou a composição química e aplicou o veneno de forma premeditada. Para os investigadores, o motivo seria um misto de rancor e interesses pessoais.

Agora, Deise está presa temporariamente desde o dia 5 de janeiro, enquanto a justiça busca respostas definitivas. A família das vítimas segue abalada, tentando compreender como a convivência com uma pessoa tão próxima terminou em uma tragédia tão cruel. Enquanto isso, a cidade de Torres acompanha perplexa os desdobramentos de um caso que expõe os limites da crueldade humana.

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