Com o rigor que se exige na proteção da saúde pública, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu uma série de medidas determinando a retirada imediata de produtos alimentícios que apresentaram irregularidades graves em análises laboratoriais. A decisão, publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira, impacta diretamente consumidores de todo o país e coloca em alerta supermercados, distribuidores e fabricantes.
Entre os alimentos afetados pela medida estão champignon em conserva, molho de alho e polpa de fruta. Além disso, foi proibida, em caráter definitivo, a comercialização de todos os produtos da marca de azeite Vale dos Vinhedos, cuja origem é desconhecida e cujos padrões estão em desacordo com a legislação vigente.
Irregularidades em alimentos comuns no cotidiano brasileiro
O primeiro item que despertou a atenção da Anvisa foi o molho de alho da marca Qualitá, comercializado pelo Grupo Pão de Açúcar e produzido pela empresa Sakura Nakaya Alimentos. O lote afetado é o de número 29, com validade até janeiro de 2026. Segundo laudo emitido pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen/DF), o produto apresentou quantidade acima do permitido de dióxido de enxofre — substância que, em concentrações elevadas, pode causar reações alérgicas e problemas respiratórios. A análise detectou 20,4 mg/kg da substância, o que configura infração sanitária.
Em nota oficial, a Qualitá afirmou que, assim que tomou ciência dos resultados, iniciou o recolhimento do lote em todas as suas lojas pelo Brasil. A empresa também declarou ter acionado o fornecedor para investigar o ocorrido e ofereceu a clientes a possibilidade de troca ou ressarcimento por meio das unidades físicas ou do atendimento telefônico.
Outro produto com suspensão determinada foi a polpa de fruta de morango da marca De Marchi, lote 09437-181, com vencimento previsto para novembro de 2026. Segundo o laudo do Lacen de Santa Catarina, a análise revelou presença de matérias estranhas no alimento, o que representa risco à saúde do consumidor. A investigação não especificou o tipo de material, mas a presença de corpos estranhos em produtos alimentícios é, por si só, motivo para interdição imediata.
Também integra a lista de itens suspensos o champignon inteiro em conserva da marca Imperador, fabricado pela Indústria e Comércio Nobre. O lote interditado, 241023CHI, com validade até outubro de 2026, também apresentou níveis elevados de dióxido de enxofre, acima do permitido. O laudo do Lacen/DF foi determinante para a suspensão do item.
Azeite com origem desconhecida é vetado em definitivo
A Anvisa foi ainda mais rigorosa ao proibir a comercialização da marca de azeite Vale dos Vinhedos, importada pela empresa Intralogística Distribuidora Concept LTDA. Além de não apresentar documentação de origem confiável, o produto foi submetido a testes laboratoriais que apontaram inconsistências nos ensaios físico-químicos e de rotulagem. Por se tratar de um alimento amplamente utilizado e de grande rotatividade nas prateleiras, a ausência de informações básicas sobre procedência representa um risco grave à saúde pública.
Até o momento, os contatos tanto da marca Vale dos Vinhedos quanto da empresa responsável pela importação do azeite não foram localizados, o que reforça a suspeita em torno da regularidade de sua atuação no mercado nacional.
Medidas preventivas e impacto no consumidor
Todos os produtos mencionados deverão ser recolhidos de forma imediata, ficando proibidos de serem distribuídos, comercializados ou consumidos. A orientação da Anvisa é que qualquer consumidor que tenha adquirido os lotes citados entre em contato com os estabelecimentos de compra para devolução ou solicitação de reembolso.
A decisão da Anvisa evidencia a importância do controle rigoroso de qualidade nos alimentos disponíveis ao público e reforça o papel fundamental da fiscalização como instrumento de proteção ao consumidor. Em um mercado onde a confiança é o principal elo entre indústria e sociedade, episódios como este servem de alerta para a necessidade de atenção redobrada às normas sanitárias, transparência nas rotulagens e respeito aos padrões legais de segurança alimentar.
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