Mato Grosso do Sul, 6 de maio de 2025
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Brasil melhora sua posição no ranking global do IDH e mostra sinais de recuperação social

País avança no índice de desenvolvimento humano e sobe cinco colocações, mas ainda enfrenta desafios com desigualdade e crescimento lento
Imagens - Cortex/Divulgação
Imagens - Cortex/Divulgação

O Brasil deu um pequeno, mas importante passo em direção a um futuro mais justo e com mais qualidade de vida para sua população. Segundo o novo relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), divulgado recentemente, o país subiu cinco posições no ranking global do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e agora ocupa a 84ª colocação entre 193 países avaliados.

O IDH do Brasil passou de 0,780 em 2022 para 0,786 em 2023. Apesar de parecer um aumento tímido, essa melhora representa mais acesso à saúde, educação e renda, que são os pilares básicos que compõem o índice. Com isso, o Brasil permanece na categoria de “desenvolvimento humano alto”, junto com outras 49 nações que estão nessa faixa de pontuação, entre 0,700 e 0,799.

Mas é bom lembrar: essa classificação não significa que os problemas acabaram. Pelo contrário, os números revelam que ainda há muito caminho pela frente, especialmente quando falamos de desigualdade social, distribuição de renda e oportunidades para todos.

No ranking anterior, divulgado com base nos dados de 2022, o Brasil aparecia na 89ª posição. Com os ajustes feitos pelo próprio Pnud nos dados do ano passado, o país estava na verdade na 86ª posição, o que significa que o avanço real foi de duas posições, ultrapassando a Moldávia e empatando com Palau.

Esse tipo de variação mostra que, mesmo com avanços, o ritmo ainda é lento. O crescimento médio do IDH brasileiro entre 2010 e 2023 foi de apenas 0,38% ao ano. Já olhando para um período mais longo, de 1990 a 2023, o avanço foi de 0,62% por ano. Ou seja, apesar dos esforços, o desenvolvimento ainda caminha a passos curtos.

O destaque da América Latina ficou com o Chile, que tem o melhor IDH da região: 0,878, ocupando a 45ª posição do ranking. Outros países latino-americanos que também estão na faixa de alto desenvolvimento incluem Argentina, Uruguai, Costa Rica, Panamá e Barbados.

Entre os países com melhor desempenho no mundo, a Islândia agora lidera o ranking global com IDH de 0,972, superando Suíça e Noruega. O top 6 mundial é todo composto por países europeus. No outro extremo, o Sudão do Sul aparece com o pior desempenho (0,388), seguido de perto por outros países africanos que ainda enfrentam crises políticas, guerras e extrema pobreza.

O Pnud também apresentou dados ajustados que levam em consideração a desigualdade social dentro de cada país. Nesse cenário, o Brasil perde muitas posições. Com o IDH ajustado, a pontuação cai para 0,594, colocando o país na 105ª colocação e na faixa de desenvolvimento humano médio. Isso mostra como a desigualdade interna afeta diretamente o bem-estar da população.

Outro dado importante do relatório foi a comparação entre homens e mulheres. No Brasil, o IDH feminino (0,785) é ligeiramente maior que o masculino (0,783), graças à maior expectativa de vida e escolaridade das mulheres. Porém, quando o assunto é renda, os homens ainda ganham mais, o que diminui a igualdade entre os gêneros.

Além disso, o estudo trouxe uma versão do IDH ajustado pela pegada de carbono de cada país. Nesse índice, que considera o impacto ambiental no desenvolvimento, o Brasil alcança 0,702 e aparece na 77ª posição, um desempenho melhor do que no IDH ajustado pela desigualdade.

O tema principal do relatório deste ano foi a inteligência artificial e seu papel no desenvolvimento humano. Para o administrador do Pnud, Achim Steiner, a inteligência artificial precisa ser usada a favor da humanidade. Ele defende que países mais ricos ajudem os mais pobres a entrar nessa nova economia digital e tecnológica, promovendo inclusão e igualdade.

Segundo Steiner, o importante é garantir que a tecnologia amplie as capacidades humanas, respeite a diversidade e contribua para um futuro melhor para todos. Ele alertou, no entanto, que o ritmo de crescimento do IDH global está mais lento do que antes da pandemia, e que, se continuar assim, a meta de alcançar um alto desenvolvimento humano global até 2030 pode ficar para muito mais tarde.

Enquanto isso, o Brasil segue tentando equilibrar seus avanços e desafios. A melhora no ranking é motivo de comemoração, mas também de reflexão. O país precisa manter o foco em políticas públicas que reduzam a desigualdade, ampliem o acesso à educação e saúde, e garantam um crescimento sustentável e inclusivo para todas as regiões e faixas da população.

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