Mato Grosso do Sul, 6 de junho de 2025
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Brasil inicia nova era com empate sem brilho contra o Equador e desperta dúvidas sobre futuro sob comando de Ancelotti

Seleção brasileira apresenta desempenho abaixo do esperado, empata em 0 a 0 fora de casa e segue distante da liderança nas Eliminatórias Sul-Americanas
Alexsandro, titular da zaga no empate do Brasil com o Equador - ( Foto: Reprodução de TV)
Alexsandro, titular da zaga no empate do Brasil com o Equador - ( Foto: Reprodução de TV)

A tão aguardada estreia de Carlo Ancelotti à frente da seleção brasileira teve início sem a inspiração que a torcida esperava. Na noite desta quinta-feira, 5 de junho, no estádio Monumental Isidro Romero Carbo, em Guaiaquil, o Brasil entrou em campo pela 13ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026 e não passou de um empate sem gols diante do Equador. O resultado manteve a seleção na quarta colocação da tabela, com 22 pontos, mas a ameaça de ser ultrapassada pela Colômbia ainda paira, dependendo do confronto desta sexta-feira contra o Peru.

O jogo, embora cercado de expectativa pelo início da “era Ancelotti”, acabou sendo dominado por um enredo burocrático, com poucas emoções e muitos sinais de que o trabalho à frente da seleção ainda está em sua fase embrionária. A proposta de jogo do treinador italiano começou a se desenhar em alguns momentos, especialmente nas tentativas de transições rápidas pelas laterais, mas esbarrou em limitações claras do setor de meio-campo e na pouca efetividade do ataque.

Nos primeiros minutos, o Brasil mostrou-se retraído, priorizando a defesa e permitindo que o Equador controlasse a posse de bola e tomasse a iniciativa. A equipe da casa explorava bem os espaços e rondava a área brasileira, embora sem criar grandes chances. A postura defensiva do Brasil foi o destaque inicial, com um posicionamento cauteloso e pouca ousadia ofensiva.

A partir dos 15 minutos, a seleção brasileira passou a demonstrar uma leve mudança de comportamento. Vinicius Júnior, pela esquerda, foi quem mais se apresentou para o jogo, protagonizando a primeira jogada de perigo ao driblar um marcador e cruzar para a área, onde a zaga equatoriana afastou o perigo. Era um indício do que Ancelotti pretende implantar: velocidade pelas pontas e agressividade nas transições.

O Equador respondeu aos 24 minutos, com Caicedo interceptando um passe no meio-campo e servindo Yeboah, que arriscou de longe exigindo boa defesa de Alisson. O Brasil respondeu com duas boas tentativas antes do intervalo. Primeiro com o lateral Vanderson, aos 30 minutos, em chute cruzado, e depois com Casemiro, aos 32, que quase surpreendeu o goleiro equatoriano. No entanto, a chance mais clara foi novamente do Equador, em cabeçada de Yeboah aos 37 minutos que passou rente à trave.

No segundo tempo, o Brasil voltou com o mesmo panorama: dificuldade para articular o jogo e lentidão nas trocas de passes. O meio-campo, formado por nomes experientes, teve desempenho apagado, e a bola custava a chegar com qualidade ao ataque. Apesar disso, a seleção teve sua melhor chance aos 7 minutos, quando Estêvão e Vinicius Júnior construíram boa jogada pela esquerda e Richarlison, livre, finalizou para fora.

Após essa chegada promissora, o jogo tornou-se cada vez mais truncado, com faltas, erros de passe e um ritmo cadenciado. O Equador voltou a ameaçar com Yeboah aos 21 minutos e com Estupiñán aos 31, ambas em finalizações perigosas, mas que também não encontraram o gol. Do lado brasileiro, faltava profundidade e criatividade, e as substituições promovidas por Ancelotti pouco alteraram a dinâmica da partida.

O apito final selou o 0 a 0 e uma atuação que, embora sem gols sofridos, expôs as fragilidades da equipe brasileira, especialmente na construção ofensiva. O aspecto positivo da estreia de Ancelotti foi a solidez defensiva, com um sistema mais organizado e compacto. Contudo, o setor de criação e finalização segue sendo um dos principais desafios a serem superados nos próximos compromissos.

Com o empate, o Brasil mantém-se momentaneamente no G-4, mas longe da solidez e da confiança que já ostentou em outros ciclos de Copa do Mundo. O desafio agora é transformar a segurança defensiva em produtividade ofensiva. Carlo Ancelotti, técnico multicampeão por clubes europeus, terá a missão de dar identidade e competitividade a uma geração ainda em busca de protagonismo.

A próxima oportunidade para mostrar evolução será na próxima terça-feira, 10 de junho, às 21h45 (horário de Brasília), diante do Paraguai, na Arena Corinthians, em São Paulo. A expectativa é que, com mais tempo de trabalho e observações, o técnico italiano consiga extrair mais do elenco e apresentar um Brasil mais agressivo e criativo, à altura de sua tradição.

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