Mato Grosso do Sul, 26 de abril de 2025
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Brasil fortalece o combate à tuberculose com prevenção, inovação e união de forças

Governo aposta em tratamento mais curto, tecnologia e parceria entre ministérios para eliminar a doença que ainda mata milhares todos os anos
Em 2024, o tratamento preventivo cresceu 30% em comparação a 2023
Em 2024, o tratamento preventivo cresceu 30% em comparação a 2023

A tuberculose, uma das doenças infecciosas mais antigas e letais da história, ainda segue sendo uma ameaça séria à saúde pública no Brasil e no mundo. Mas o cenário começa a mudar com força por aqui. O país tem intensificado seus esforços para eliminar a doença, apostando em prevenção mais eficiente, tratamentos mais rápidos e parcerias inéditas entre ministérios. Em 2024, o cuidado preventivo contra a tuberculose cresceu 30% em comparação ao ano anterior, graças a uma estratégia que já é referência internacional.

O destaque vai para a ampliação do uso de um tratamento inovador chamado 3HP, que mistura dois antibióticos – isoniazida e rifapentina – em doses semanais durante três meses. O regime mais curto e com menos efeitos colaterais ajudou a elevar o índice de conclusão do tratamento para 80%, o maior já registrado entre as opções oferecidas gratuitamente pelo SUS.

Esse avanço tem um impacto direto em quem mais precisa: crianças, idosos, pessoas que vivem com HIV, moradores de comunidades carentes e quem teve contato próximo com alguém infectado. A ideia é impedir que a infecção latente, que muitas vezes nem dá sinais, se transforme em uma tuberculose ativa, que pode ser transmitida e se agravar.

Outro fator que tem ajudado no combate é a modernização dos meios de apoio aos profissionais de saúde. Um exemplo é o aplicativo Prevenir TB, uma ferramenta digital criada para auxiliar médicos e enfermeiros do SUS a decidirem quando iniciar o tratamento preventivo em seus pacientes, com base em perguntas simples e diretas. Com isso, os atendimentos ganham precisão e agilidade.

Apesar das conquistas, os números ainda revelam o tamanho do desafio. Em 2024, foram registrados mais de 84 mil novos casos de tuberculose no país, uma leve queda em relação a 2023. Essa estabilidade ocorre depois de anos de aumento, consequência direta da pandemia de Covid-19, que dificultou o diagnóstico e afastou muita gente dos postos de saúde.

Durante a pandemia, várias pessoas que já estavam doentes foram confundidas com pacientes de Covid-19. Outras simplesmente evitaram procurar atendimento com medo da contaminação. Com isso, deixaram de se tratar e, sem saber, espalharam a doença entre familiares e vizinhos. Esse efeito colateral ainda impacta os índices atuais e também os números de mortes relacionadas à tuberculose.

Para enfrentar esse problema de forma mais completa, o governo federal lançou o programa Brasil Saudável, que une 14 ministérios e vários parceiros sociais e internacionais em uma só missão: eliminar a tuberculose e outras doenças ligadas à desigualdade. É uma das primeiras iniciativas do tipo no mundo, com foco em moradia, alimentação, saneamento, assistência social, saúde e educação, tudo ao mesmo tempo e com o mesmo objetivo.

O Ministério da Saúde também está colocando mais dinheiro nesse combate. Foram R$ 100 milhões investidos só no último ano para reforçar a vigilância, prevenção e controle da doença, além de R$ 20 milhões destinados a pesquisas científicas e R$ 6 milhões para apoiar projetos sociais de combate à tuberculose.

Outro ponto importante é a capacitação dos profissionais e a produção de boletins epidemiológicos atualizados, que ajudam municípios e estados a entenderem melhor a realidade local e tomarem decisões mais certeiras. O Boletim Epidemiológico de 2025, divulgado recentemente, traz os dados mais atuais da doença e confirma que o país está no caminho certo, ainda que o desafio seja grande.

O Brasil tem sido reconhecido pela Organização Mundial da Saúde como um exemplo na luta contra a tuberculose, tanto pelo acesso universal ao tratamento gratuito quanto pela forma integrada de combater a doença. O uso da vacina BCG nas crianças e o foco na prevenção são pilares dessa conquista.

Apesar disso, a mensagem que fica é clara: a luta não acabou. A tuberculose ainda mata e pode ser evitada. Procurar o posto de saúde, fazer os exames, completar o tratamento e proteger quem está ao redor são atitudes simples, mas que salvam vidas. E com o reforço das ações do governo, da ciência e da sociedade, o Brasil quer vencer essa batalha.

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