Lucas Rodrigues de Lima funcionário da Câmara de Campo Grande foi preso por tentar trocar cheque de R$ 8 milhões no município. O assessor acabou preso com outro rapaz, na segunda-feira (12)
Os dois ganharam liberdade nesta terça-feira (13), após passarem por audiência de custódia em Campo Grande.
Conforme Diário Oficial, o servidor estava lotado na Câmara desde 25 de janeiro de 2021, quando foi nomeado. Ele exercia função de assessor no gabinete do vereador Silvio Pitu.
O vereador disse que estava ciente do ocorrido. Além disso, informou que o assessor já havia sido exonerado. “Exonerado desde dia 1/8. Desde o dia 1 não faz parte do quadro de funcionários”, disse.
Golpe com cheque
O gerente do banco acionou a polícia por volta das 13h40 de segunda (12) depois de desconfiar da dupla que chegou à agência tentando trocar o cheque. A lâmina de cheque foi verificada, assim como os outros dados.
Assim, foi descoberto que a conta bancária era inexistente e que a assinatura não era dos funcionários do banco. A polícia foi acionada e quando os agentes chegaram ao banco, um dos golpistas tentava fugir, mas foi alcançado e preso.
O comparsa acabou preso no estacionamento. Dentro do Fiat Strada, os policiais encontraram outra lâmina de cheque no valor de R$ 5 mil, além de um carregador de pistola com 12 munições. A polícia também apreendeu duas placas veiculares.
“A defesa destaca que Lucas Fadel é, na verdade, vítima de um golpe, fato que será plenamente demonstrado na eventual instrução processual. Os extratos bancários e demais documentos apresentados reforçam que ele não tinha conhecimento de qualquer irregularidade no cheque em questão”, diz parte da nota.
O advogado ainda relata que as munições apreendidas no carro onde estava Lucas Rodrigues pertencem à Lucas Fadel que é registrado como CAC (Colecionador, Atirador e Caçador) e que a ausência da guia de trânsito não configura crime “tratando-se de uma questão administrativa que será resolvida no foro competente”.
Na nota a defesa dos homens ainda diz que os dois continuarão colaborando com as investigações e estão à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos. Os dois passaram por audiência de custódia e tiveram a liberdade provisória concedida mediante o pagamento da fiança arbitrada pelo delegado Guilherme Scucuglia Cezar.
O valor foi pago e ambos os homens tiveram os alvarás de soltura expedidos. O caso continua sendo investigado pela Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros).