Mato Grosso do Sul, 11 de maio de 2025
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Banco Central sobe juros para conter inflação e Selic chega ao maior nível desde 2016

Decisão do Copom reflete alta nos preços dos alimentos e energia, além de incertezas na economia global; mercado prevê impactos no crédito e no crescimento do país.
Imagem - Rafa Neddermeyer
Imagem - Rafa Neddermeyer

A economia brasileira sentiu mais um impacto nesta quarta-feira com o aumento da taxa básica de juros. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, elevar a Selic em 1 ponto percentual, levando a taxa para 14,25% ao ano. A justificativa para a medida foi a alta da inflação, puxada pelo aumento no preço dos alimentos e da energia, além da instabilidade da economia global.

Em nota divulgada após a decisão, o Copom destacou que as incertezas externas, como a política comercial dos Estados Unidos, ainda geram preocupações sobre a direção da economia. No Brasil, mesmo com sinais de desaceleração, o mercado segue aquecido e exigindo medidas de contenção da inflação.

Inflação segue preocupando

A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), segue acima da meta definida pelo governo. Em fevereiro, o índice fechou em 1,48%, puxado principalmente pelo aumento da conta de luz e dos alimentos. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação já está em 4,87%, ultrapassando o limite superior da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 4,5%.

A nova regra de meta contínua, implementada neste ano, exige que o Banco Central monitore a inflação mês a mês, considerando os últimos 12 meses. Isso significa que a autoridade monetária precisa estar atenta ao comportamento dos preços de forma mais dinâmica, sem esperar até o final do ano para avaliar se a meta foi atingida ou não.

Projeções para o futuro

No último relatório divulgado pelo Banco Central, a previsão para a inflação ao final de 2025 era de 4,5%, mas essa estimativa pode mudar, dependendo da variação do dólar e do comportamento dos preços nos próximos meses. O mercado financeiro, por outro lado, está mais pessimista e projeta uma inflação de 5,66% até dezembro.

O próprio Copom já indicou que pode continuar subindo a taxa Selic nas próximas reuniões, mas em menor intensidade. Segundo o comunicado divulgado após a decisão, a elevação dos juros seguirá enquanto houver riscos de descontrole da inflação.

Impacto no bolso do brasileiro

O aumento da Selic tem reflexos diretos no dia a dia da população. Com juros mais altos, o crédito fica mais caro, dificultando financiamentos, empréstimos e compras parceladas. Isso pode esfriar o consumo e a produção, impactando o crescimento da economia. Por outro lado, o Banco Central aposta que essa medida ajudará a conter a alta de preços e trazer estabilidade a longo prazo.

No último relatório de projeções econômicas, o Banco Central elevou sua previsão de crescimento do PIB para 2,1% em 2025. Já o mercado financeiro acredita que a economia crescerá menos, projetando um avanço de 1,99% para o mesmo período.

Entenda a Selic e como ela afeta sua vida

A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira e influencia todas as demais taxas do mercado, como empréstimos, financiamentos e investimentos. Quando o Banco Central sobe a Selic, o objetivo é reduzir o consumo e o crédito, freando a inflação. Quando reduz, busca incentivar a atividade econômica.

Atualmente, com a taxa no maior patamar desde 2016, a tendência é que os consumidores sintam um aperto maior no bolso, com financiamentos mais caros e um custo de vida mais alto. Quem tem dinheiro guardado em investimentos como poupança e renda fixa, por outro lado, pode ver um retorno maior sobre o valor aplicado.

O Copom voltará a se reunir em maio para definir os próximos passos da política monetária. Até lá, o Banco Central seguirá acompanhando o comportamento da economia e os impactos dessa nova alta dos juros.

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