A Polícia Civil prendeu três pessoas suspeitas de participação no assassinato de Mariane Kelly da Souza, de 35 anos, encontrada morta no último dia 9, no Rio Itajaí-açu, em Navegantes (SC), com mais de vinte perfurações a facas.
De acordo com a polícia, o marido da vítima é suspeito de planejar e coordenar o crime. Já a amante do pastor teria executado o delito com a ajuda do genro dela, que desferiu os golpes de faca na vítima.
Além dos três suspeitos já presos, as investigações apontam que houve a participação de um adolescente, que fugiu para o Recife (PE) e ainda não foi localizado. A mulher e o genro foram presos na quinta-feira (22), no Recife, pela equipe da DENARC da Polícia Civil de Pernambuco. Já o marido da vítima foi localizado e preso em Itajaí.
Ainda conforme a polícia, as investigações concluíram que o crime foi praticado para que o casal ficasse com a casa e o patrimônio da vítima e pudessem, assim, viver juntos usufruindo seus bens.
Já os outros dois envolvidos, receberam a promessa de pagamento de R$ 2,5 mil a cada um deles. A amante e o genro confessaram o crime e deram detalhes à polícia. Já o pastor nega as acusações.
Os suspeitos foram presos por força de prisão temporária expedida pela 2ª Vara Criminal de Itajaí e permanecerão à disposição da Justiça. O inquérito policial será concluído nos próximos dias com pedidos de conversão das prisões temporárias em preventivas.
Pastor nega crime
Os parentes procuraram a delegacia para informar o sumiço de Mariane por volta das 22h, no mesmo dia do desaparecimento. O marido afirmou que a esposa teria embarcado em um carro de aplicativo, mas a PM (Polícia Militar) descobriu que se tratava de um veículo particular.
A contradição fez a investigação adotar a linha de que o marido poderia estar envolvido no desaparecimento. “Essa versão foi planejada previamente”, confirma o delegado.
Em depoimento, segundo a Polícia Civil, o pastor não confessou o crime, mas a investigação afirma que ele mandou matar a esposa com base em provas testemunhais dos demais envolvidos e contradições nos seus próprios interrogatórios.
Apesar de ser habilitado para guiar cultos, nos últimos meses o suspeito não participava da cúpula de nenhuma congregação. O religioso também deixou há um ano o quadro de pregadores da igreja Ministério de Evangelismo Sem Fronteiras, de Itajaí, mas ainda frequentava o templo com a esposa antes do assassinato.
“É dissimulado o tempo todo, se fazendo de vítima. Diversos pontos são contraditórios no interrogatório dele”, frisou o delegado Sérgio Sousa.