Mato Grosso do Sul, 26 de abril de 2025
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Brasil assume liderança no BRICS e coloca Inteligência Artificial como revolução na saúde pública

Tecnologia vai transformar atendimento médico, agilizar diagnósticos e melhorar o acesso à saúde nos países do grupo
Imagem - Bruno Golfette
Imagem - Bruno Golfette

Já imaginou chegar a um hospital e, antes mesmo de ser atendido, um sistema inteligente já ter registrado seus sintomas e sugerido possíveis diagnósticos para o médico? Ou então realizar um exame e, em questão de segundos, os resultados serem comparados a milhões de outros, aumentando a precisão da análise e agilizando seu tratamento? Essas inovações já estão em andamento, e o Brasil quer expandir essa revolução tecnológica para todos os países do BRICS em 2025.

Com a presidência brasileira no bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, um dos principais focos será o uso da Inteligência Artificial (IA) na saúde. A ideia é aproveitar a tecnologia para modernizar os sistemas de atendimento, melhorar o diagnóstico de doenças, otimizar a gestão hospitalar e criar estratégias que ajudem os países a enfrentarem desafios como superlotação nos hospitais, falta de médicos, demora no atendimento e dificuldades no acesso à saúde pública.

Brasil Busca Ser Referência Mundial no Uso da Inteligência Artificial na Saúde

A secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, ressalta que o Brasil já tem experiência na digitalização da saúde e pode compartilhar esse conhecimento com os países do BRICS. Segundo ela, o Sistema Único de Saúde (SUS), um dos maiores sistemas públicos do mundo, vem utilizando tecnologia para reduzir burocracias e tornar os atendimentos mais eficientes.

“As iniciativas brasileiras já foram reconhecidas como inovadoras pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), e agora temos a oportunidade de expandir essa experiência para os países do BRICS. Queremos compartilhar nossas soluções e também aprender com as inovações dos outros países”, destacou Ana Estela.

Mas a colaboração entre os países do BRICS enfrenta desafios. Os cinco países têm realidades muito diferentes quando se trata de tecnologia e infraestrutura na área da saúde. Em algumas regiões, a falta de acesso à internet e a ausência de integração entre os sistemas dificultam o avanço da digitalização. Além disso, a proteção dos dados dos pacientes é um tema essencial, exigindo que sejam estabelecidas regras claras para garantir a privacidade e a segurança das informações de saúde.

Como a Inteligência Artificial Pode Tornar a Saúde Mais Eficiente e Acessível

O uso da IA na saúde pode trazer mudanças profundas na forma como os atendimentos médicos são realizados. Algumas das principais vantagens dessa tecnologia incluem:

  • Diagnósticos mais rápidos e precisos: Com a análise de milhões de exames e históricos médicos, a IA pode ajudar a identificar padrões e indicar diagnósticos com maior precisão. Isso pode ser essencial para detectar doenças graves, como câncer e problemas cardíacos, em estágios iniciais.
  • Otimização do atendimento hospitalar: Sistemas inteligentes podem organizar filas de atendimento, reduzir tempo de espera e priorizar casos mais urgentes, tornando o fluxo hospitalar mais eficiente.
  • Medicina personalizada: A IA pode ser usada para desenvolver tratamentos personalizados, levando em conta o histórico genético e clínico de cada paciente, aumentando a eficácia dos medicamentos e procedimentos.
  • Monitoramento e previsão de epidemias: Com a análise de grandes volumes de dados, os sistemas podem prever surtos de doenças e ajudar os governos a tomarem medidas preventivas antes que as epidemias se espalhem.

“O Brasil está comprometido em fortalecer a saúde digital e a Inteligência Artificial, sempre com foco na inclusão, equidade e justiça social. A tecnologia não pode ser apenas para poucos, ela precisa estar disponível para toda a população”, afirmou Ana Estela.

Parcerias e Desenvolvimento Conjunto Entre os Países do BRICS

Um dos principais objetivos do Brasil na presidência do BRICS é incentivar o desenvolvimento conjunto de pesquisas e soluções em saúde digital. A ideia é que os países do bloco troquem experiências e trabalhem juntos para criar plataformas tecnológicas que possam ser aplicadas em diferentes realidades.

Entre as áreas de pesquisa prioritárias estão:

  • Previsão de epidemias e emergências sanitárias
  • Melhoria da gestão hospitalar e integração de dados
  • Monitoramento em tempo real de políticas de saúde
  • Desenvolvimento de novos modelos de atendimento digital

O Brasil, com um sistema de saúde que realiza quase 3 bilhões de atendimentos por ano, tem muito a contribuir nessa discussão. Em 2023, o Ministério da Saúde criou a Secretaria de Informação e Saúde Digital do Brasil (SEIDIGI), responsável por coordenar essa transformação digital no SUS.

Com esse avanço, o país se prepara para um futuro onde a Inteligência Artificial será cada vez mais essencial para garantir um atendimento mais rápido, eficiente e acessível para toda a população.

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