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Mato Grosso do Sul, 25 de abril de 2024
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Bolsonaro ameaça presidente da Petrobras ao isentar imposto sobre diesel e gás de cozinha

O Ministério da Economia ainda não divulgou o impacto da decisão anunciada ontem à noite pelo presidente Jair Bolsonaro de zerar impostos federais do gás de cozinha e do óleo diesel. Em sua live, Bolsonaro disse que vai zerar os impostos federais sobre o diesel por dois meses e os do gás de cozinha por tempo indeterminado. Questionada até a manhã desta sexta-feira (19) sobre os efeitos da renúncia fiscal, o Ministério da Economia não informou o quanto o governo deixará de arrecadar. A XP estima que o custo da medida será de R$ 3 bilhões.

Na mesma transmissão, Bolsonaro reclamou dos sucessivos aumentos da Petrobras e ameaçou o presidente da Petrobras, Roberto Castelo Branco. “Não posso interferir e nem iria interferir (na empresa). Se bem que alguma coisa vai acontecer na Petrobrás nos próximos dias, tem de mudar alguma coisa”, disse. A Petrobrás afirmou ontem que não comentaria as declarações sobre a empresa e seu presidente, Roberto Castello Branco.

“A partir de 1º de março não haverá qualquer imposto federal no diesel. Nesses dois meses, vamos estudar uma maneira definitiva de zerar esse imposto até para ajudar a contrabalancear esse aumento excessivo da Petrobras”, disse o presidente. “Hoje [ontem] à tarde, reunido com a equipe econômica, tendo à frente o ministro Paulo Guedes, decisão nossa: a partir de 1º de março agora, não haverá mais qualquer tributo federal no gás de cozinha, ad eternum”, acrescentou.

Os impostos federais que recaem sobre o diesel são PIS, Cofins e Cide. Nessa quinta-feira a Petrobras aumentou em 15,2% o valor do diesel e em 10,2% o da gasolina. Em 2021, diesel e a gasolina já acumulam alta de 27,5% e 34,8%, respectivamente. Para o presidente, o aumento de ontem foi “fora da curva” e “excessivo”. Com o anúncio, Bolsonaro tenta acalmar os caminhoneiros, categoria que apoiou sua eleição mas anda insatisfeita com o governo, em grande parte pelo preço do combustível. “Como disse o presidente da Petrobrás, há poucos dias: ‘Eu não tenho nada a ver com caminhoneiro’. Foi o que ele falou. Isso vai ter uma consequência, obviamente”, disse o presidente.

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