Mato Grosso do Sul, 22 de maio de 2025
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Any Awuada é presa no interior de São Paulo após ganhar notoriedade com suposta relação com Neymar e declarar gravidez

Modelo e influenciadora digital foi detida em Mogi das Cruzes sob acusação de integrar esquema de falsificação e venda de cosméticos adulterados; caso expõe bastidores do submundo digital e levanta debate sobre o uso das redes sociais para práticas ilícitas
Any Awuada fez teste de DNA durante gravidez após suposto affair com Neymar - Reprodução Instagram
Any Awuada fez teste de DNA durante gravidez após suposto affair com Neymar - Reprodução Instagram

A jovem Nayara Macedo, amplamente conhecida pelo nome artístico Any Awuada, foi presa na quarta-feira, 21 de maio, em Mogi das Cruzes, município localizado no interior do estado de São Paulo. A detenção da modelo e influenciadora digital, que ganhou projeção nacional após expor publicamente uma suposta relação sexual com o jogador Neymar e afirmar estar grávida do atleta, ocorreu no âmbito de uma operação policial que investiga um esquema de falsificação e venda de cosméticos e perfumes adulterados.

A informação foi confirmada nesta quinta-feira, 22 de maio, pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), após equipes do 31º Distrito Policial (Vila Carrão), com o apoio de policiais civis de outras quatro delegacias paulistanas, cumprirem mandados de prisão temporária e de busca e apreensão nas cidades de Mogi das Cruzes e Biritiba-Mirim, ambas na região metropolitana.

De criadora de conteúdo adulto à notoriedade nacional

Any Awuada se tornou um nome amplamente divulgado nas redes sociais e na imprensa após afirmar, em entrevistas e publicações, que participou de uma festa particular em uma chácara isolada no município de Araçoiaba da Serra, interior paulista, onde, segundo ela, manteve relações sexuais com Neymar, atualmente jogador do Santos Futebol Clube, que tem 33 anos. A revelação provocou intensa repercussão nacional, principalmente após a influenciadora insinuar, de maneira polêmica, estar grávida do jogador.

Em sua versão, Any detalhou que foi convocada para a festa por meio de um intermediário, a quem identificou como “assessor” das garotas de programa contratadas para o evento. Segundo seu relato, esse assessor elaborava uma espécie de book com fotos e vídeos das mulheres, que então eram selecionadas pelos organizadores do evento. Após a escolha, as convocadas eram adicionadas a um grupo no aplicativo WhatsApp, onde recebiam orientações sobre a participação.

Any chegou a relatar, em uma entrevista ao podcast Link Vip, que, durante a festa, teria se relacionado com Neymar junto a outra mulher escolhida pelo próprio jogador. A assessoria de imprensa do atleta, por sua vez, negou sua presença no evento, embora tenha confirmado que a aeronave de propriedade do jogador esteve no local, uma vez que frequentemente é emprestada para amigos e familiares.

Posteriormente, em março deste ano, Any voltou a provocar alvoroço nas redes sociais ao afirmar estar grávida. Em tom debochado, declarou que criaria um grupo no WhatsApp com os homens que poderiam ser o pai da criança e que realizaria um teste de DNA no programa televisivo de auditório apresentado por Ratinho, exibido em rede nacional.

O submundo do crime e a operação policial

Embora tenha alcançado notoriedade como influenciadora digital e modelo de conteúdo adulto, vendendo fotografias e vídeos eróticos na plataforma Privacy, onde cobra uma assinatura mensal de R$ 19,90, Any Awuada agora figura como investigada em um esquema criminoso de falsificação e venda de cosméticos. A operação que culminou em sua prisão foi deflagrada após a formalização de um boletim de ocorrência em agosto de 2023, quando uma mulher denunciou ter adquirido perfumes importados no valor de R$ 857,90, posteriormente identificados como falsificados.

As investigações revelaram que os produtos continham substâncias químicas como metanol e etanol em concentrações inadequadas e potencialmente perigosas à saúde, conforme atestou a perícia técnica. Além disso, os produtos comercializados não possuíam registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), configurando grave irregularidade.

Durante a operação policial, os agentes apreenderam diversas unidades de cosméticos de marcas conhecidas, além de um veículo Audi Q3, avaliado em cerca de R$ 150 mil, supostamente adquirido com recursos provenientes das atividades ilícitas. As investigações ainda revelaram movimentações bancárias consideradas suspeitas: uma das mulheres presas teria movimentado aproximadamente R$ 1,2 milhão, enquanto as outras duas envolvidas apresentaram movimentações de R$ 600 mil e R$ 300 mil, respectivamente.

De acordo com a SSP-SP, as investigações continuam em andamento no âmbito do 31º Distrito Policial, com o objetivo de reunir novas provas, identificar outros possíveis envolvidos e dimensionar a extensão das atividades criminosas.

A trajetória de uma figura controversa e os riscos das redes sociais

A trajetória de Any Awuada ilustra com clareza os caminhos complexos e por vezes perigosos que muitos jovens trilham ao buscar fama e rentabilidade nas redes sociais. Com quase meio milhão de seguidores em sua conta principal e mais de 150 mil na conta privada para “melhores amigos”, a modelo ostentava uma vida de aparente glamour e liberdade financeira, sustentada pela venda de conteúdo adulto e por participações em eventos privados de luxo.

Em sua biografia na plataforma Privacy, onde contabiliza mais de 4,2 mil curtidas e mantém 102 publicações, Any se autodenomina “a número 1” e sugere que seus assinantes podem ver “o que o menino Neymar viu”, numa referência direta à suposta relação que a projetou para o centro das atenções nacionais.

Contudo, por trás dessa imagem pública, a jovem agora se vê envolta em denúncias criminais que podem resultar em significativas consequências legais. Sua prisão, ao lado de outras duas mulheres, expõe uma faceta sombria do universo digital, onde a busca por visibilidade e lucro, muitas vezes, esbarra em práticas ilegais que colocam em risco a saúde pública e a integridade das relações de consumo.

O impacto e os desdobramentos esperados

A prisão de Any Awuada causou forte repercussão nas redes sociais e deve provocar novos desdobramentos judiciais e policiais. Além de responder pelo esquema de falsificação de cosméticos, ela poderá enfrentar investigações adicionais, caso surjam elementos que apontem para outras práticas criminosas.

Enquanto isso, permanece o debate sobre os limites éticos e legais das atividades promovidas por influenciadores digitais, sobretudo aqueles que operam em áreas mais sensíveis e com pouca regulamentação, como o mercado de conteúdo adulto e a venda de produtos pela internet.

A repercussão do caso também reforça a necessidade de maior fiscalização sobre o comércio de cosméticos e perfumes, frequentemente realizado em canais informais e sem a devida chancela de órgãos reguladores, expondo os consumidores a riscos sanitários e financeiros.

Por ora, Any Awuada permanece detida, à disposição da Justiça, enquanto o inquérito segue em curso, podendo resultar em novas prisões e em uma maior compreensão do alcance da rede criminosa desbaratada pela Polícia Civil paulista.

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