Mato Grosso do Sul, 20 de maio de 2025
Campo Grande/MS
Fuente de datos meteorológicos: clima en Campo Grande a 30 días

Boi gordo pisa no freio e preços estacionam em R$ 235 a arrob@

As escalas de abate dos frigoríficos paulistas estão mais longas e, com isso, boa parte das indústrias locais ficou fora das compras na sexta-feira /

O mercado do boi gordo, de forma generalizada, teve boas valorizações, com maior destaque para o mês de setembro. Entretanto, conforme relato dos analistas, há três semanas, o valor do boi gordo segue estável nas praças de São Paulo, uma das principais referências no mercado pecuário brasileiro. “As escalas de abate dos frigoríficos paulistas estão mais longas e, com isso, boa parte das indústrias locais ficou fora das compras nesta sexta-feira (27/10)”, relata a Scot Consultoria. Sendo assim, o mercado físico do boi encerrou a semana com preços acomodados.

Segundo informações da Consultoria Safras & Mercado, os frigoríficos ainda desfrutam de certo conforto em suas escalas de abate, o que sugere tentativas de compra abaixo da referência média. E agora, o que esperar do mercado do boi gordo?

As escalas de abate dos frigoríficos paulistas estão alongando. Com isso, parte das indústrias ficaram fora das compras na última sexta-feira. Assim, as cotações ficaram estáveis na comparação dia a dia. Na abertura dessa semana, movimento de ausência das indústrias deve continuar, tendo em vista que historicamente é um dia de avaliação do escoamento da carne bovina no fim de semana.

Dessa forma, segundo a Scot Consultoria, a arroba do boi está apregoada em R$235,00, a da vaca gorda em R$218,00 e da novilha gorda em R$227,00, preços brutos e a prazo, considerando a praça paulista como referência.

Já o “boi China” – animal abatido jovem com até 30 meses de idade – ainda está sendo negociado em R$240,00/@, preço bruto e a prazo. Ágio de R$5,00/@ em relação ao boi comum. Porém, os analistas ressaltam para a queda nos preços dos contratos negociados, especialmente com a China, o que deve dificultar um repasse de valorização para pecuarista. Giro do boi gordo pelo Brasil Em São Paulo, a arroba do boi a prazo foi negociada a R$ 230, o que representa uma queda de R$ 10 em relação à semana anterior. Em Dourados (MS), a arroba foi negociada a R$ 230, com queda de R$ 5. Em Cuiabá (MT), houve um aumento de R$ 2, com a arroba subindo para R$ 212. Em Uberaba (MG) e Goiânia (GO), os preços permaneceram inalterados.

Alerta no mercado do boi gordo

“O momento é de estabilidade, pois há uma ligeira maior oferta de bovinos disponíveis para o abate, e o consumo interno (de carne bovina) diminuiu após o feriado (Dia de Nossa Senhora Aparecida)”, ressalta a analista Nicole Santos, acrescentando: “As escalas estão confortáveis para as indústrias, com os abates preenchidos até meados de novembro”.

Ainda segundo a analista da Scot, o mercado do boi gordo, aparentemente, encontrou “um ponto de equilíbrio”, mas a ponta compradora tem tentado baixar os preços uma vez que a oferta de bovinos, principalmente confinados (segundo giro da engorda intensiva), deve ser maior nas próximas semanas. Nesse sentido, continua a analista da Scot, variações negativas nas cotação do boi gordo não estão descartadas.

Mercado Atacadista

O ambiente de negócios sugere alguma alta dos preços no decorrer do último bimestre, período pautado por maior apelo ao consumo. Mas é importante enfatizar que a carne de frango permanece mais competitiva, em especial para a população de menor renda, entre um e dois salários-mínimos, pontuou Iglesias.

No mercado atacadista, o quarto traseiro foi precificado a R$ 17,75, uma redução de R$ 0,50. O quarto dianteiro foi cotado a R$ 13,70, com queda de R$ 0,30.

Exportações recuam

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil totalizaram US$ 613,324 milhões em outubro (considerando 14 dias úteis), com uma média diária de US$ 43,808 milhões. O país exportou um total de 133,591 mil toneladas, com uma média diária de 9,542 mil toneladas. O preço médio por tonelada foi de US$ 4,591.

Comparando com outubro de 2022, houve uma queda de 24,5% no valor médio diário das exportações, uma redução de 3,8% na quantidade média diária exportada e uma desvalorização de 21,5% no preço médio.

Suas preferências de cookies

Usamos cookies para otimizar nosso site e coletar estatísticas de uso.