Mato Grosso do Sul, 16 de março de 2025
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Brasil Avança na Redução da Desocupação: 14 Estados Registram Menor Taxa da História em 2024

Pesquisa do IBGE mostra tendência de queda no desemprego, mas com grandes desigualdades entre regiões e estados

Em um cenário econômico instável, o Brasil viveu avanços notáveis no mercado de trabalho em 2024. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (14/2) pelo IBGE, mostrou que a taxa de desocupação no país caiu para 6,6%, representando uma redução de 1,2 ponto percentual em relação ao ano anterior. Esse dado positivo é reflexo de um movimento que tem atingido principalmente as regiões Norte e Centro-Oeste, mas com grandes desigualdades entre os estados.

O Desemprego Caiu, Mas a Diferença Regional Permanece

Entre as 27 unidades da federação, 14 registraram a menor taxa de desocupação da história. Estados como Rio Grande do Norte (8,5%), Amazonas (8,4%) e Amapá (8,3%) se destacam por alcançarem resultados inéditos, enquanto outros, como a Bahia (10,8%), Pernambuco (10,8%) e o Distrito Federal (9,6%), continuam a enfrentar índices mais altos de desemprego.

Esses números revelam um Brasil dividido, onde enquanto algumas regiões estão vendo melhorias no mercado de trabalho, outras ainda sofrem com elevados índices de desocupação. O Nordeste, por exemplo, permanece com a maior taxa de desemprego entre as regiões, alcançando 8,6%, o que ilustra a necessidade de políticas públicas focadas em desenvolvimento regional.

Em Mato Grosso do Sul, a taxa de desocupação em 2024 foi de 3,9%, o que representa um ótimo resultado para o estado. Esse índice se mantém abaixo da média nacional, que foi de 6,6%. O desempenho de Mato Grosso do Sul reflete uma economia que tem conseguido absorver mão de obra de forma eficiente, impulsionada pelo crescimento do setor de comércio, indústria e serviços no estado.

Menor Taxa de Desemprego da História: O Caso de Mato Grosso, Santa Catarina e Rondônia

Se em alguns estados o desemprego ainda assusta, em outros ele já é um cenário do passado. Mato Grosso (2,6%), Santa Catarina (2,9%) e Rondônia (3,3%) figuram entre as unidades com as menores taxas de desocupação, destacando-se por uma economia mais estável e diversificada.

“Esses resultados refletem a diversificação da ocupação, com destaque para setores como comércio, indústria, construção e logística. Isso mostra que a economia está conseguindo absorver mão de obra de forma mais eficiente em várias regiões”, explicou Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE.

A Desigualdade de Gênero e Cor no Mercado de Trabalho

Embora a taxa de desocupação no Brasil tenha mostrado uma tendência de queda, as desigualdades continuam sendo um grande desafio. A taxa de desocupação para as mulheres foi de 7,6%, enquanto a dos homens foi de 5,1%. Além disso, a diferença racial também é evidente, com a taxa de desemprego sendo mais alta para negros (pretos e pardos) do que para brancos. Enquanto os brancos apresentaram uma taxa de 4,9%, os negros ficaram com 7,5% e 7,0%, respectivamente.

Essa disparidade reflete a realidade de um mercado de trabalho que ainda carece de políticas públicas mais inclusivas, que busquem diminuir as desigualdades históricas de gênero e raça.

Informalidade e Baixos Rendimento: Desafios Persistem

Outro ponto que chama a atenção nos dados de 2024 é a alta taxa de informalidade no Brasil. Aproximadamente 39,0% da população ocupada trabalha na informalidade, com estados da Região Norte e Nordeste, como o Pará (58,1%), Piauí (56,6%) e Maranhão (55,3%), registrando as maiores taxas.

Além disso, o rendimento médio real de todos os trabalhos foi de R$ 3.225, sendo que os estados mais ricos, como Distrito Federal (R$ 5.043), São Paulo (R$ 3.907) e Paraná (R$ 3.758), apresentaram as maiores médias salariais, enquanto os mais pobres, como Maranhão (R$ 2.049) e Ceará (R$ 2.071), enfrentam uma grande disparidade nos salários pagos aos trabalhadores.

Melhoria no Rendimento no Sul do País

A boa notícia vem da Região Sul, que apresentou um aumento significativo no rendimento médio real habitual, subindo de R$ 3.611 para R$ 3.704 entre o terceiro e o quarto trimestre de 2024. Esse aumento reflete a recuperação da economia no sul do país, que tem experimentado mais estabilidade e crescimento econômico em comparação com outras regiões.

Os Desafios Futuros: Rumo ao Desemprego Zero?

Embora os números de 2024 tragam um alívio ao cenário de desemprego, ainda há muito o que ser feito. O Brasil precisa continuar sua trajetória de inclusão no mercado de trabalho, com políticas focadas na criação de empregos formais, no combate à informalidade e na redução das desigualdades regionais e raciais.

Cerca de 1,4 milhão de brasileiros buscavam trabalho há pelo menos dois anos, um número ainda expressivo, que demonstra a falta de oportunidade para parte da população. A chave para reduzir essa cifra está em políticas públicas que incentivem o setor produtivo, criem novas vagas de trabalho e, principalmente, ofereçam qualificação profissional para quem está fora do mercado de trabalho.

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