Mato Grosso do Sul, 17 de março de 2025
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Áudio revela que agente da PF preso mencionou Moraes “na mira para atirar” em plano golpista

Gravação encontrada em investigação sobre o “Punhal Verde Amarelo” detalha planos para assassinar o ministro do STF
O ministro do STF, Alexandre de Moraes. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom
O ministro do STF, Alexandre de Moraes. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom

Uma investigação da Polícia Federal (PF) revelou um áudio chocante em que o agente da PF Wladimir Soares, preso desde novembro de 2024, faz referência ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, como sendo “na mira para atirar”. A gravação, encontrada durante a perícia de equipamentos apreendidos na apuração do plano golpista denominado “Punhal Verde Amarelo”, detalha não apenas a intenção de assassinar o ministro, mas também o tipo de armamento que seria utilizado no ataque.

O áudio foi descoberto durante a análise de materiais apreendidos de Soares, que fazia parte da equipe de segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a transição de governo. Ele foi preso após ser acusado de vazar informações sigilosas sobre a segurança do presidente eleito para aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A prisão de Soares foi determinada pelo STF, após investigações revelarem seu envolvimento em um esquema que incluía atentados não apenas contra Moraes, mas também contra Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

O conteúdo da gravação revelada pela CNN, e que ainda está sob sigilo judicial, mostra como Soares, em contato com outros membros da rede golpista, comentava detalhes sobre o esquema de segurança de Moraes, indicando um planejamento minucioso para realizar o assassinato. O plano, descrito em documentos obtidos pela PF, indicava uma ação coordenada para sequestrar e assassinar o ministro do STF, incluindo levantamento de dados sobre a estrutura de proteção, como equipamentos, armamentos, veículos blindados, itinerários e horários.

Esse plano, denominado “Punhal Verde Amarelo”, é um dos elementos centrais da investigação que apura a tentativa de golpe de Estado após a vitória de Lula nas eleições de 2022. O ex-assessor do gabinete da Presidência, Sérgio Rocha Cordeiro, capitão da reserva do Exército com quem Soares mantinha contato, também está entre os envolvidos no esquema. Cordeiro teria sido uma das figuras chave na organização da ação golpista, que incluía, além do atentado a Moraes, outros ataques contra figuras políticas e institucionais do novo governo.

Wladimir Soares, que já foi denunciado junto a outras 33 pessoas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito do golpe de Estado, agora se encontra sob investigação por sua participação ativa nesse plano de destruição institucional. As evidências que surgem a cada nova descoberta mostram um enredo de ações criminosas organizadas, envolvendo agentes de diversas esferas do governo, com o objetivo de desestabilizar o sistema político do Brasil.

A prisão de Soares e os desdobramentos dessa investigação são parte de um esforço contínuo das autoridades em desmantelar redes golpistas que buscam subverter a ordem democrática. A descoberta do áudio e os documentos encontrados reforçam a seriedade e a amplitude do plano, além de apontar para o risco de violência contra autoridades do mais alto escalão do governo federal.

Esse caso coloca em evidência o quanto as forças golpistas estavam dispostas a ir para alcançar seus objetivos, com planos de violência contra figuras políticas chave. Ao mesmo tempo, também revela a competência das investigações da PF e do STF, que têm sido cruciais para desbaratar ações que visam destruir a democracia no Brasil.

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