A corrida para salvar a Amazônia ganhou um novo capítulo. O governo federal anunciou um investimento maciço de cerca de R$ 1 bilhão para financiar pesquisas científicas e tecnológicas na região, um passo estratégico para fortalecer a posição do Brasil na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém, no Pará.
Com a Amazônia no centro das discussões ambientais globais, o investimento busca gerar conhecimento, tecnologia e soluções sustentáveis para proteger a maior floresta tropical do mundo, ao mesmo tempo em que garante desenvolvimento econômico e social para os povos da região.
O que vai ser feito com esse dinheiro?
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) deu o pontapé inicial com a assinatura de um Termo de Autorização para o lançamento de uma chamada pública do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Essa iniciativa vai destinar R$ 33,5 milhões para projetos de cooperação internacional em pesquisa entre o Brasil e países Pan-Amazônicos. O dinheiro é proveniente do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e não precisa ser devolvido, garantindo maior segurança para os cientistas envolvidos.
Esse foi apenas o primeiro de vários investimentos. Durante um evento na última sexta-feira (14), em Belém, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra Luciana Santos destacou que o governo também aumentará para R$ 300 milhões o volume de recursos do FNDCT para financiar os Centros Avançados na Amazônia. Esses centros serão polos de pesquisa que vão conectar instituições acadêmicas, comunidades locais e o setor produtivo para desenvolver soluções sustentáveis para a região.
“Temos a convicção de que, sem ciência, não há enfrentamento aos desafios crescentes da mudança do clima”, afirmou a ministra Luciana Santos. “Esse será também um espaço para a ciência brasileira mostrar a contribuição que estamos dando para as políticas nacionais de adaptação e mitigação das mudanças climáticas.”
Um bilhão para transformar a Amazônia
Ao todo, a previsão de investimentos do governo federal na Amazônia Legal é de cerca de R$ 1 bilhão. Desses, R$ 400 milhões já foram liberados. O foco principal é o programa Pró-Amazônia, que visa fomentar pesquisas para tornar a exploração da floresta mais equilibrada e inteligente, garantindo que o desenvolvimento econômico não comprometa a preservação do bioma.
Somente em editais do CNPq, o Pró-Amazônia receberá R$ 650 milhões, financiando estudos sobre biodiversidade, tecnologias sustentáveis e formas de promover a bioeconomia na região.
Investimentos também chegam à cultura e infraestrutura
A ciência e a cultura também estão no centro das prioridades. O governo anunciou três grandes investimentos na cidade de Belém:
- Expansão e modernização do Herbário do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA): um dos maiores bancos de dados sobre a flora amazônica do mundo será ampliado e atualizado.
- Revitalização do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG): um dos mais importantes centros de pesquisa da região, o museu passará por obras para melhorar sua estrutura e ampliar suas atividades.
- Construção do Museu das Amazônias: um novo espaço para divulgar a cultura, os saberes tradicionais e a biodiversidade da região. Segundo a ministra Luciana Santos, o local será um “legado da COP30” e um ponto de encontro entre a ciência e os povos da floresta.
Monitoramento e combate às mudanças climáticas
Outra frente de atuação do governo é o fortalecimento do monitoramento ambiental. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação está investindo no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e no Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) para aprimorar o controle do desmatamento, prever desastres naturais e criar estratégias mais eficazes de prevenção e resposta.
“O tempo do negacionismo ficou para trás”, afirmou Luciana Santos. “É com base na melhor ciência que construiremos um futuro mais sustentável e inclusivo.”
Brasil quer mostrar liderança na COP30
O evento de sexta-feira também serviu para reforçar o papel do Brasil na COP30. Para o presidente Lula, a conferência será uma vitrine para mostrar ao mundo a riqueza da Amazônia e a necessidade de protegê-la.
“Esta COP vai ser na Amazônia para todos a conhecerem do jeito que ela é”, disse o presidente. “Para conhecerem as pessoas do Pará como elas são.”
Com os investimentos anunciados, o Brasil tenta equilibrar o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental, provando que é possível gerar riqueza sem destruir a maior floresta tropical do planeta.
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