Renato Aragão, que marcou gerações como o inesquecível Didi Mocó, resolveu quebrar o silêncio e dar um basta nas polêmicas que há tempos cercam seu nome. Aos 90 anos, com uma carreira que ultrapassa sete décadas de sucesso, o humorista decidiu abrir o jogo e, com a tranquilidade de quem tem muito a ensinar, falou de coração aberto sobre família, boatos e o legado deixado por “Os Trapalhões”.
O ponto de partida para esse desabafo foi a recente repercussão em torno de sua filha mais velha, Juliana. Motorista de aplicativo, vivendo uma relação homoafetiva e sendo mãe de uma adolescente de 17 anos, Juliana foi alvo de rumores envolvendo dificuldades financeiras e até uma suposta vaquinha virtual para comprar remédios. A comoção nas redes foi tanta que Renato decidiu, pela primeira vez, comentar publicamente sobre a filha.
“Juliana é minha filha como qualquer um dos outros. Amo do mesmo jeito. Nunca escondi ninguém. Ela tem a vida dela, escolheu ser mais reservada, e isso sempre foi respeitado”, afirmou Renato. Ele explicou que Juliana sempre morou com a mãe, mas que a neta, filha dela, mora atualmente com ele. “Temos uma relação ótima. Ela está indo pra faculdade e a casa vive cheia de amor”, completou com carinho.
Renato também aproveitou para esclarecer um assunto que sempre volta à tona: a ideia de que ele seria rude nos bastidores. “Nunca fui rude, fui responsável. Era eu quem bancava os filmes, escrevia roteiro, cuidava da produção. Precisava ser firme. Ser chamado de ‘Seu Renato’ era uma questão de respeito no trabalho, não vaidade”, explicou. Ele reconhece que algumas pessoas distorcem os fatos e tentam criar conflitos entre ele e antigos colegas, como Dedé Santana. “Querem transformar diferenças de trabalho em briga. Isso é injusto. Nossa amizade e história não se apagam assim.”
Sobre a saúde e o dia a dia, Renato surpreende pela disposição. Mesmo com 90 anos recém-completados, ele se mantém ativo, faz caminhada, cuida do jardim, resolve pendências no banco e não abre mão dos passeios ao shopping. “Estou bem, graças a Deus. Continuo envolvido em projetos. A pandemia me deixou mais sensível, chorei em vários programas de TV, virei um idoso emotivo”, contou, entre risos.
A carreira de Renato Aragão é um capítulo à parte na história da televisão e do cinema brasileiro. Foram mais de 50 filmes, programas de sucesso, bordões eternizados e uma contribuição cultural inestimável. Ele faz questão de reforçar o valor de tudo que construiu ao lado dos colegas que formaram “Os Trapalhões”.
“Fizemos história. Levamos alegria pra milhões de brasileiros. Isso precisa ser lembrado com respeito. Só peço que parem de me atacar e de distorcer o que construí com tanto esforço. E, por favor, me chamem de Didi. É assim que quero ser lembrado”, concluiu emocionado.
A entrevista foi realizada pela jornalista Ana Cora Lima, por mensagens de WhatsApp, com o apoio da esposa Lilian Aragão e da assessora de imprensa. Para garantir autenticidade, Renato enviou um vídeo reafirmando cada palavra dita.
Um dos maiores ícones da comédia nacional, Renato Aragão mostra que, mesmo após tantas décadas de carreira, continua com a mesma essência: um homem dedicado à família, ao trabalho e ao humor, sempre com o coração aberto e uma mensagem de amor e respeito.
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