Mato Grosso do Sul, 18 de fevereiro de 2025
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Bombardeio atinge cidade em Gaza onde estão brasileiros deixando vários mortos e feridos

As duas cidades ficam fora da zona de exclusão determinada por Israel, mas têm sido alvejadas quase diariamente, porque líderes do Hamas se esconderam lá
Bombardeio israelense em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza. 19/10/2023 - (Mahmud Hams/AFP)
Bombardeio israelense em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza. 19/10/2023 - (Mahmud Hams/AFP)

Israel fez um ataque aéreo contra Khan Yunis, cidade ao sul da Faixa de Gaza, nesta quinta-feira, 19, apesar de sua diretiva anterior para que os palestinos no norte do território deixassem suas casas.

em direção ao sul, antes de uma esperada invasão por terra. É nessa cidade que estão 16 dos 26 cidadãos brasileiros de Gaza que aguardam para ser repatriados.

Ao menos quatro pessoas morreram no ataque, mas, segundo a emissora árabe Al Jazeera, a equipe médica do Hospital Nasser disse que recebeu pelo menos 12 mortos e 40 feridos. Nenhum dos integrantes do grupo assistido pelo Itamaraty, contudo, se machucou.

Sirenes de alerta soaram enquanto equipes de emergência corriam para resgatar sobreviventes de um prédio, onde muitos estariam presos sob os escombros de camas deformadas, móveis quebrados e pedaços de concreto. Prédios próximos tiveram varandas e fachadas destruídas.

Segundo nota divulgada pelo Itamaraty, os brasileiros que vivem na Faixa de Faza permanecem concentrados nas localidades de Khan Younis e Rafah cidade mais próxima à fronteira com o Egito. Veículos contratados pelo governo brasileiro estão de prontidão, aguardando a abertura da passagem de Rafah.

As duas cidades ficam fora da zona de exclusão determinada por Israel, mas têm sido alvejadas quase diariamente, porque líderes do Hamas se esconderam lá. Não há previsão de quando eles ou outros estrangeiros à espera na região poderão sair, já que o acordo para a entrada de vinte caminhões com ajuda humanitária vindos do Egito não prevê que ninguém pegue o caminho de volta.

O Egito enfrenta uma pressão crescente para permitir que a população civil de Gaza, com quem compartilha uma fronteira, atravesse a chamada passagem de Rafah para se refugiar dos constantes bombardeios israelenses e escapar de uma esperada invasão terrestre.

No entanto, o presidente egípcio, al-Sisi se, mostrou relutante com a possibilidade de receber o fluxo de um número significativo, embora desconhecido, de refugiados palestinos. Mesmo diante dos pedidos internacionais, como do Brasil, para a abertura de um corredor humanitário, as autoridades egípcias ainda resistem em definir um momento para isso.

Em 1948, após a fundação de Israel, dezenas de milhares de palestinos inundaram o Egito, transformando a cidade de Rafah num campo de refugiados. As tendas tornaram-se então barracos, que se transformaram em edifícios de construção simples para acolher o que se tornou uma população egípcio-palestina.

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