A Prefeitura de Campo Grande foi alvo de grande repercussão após a prefeita Adriane Lopes anunciar a exoneração de Luiz Henrique Nascimento Ojeda, de 35 anos, ex-candidato a vereador e assessor do governo municipal. Ele foi afastado do cargo após ser denunciado por agressão contra uma mulher e por descumprir uma medida protetiva concedida à vítima. O caso gerou forte indignação e levantou novamente o debate sobre a violência doméstica e o uso de cargos públicos por pessoas com histórico de agressão.
Denúncia e Descumprimento da Lei
Luiz Henrique Nascimento Ojeda, que já havia tentado uma vaga na Câmara Municipal de Campo Grande como vereador, era assessor na administração de Adriane Lopes. No entanto, segundo investigações e relatos da vítima, ele já possuía antecedentes de agressões contra a mesma mulher e, por conta disso, havia uma medida protetiva em vigor que o impedia de se aproximar dela.
Mesmo sob restrições legais, Ojeda descumpriu a decisão judicial e procurou a vítima novamente, o que resultou em uma nova denúncia. O caso rapidamente ganhou notoriedade, e a pressão popular fez com que a prefeitura tomasse uma atitude, culminando na exoneração imediata do assessor.
Posicionamento da Prefeitura
Após a repercussão do caso, a prefeita Adriane Lopes divulgou uma nota oficial afirmando que não compactua com qualquer tipo de violência e que a exoneração foi uma medida necessária diante da gravidade dos fatos. A prefeitura ressaltou que atua em defesa das mulheres e reforçou a importância do cumprimento rigoroso das leis que protegem as vítimas de violência doméstica.
“Campo Grande não pode tolerar esse tipo de comportamento. Nossa gestão tem um compromisso com a segurança e o respeito às mulheres. O afastamento do assessor foi necessário diante das denúncias apresentadas”, destacou a nota oficial da prefeitura.
Apesar da decisão, a prefeita ainda não concedeu entrevistas detalhando o caso, o que gerou críticas de alguns setores da sociedade que cobram medidas preventivas para evitar que pessoas com esse tipo de histórico ocupem cargos públicos.
Revolta e Pressão Popular
O caso gerou indignação nas redes sociais e entre grupos de defesa dos direitos das mulheres, que questionam como alguém acusado de violência doméstica conseguiu ocupar um cargo na gestão municipal. Organizações feministas reforçaram a necessidade de políticas públicas mais rigorosas para impedir que casos semelhantes voltem a acontecer dentro da administração pública.
Além disso, muitos criticaram a demora na exoneração e cobraram mais transparência por parte da prefeitura sobre a nomeação de assessores e a verificação de eventuais antecedentes criminais antes da contratação de servidores para cargos de confiança.
Consequências Legais
Agora, Luiz Henrique Nascimento Ojeda aguarda decisão da Justiça no Presídio de Trânsito de Campo Grande, onde segue preso preventivamente. Ele poderá enfrentar processo criminal por violência doméstica e pelo descumprimento da medida protetiva, crimes que podem resultar em penas de prisão e outras sanções judiciais.
A Polícia Civil segue com as investigações, e novos desdobramentos devem ser divulgados nos próximos dias. Enquanto isso, a sociedade civil e grupos de defesa dos direitos das mulheres permanecem atentos, cobrando justiça e ações concretas para impedir que casos como esse se repitam dentro da administração pública.
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