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Mato Grosso do Sul, 19 de abril de 2024
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Alemanha, França e Itália suspendem uso da vacina de Oxford ‘por precaução’

Frasco e seringa em frente ao logo da AstraZeneca em foto de ilustração
Frasco e seringa em frente ao logo da AstraZeneca em foto de ilustração

Mais três países europeus suspenderam o uso da vacina de Oxford/AstraZeneca em suas campanhas de vacinação contra a covid-19 nesta segunda-feira, 15. Alemanha, França e Itália disseram que tomaram a medida como forma de precaução depois de casos de trombose registrados no continente. A relação entre os casos e os imunizantes não está comprovada. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda continuar o uso da vacina nas campanhas de imunização.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) afirmou oficialmente que não há indícios concretos de que a vacina esteja relacionada ao aumento do risco de coágulos sanguíneos. De acordo com a agência, os 30 casos registrados entre os cinco milhões de imunizados com a vacina de Oxford/AstraZeneca não são superiores aos que ocorrem na população em geral.

A Itália já havia suspendido o uso de um lote da vacina na semana passada depois da morte de um militar e um policial no sul do país. Os casos estão sendo investigados e nenhuma relação com a vacina está comprovada até o momento.

O Ministério da Saúde da Alemanha disse que a decisão foi baseada em um conselho do órgão regulador de vacinas do país, o Instituto Paul Ehrlich, que pediu uma investigação mais aprofundada dos casos. Em uma declaração, o ministro disse que a EMA decidirá “se e como essas novas informações vão afetar a autorização da vacina.”

Já o presidente da França, Emmanuel Macron, disse que vai suspender o uso do imunizante de Oxford/AstraZeneca enquanto aguarda uma avaliação da EMA, prevista para terça-feira, dia 16.

Áustria, Dinamarca, Islândia, Noruega, Bulgária, Tailândia e República Democrática do Congo já tinham suspendido o uso da vacina.

Análise

Possíveis casos de coágulos no sangue em pessoas que receberam doses da vacina de Oxford/AztraZeneca foram registrados em países da Europa. A informação foi divulgada na semana passada. O comitê consultivo de especialistas da OMS e agências europeias estão analisando a situação. Ainda não há nenhuma relação comprovada entre a vacina e os casos registrados e a porta-voz da OMS ressaltou que não há razão para suspender o uso do imunizante.

A Dinamarca, onde um caso de coagulação sanguínea foi confirmado, suspendeu por 14 dias a aplicação da vacina de Oxford/AstraZeneca. A Áustria também barrou o uso de doses de um lote específico (número ABV5300) do imunizante para investigar um óbito por problemas de coagulação e um caso de embolia pulmonar. Não se sabe quantos problemas de saúde, ao todo, foram relatados.

No sábado, dia 13, as autoridades sanitárias norueguesas informaram a hospitalização de três profissionais de saúde com trombocitopenia (número anormalmente baixo de plaquetas no sangue), sangramento e coágulos sanguíneos. Apresentados como relativamente jovens, todos foram vacinados com uma dose da vacina de Oxford/AstraZeneca.

Uma delas, uma mulher com menos de 50 anos e de “boa saúde”, morreu no domingo de hemorragia cerebral, disseram autoridades sanitárias. “Não podemos descartar ou confirmar que isso tem relação com a vacina”, disse Steinar Madsen, chefe da Agência Norueguesa de Medicamentos, em entrevista coletiva. Outra profissional de saúde na casa dos 30 anos morreu na sexta-feira na Noruega, dez dias depois de receber a mesma vacina. (Com agências internacionais).

Anvisa esclarece que problema não foi relatado Brasil

No Brasil, a Agência Federal de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou que está acompanhando e buscando informações junto às autoridades internacionais sobre possíveis eventos adversos relacionados ao uso da vacina de Oxford/AstraZeneca. “Nas bases nacionais que reúnem os eventos ocorridos com vacinas não há registros de embolismo e trombose associados às vacinas contra a COVID-19”, esclarece a Anvisa sobre a imunização nacional.

“Embora não haja, até o momento, evidências que apontem relação entre o uso da vacina e a ocorrência dos eventos adversos relatados, o uso do lote ABV5300 foi suspenso na Áustria, Estônia, Lituânia, Letônia e Luxemburgo como medida de precaução. A Dinamarca optou pela suspensão temporária do uso do imunizante”, explica a nota da Anvisa sobre o cenário internacional do uso da vacina Covishield. “O lote que teve o uso suspenso pelas autoridades europeias não veio para o Brasil”, completa.

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