Mato Grosso do Sul, 3 de maio de 2025
Campo Grande/MS
Fuente de datos meteorológicos: clima en Campo Grande a 30 días

Brasil e China firmam parceria poderosa para vigiar o clima com satélite de última geração

Cooperação entre os dois países dá passo importante com o CBERS-5, que vai ajudar a prever enchentes, secas e mudanças no tempo com mais precisão
CBERS-5 deve ser o primeiro satélite da série em órbita geoestacionária e promete ampliar capacidade de monitoramento climático
CBERS-5 deve ser o primeiro satélite da série em órbita geoestacionária e promete ampliar capacidade de monitoramento climático

O Brasil e a China estão mais juntos do que nunca quando o assunto é tecnologia espacial. Nesta terça-feira, dia 29 de abril, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação recebeu uma comitiva da Administração Nacional do Espaço da China, em Brasília, para tratar de um projeto que promete revolucionar o monitoramento climático: o satélite CBERS-5.

Esse novo satélite, que está em fase de planejamento, será o primeiro da parceria sino-brasileira a operar em órbita geoestacionária, ou seja, vai ficar parado sempre olhando a mesma parte do planeta, focando principalmente o Brasil. Isso significa que ele vai conseguir acompanhar o tempo e o clima de forma contínua, ajudando a detectar com mais agilidade e precisão coisas como enchentes, secas, queimadas e tempestades severas.

A reunião foi mais do que técnica. Representou também um reforço político entre dois países que apostam na ciência como caminho para o futuro. A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil fez questão de destacar que o CBERS-5 é mais que um satélite: é um marco na cooperação entre países do Sul Global, ou seja, países em desenvolvimento que buscam juntos soluções de alto nível para seus problemas.

Ela também ressaltou a importância do momento político internacional, lembrando que, em 2025, dois grandes encontros estão na agenda: a Cúpula CELAC-China, que acontece em Pequim, e a Cúpula dos BRICS, que será no Rio de Janeiro. Para a ministra, essas reuniões vão ser fundamentais para avançar ainda mais na parceria espacial entre Brasil e China.

Durante o encontro, o engenheiro-chefe da Administração Espacial da China, Li Guoping, não economizou nas palavras e mostrou o quanto o projeto é importante para os dois lados. Segundo ele, o CBERS-5 é a prova viva de que existe confiança mútua e uma visão compartilhada de futuro entre os países. “Não é só um satélite. É um símbolo do que podemos construir juntos”, disse ele.

O CBERS-5, que deve ser lançado até 2030, vem de uma longa história de trabalho conjunto entre os dois países. A série de satélites CBERS começou lá atrás, nos anos 1980, e desde então já colocou vários equipamentos em órbita, todos voltados para observação da Terra e monitoramento ambiental. Mas esse novo modelo vai além: com sensores mais potentes, maior capacidade de captar dados e tecnologia de ponta, o satélite será essencial para entender e se preparar melhor para os impactos das mudanças climáticas.

Hoje, a previsão do tempo e o acompanhamento de desastres naturais dependem de informações rápidas e precisas. Com o CBERS-5 no espaço, o Brasil vai ganhar uma ferramenta poderosa para proteger sua população, seus rios, suas florestas e até suas plantações. A ideia é ter um sistema nacional de monitoramento mais ágil, integrado e capaz de agir com antecedência, evitando tragédias como as que têm acontecido em várias regiões do país nos últimos anos.

Além disso, o projeto também representa uma valorização da ciência feita no Brasil. Pesquisadores, engenheiros e técnicos brasileiros estão diretamente envolvidos em todas as etapas do projeto. O país deixa de ser só consumidor de tecnologia para se firmar como desenvolvedor de soluções espaciais. É mais um passo para tornar o Brasil protagonista em ciência e inovação.

O CBERS-5 também é uma resposta concreta ao desafio de tornar a tecnologia acessível e útil para quem realmente precisa. Não se trata apenas de mandar algo para o espaço, mas de garantir que essa tecnologia ajude o agricultor, o pescador, o morador da periferia, o gestor público e todos aqueles que dependem de informações confiáveis para tomar decisões no dia a dia.

Com esse projeto, Brasil e China mostram que a cooperação internacional pode ir além da economia e da política. Ela pode gerar conhecimento, prevenir desastres, proteger vidas e construir um futuro melhor para todos.

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