Na última segunda-feira, 26 de maio de 2025, Carlo Ancelotti foi oficialmente apresentado como técnico da Seleção Brasileira, encerrando meses de expectativa e negociações. O experiente treinador italiano, detentor de um currículo impressionante com passagens por alguns dos maiores clubes do mundo, assumiu com entusiasmo o comando da Canarinho e, em sua primeira entrevista, deixou claro o quanto sua trajetória esteve sempre ligada ao futebol brasileiro.
Em conversa concedida ao “Jornal Nacional”, da TV Globo, Ancelotti revelou que, ao longo de sua carreira, trabalhou com nada menos que 34 atletas brasileiros. Para ele, o futebol do país sempre exerceu fascínio especial, não apenas pela qualidade técnica dos jogadores, mas também pelo caráter humano que encontrou ao lidar com eles.
“O brasileiro tem um bom caráter na minha opinião. O jogador brasileiro, em geral, possui um nível técnico maior do que os outros. Do ponto de vista pessoal, é uma pessoa tranquila, humilde, na maioria das vezes. Treinei 34. Se penso em um problema com alguém, creio que não. Tive com um, mas não te digo”, brincou Ancelotti, mantendo o mistério sobre o único atleta com quem não teve uma relação tão harmônica.
Questionado sobre quem foi o melhor brasileiro que já treinou, Ancelotti não hesitou: Ronaldo Fenômeno. “Ronaldo foi o melhor tecnicamente. Era a pessoa mais divertida do mundo”, afirmou o técnico, com a segurança de quem conviveu com alguns dos maiores craques da história. O italiano também fez questão de elogiar outros nomes importantes que marcaram sua trajetória, como Cafu, a quem classificou como o mais profissional, e os atuais astros Éder Militão e Vinícius Júnior, com quem compartilhou bons momentos no Real Madrid.
“Mais divertido, são muitos… Militão, Vini. O Vini é muito humilde. Com todos tenho muito boa relação. Muitos me ligaram para parabenizar, desejar sorte. Tenho uma boa conexão com eles”, completou o treinador, visivelmente emocionado com o carinho recebido dos atletas brasileiros.
Mas a relação de Carlo Ancelotti com o Brasil vai além do convívio com seus jogadores. O técnico enxerga uma espécie de ligação mística com a Seleção Brasileira, que esteve presente em momentos marcantes de sua vida. Foi justamente contra o Brasil, em 1992, que o então meio-campista Carlo Ancelotti realizou sua última partida como jogador profissional, vestindo a camisa do Milan. O jogo amistoso, mais do que uma despedida, foi, segundo ele, uma homenagem.
“Eu creio nisso, no destino. Minha última partida foi contra o Brasil. Uma homenagem a mim. Voltamos a nos encontrar, uma lua de mel. Fui assistente técnico em 94, e perdemos para o Brasil. Foi uma experiência fantástica”, recordou, mencionando a final da Copa do Mundo de 1994, quando, como auxiliar técnico da Itália, viu a Azzurra ser superada pela Seleção Brasileira nos pênaltis, em um dos jogos mais icônicos da história do futebol.
Agora, mais de três décadas depois, Ancelotti acredita que finalmente se fecha um ciclo e se inicia outro ainda mais grandioso, à frente da equipe que, segundo ele, representa o maior sonho de qualquer treinador.
“É um trabalho distinto, obviamente. É um sonho treinar esta Seleção. É o sonho de todos os treinadores”, declarou o comandante italiano, reforçando a responsabilidade e o orgulho de liderar a Amarelinha.
A chegada de Ancelotti à Seleção Brasileira representa uma nova etapa para o futebol nacional, que busca retomar o protagonismo e conquistar o tão sonhado hexacampeonato mundial. A confiança depositada no técnico italiano se apoia não apenas em sua impressionante coleção de títulos europeus, mas também na profunda admiração que demonstra pela cultura futebolística brasileira.
Com a estreia prevista para as próximas datas FIFA, a expectativa em torno do trabalho de Carlo Ancelotti só aumenta. A torcida brasileira aguarda ansiosa para ver como o estilo sereno e a vasta experiência do treinador italiano se aliarão ao talento natural dos jogadores brasileiros, na eterna busca pela glória nos gramados internacionais.
#SeleçãoBrasileira #CarloAncelotti #RonaldoFenômeno #Cafu #ViniciusJunior #ÉderMilitão #FutebolBrasileiro #TreinadorItaliano #DestinoNoFutebol #Hexacampeonato #BrasilNosGramados #JornalismoEsportivo